Um silêncio de cortar à faca. A refeição um portento. O Perú bêbado, caiu sobre a mesa. O caldo entornado. O bacalhau, frito com a situação, amuava. A galinha com as coxinhas, roçava-se no Coelho.Tropeçam no molho inglês. No melhor pano caia a nódoa. O Leitão ria e grunhia, mastigava uma maçã, falava agarrado ao lombo da Vaca, saudoso da sua terra e gritava pela Bairrada. O ambiente piorou com a entrada do vegetal, a couve roxa de inveja, entrava em fotossíntese. A cabeça do Alho, metia-se com a cebolinha, e os dois debaixo da mesa. O Ovo saia da casca e rebolava-se com o Atum...enfim um bom petisco. Cânticos de Natal, explosões de alegria, um orgasmo biodegradável, um jantar ecológico, uma refeição sem transgénicos. Regada com medicamentos e drogas genéricas. Passou-se a meia-noite, quase entravam num novo ano e todos envolvidos numa enorme orgia culinária que culminou numa Ceia de Natal...Sentiam-se atraiçoados e todos se acusavam, choviam agressões, e num acto pagão, um sacrifício e a matança do Porco.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
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4 comentários:
Fantástico e...delicioso :-)
Gostei muito!
Um bom ano e um beijinho
Estes textos são surreais. Já te tinham dito?! lol
Tenho um desafio para ti no meu blog.
Estou curiosa para ler as respostas.
beijos
Essa mesa faz lembrar-me o filme que vimos no CCB :)
esqueci-me do faisão então! :)
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