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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

(Desen)canto do Cisne



O Blogo de Notas entrou em recessão.
Não pode haver mais opinião.
Como tudo têm uma razão.
É um Interregno por imposição


Há um deficit de imaginação.


Há falta de disposição.
Parto.
Afasto-me


Largo tudo.
Vem a Primavera e entro em hibernação.
Uma forçada reclusão.
E Vou.


Como os pássaros em migração.
Submetido à ostracização.
Um intervalo por submissão.
Uma pausa por força da sectarização.
Uma força invisível que me domina.
Um despacho que assim o determina.
Uma dor que por dentro mina.
Um torpor curto.
Um frémito descolorado
Um sentir como que a sina.
Triste e certo como um fado.
Determinante e fatal com o destino.
Algo que me amarra e amordaça.
Um breu que me prende e internamente estilhaça.
A alma, o coração, o corpo,a vida.
levam-me tudo o que é meu,

Seja fisico ou mental


Transcende-me se é uma decisão após o carnaval
Mais que um deslocar é uma partida.
Não tenho bilhete para voltar só tenho uma ida.


Que leve comigo uma boa recordação,

um qualquer estimulo e alegria é só o que peço!
Adeus até ao meu regresso.




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O acordo ( estou farto de novelas) ópio ou ranço do povo?

A bomba estoirou! Tudo se soube finalmente, Rorivaldo tinha como amante Gavalia. Dadinho seu irmão deixou de visitar a casa da Mãe de santo que profetizou esta situação. Estava fora do bota biruta faz tempo e entrou bairro dentro gritando pela sua irmã. Cornélius, desesperado puxava o saco de filó, cabeleireira no Ti Juca, e havia tempo que sacaneava a moça. Situação esta incomportável para a patroa que aturava o cafageste fazia dois anos que rondava o estabelecimento e era conhecido por traficar armas e cocaina no calçadão tendo inclusivamente como cliente o filho do perfeito o Sô Vital, que estava fora, destacado para uma convenção da Mercosul na Guiana Francesa. Ora quando vinha no avião, o sendero luminoso desvio-o e estava pedindo um resgate de um milhão de real. Quantia esta que era demasiada, que fez com que fugisse do país e se juntasse às FarC. Na selva da Colômbia passou anos juntando dinheiro e gente para formar o cartel de Xallin, foi asssassinado pelo exército colombiano tendo os terrenos sido doados à filha do Coronel Suarez. Vltou para junto da Familia em Port Alegre e recomeçou a sua vida, mas foi descoberto pela policia federal que o prendeu por pedofilia e lenocidio, não aguentado a vergonha suicidou-se levando consigo o segredo da família e nunca mais gavalia andou segura, teve de viajar para a Europa e fugir da fofoca, abriu uma boutique de pronto-a-vestir na rua da Betesga e vendia o corpo no Poço do Borratém, foi encontrada morta dois anos depois para lhe retirarem os rins e o coração, coração esse que foi parar ao corpo de marco empresário da noite na Póvoa do varzim e com uma fábrica de curtumes em Estremoz, sabendo disso, Rorivaldo viajou para lá e desvairado, pôs uma bomba no estabelecimento A Pomba voraz, casa de meninas em Vila nova de cerveira, A população bataida com um choque. fez uma procissão a nossa snhora do bom agoiro que acabou em viol~encia com um grupo de manifestante, contra as portagens na A29, terminou num banho de sangue e no final deitaram foguetes no baptizado de Cresmilda, filha secreta dos dois.


(perdão pelo desabafo cacofonico, chamem-lhe escrita não criativa mas antes aspiração desconstrutiva...ou sei lá eu, mas apeteceu-me)

Esta pintura representa uma musa.Quiçá seria uma tágide não o fosse o Douro o seu berço e primeiro amor.

Uma personagem real, mas que poderia bem sair dum romance queirosiano, duma peça ou texto de Proust, duma dissertação de Camus, ou até dum drama de Kafka. Não por opção, mas por uma imposição do parceiro dela . Digamos que "imposição", talvez seja uma expressão demasiado forte, mas uma sujeição a alguém muito peculiar, não por ser especial, mas por ter particularidades, por uma génese excêntrica.
Quem aqui está representada é quem conhece melhor o seu companheiro, embora a cada dia tenha uma nova surpresa, apesar de ser um animal de rotinas( o companheiro), estas vão-se alterando a cada instante. a cada nova emoção, a cada novo sentimento, estando estes sempre à flor da pele. Não que seja de tratamento impossível, mas complexo.
Esta imagem ,quase em estilo neo-realista, é o seu suporte mental e até fisico.
Um retrato de quem partilha o mesmo espaço, o mesmo tempo,e a mesma mesa e cama.
A representação de quem permite que durma a seu lado, de quem atura os seus amoques, as suas ansiedades, os seus desejos, os seus vicios, a sua liberdade, não condicional nem condicionada mas convencionada.

A Fotografia de quem habita ou "cohabita" com os seus hábitos bons, ou os nefastos, de quem tem de aprender a viver com as suas manias e e esquizofrenias.


Este é o retrato da pessoa que amo, de quem é tudo, de quem faz tudo, de quem também tem as suas peculariedades.

Estas são duas pessoas que estão juntas, com tanta coisa diferente, mas que têm a vivência em comum. Duas pessoas que vivem uma relação em atribulada como um rio desenfreado, mas com a calma dum lago idílico. Duas entidades díspares, diferentes enquanto unas, mas similares ou mesmo idênticas como par. Uma união fora do comum, uma consciência única em duas cabeças diferentes. Tal como o yin não vive sem o yang assim eles comungam a existência, e talvez seja isso que seja fascinante. Envio-lhe daqui esta missiva remeto-lhe todo o meu amor e remato com um agradecimento por existir em mim.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Pax Ocidentalis

Que falta ao homem ocidental? Que necessidades essenciais ainda nao tem satisfeitas? Que precisa para viver em harmonia com o seu semelhante? O que falta para haver paz e tolerancia?Desde que caminhava a terra em busca de alimentos até à procura dum lugar para assentar que lhe desse protecçao para viver em segurança e estabilidade o homem cresceu e supostamente evoluiu aprendendo com os seus erros. FEz a revolução agrícola, fundiu os metais, desenvolveu a arte rupestreEnvolveu-se na arte da guerra com os vizinhos que nao perfilhavam a sua cultura e a sua religiao e no fundo o seu modo de viver. A Grécia dava como exemplo a sua sabedoria, "inventou" a filosofia e contudo a democracia era deficiente, so os chamados homens-livres tinham direito a expressar a sua opiniao nem estrangeiros e as mulheres o possuiam. Combateu os persas. Os romanos combateram o "mundo" conhecido na sua "pax romana". Assim como os egipcios, os portugueses e espanhois que decobriram mais mundo para exterminar civilizações.
Os ingleses que continuaram o serviço os anteriores e o feito da rev. Industrial. Dispersaram-se a desenvolver as artes, como a pintura, a musica e a literatura e espalharam a sua cultura. Com duas gueras mundiais, um exterminio, duas bombas atómicas, um desatre em chernobyl, a queda dum muro, a economia de mercado, a União europeia, a chegada à lua, sondas em marte, em Jupiter e outra a sair do sistema solar. Com tanta coisa, poruq há gente com fome, porque ainda se fabricam armas, porque se destroiem civilizações, porque se aglutinam culturas, e porque as extinguem, porque ainda há racismo, machismo, fascismo, e outras formas de intolerância? porque mata e extermina espécies animais? Porque vive da cobiça, da corrupção e de apontar o dedo ao vizinho se este não vive como ele? Porque existem revistas com fofocas?Porque não consegue viver em paz? Porque não inventa finalmente uma forma de viver em comunidade? Porque continua a impôr? Porque censura? Porque é que é tão limitado? com todas estas ferramentas ao dispôr, porque não constroí a Casa? Porque não reinventa o Mundo?

adenda: Relendo este post noto que está uma bosta, no fundo o que queria referir era, e muio sistéticamente e sem mais delongas: Raiva, Inconformismo e ódio de estimação pelo degredo desta sociedade segregacionista e sectária.(2008.02.26 às 16:06)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Um pesadelo num espaço laboral


sento-me e sonho em gritar de pé. Mas tudo pára! um monitor em branco,Tudo preto à volta, caiu a noite eu eu movo-me no virtual, reconstruindo o real. transcrever a página e preencher: fazer, tratar, elaborar, preencher o quê?Um a amanhã, Já? eu aqui em vez de lá, outro até amanhã, Já? bah! uma mosca tsé-tsé! estou só, e não produzo, um beep sem som, recuso e recomeço. executar quando? agora? sem tempo? e sem espaço? Grito, sufoco, em agonia, espaço, enter...sistema bloqueado, espera, seguida de angustia, que fazer? nada... suportar, aguentar, escasso os segundos, faço os terceiros por conta de outrem, por minha conta, e risco, terminado? mais um traço. Corro e discorro no teclado. aperta-me o espaço. os papéis orbitam-me, os ecrans preechem-me e o horizonte foge-me na diagonal, sacam-me as emoções, esgotam-me as sensações. e a mente? estás demente, é demais, é de lei, lex dura lex, mais um fax, sem rei nem roque. Tresando a informação em catadupa. não respiro, transpiro, o sistema bloqueia: " erro indeterminado!" determino-me ao quê? termino quando? mais um cigarro, aspiro, o fumo o pó a máquina. recomeço, sem tempo, as horas falham, os minutos passaram, já expiro. ah no mar!, tudo deixar! sem gravidade, sem nada que pensar! mas não! bato no chão, vejo a secção, vomito a comunicação, já não reparo no teclado, não toco, as páginas em branco, os megahz aceleram, eu refreio o andamento, compasso, tic tac, um toque, mais um e tocam, ligam-me. atraso. adianto e reformulo-me cerro os olhos,ai alecrim aos molhos! encerram-se os portões, fecha-me a porta da percepção, procedo em conformidade com uns procedimentos ou sigo as regras doutros regulamentos, faço extra, bola extra? que bola? mas que digo? é o extremo, rasgo o externo, interiorizo, inepcia nos dedos, busco a eficácia, um bip, mais um, é a demência a chegar, e um avião a partir, vrum! . Páro, respiro fundo: IHHH um copo de rum com os piratas , ah o mar e toco o verde do fundo, do mar! o céu azul no ar!não! é o negro e o breu da rua a instalar. o quê? a cabeça, sim a estalar, a escaldar, xii um ovo escalfado e eu aqui tão pouco engalanado! zás! foi ao ar! é tudo de sonhar! erro e acerto. Eficiência precisa-se, onde?fio-me na minha ciência, inata, já não apta, nada a visão capta, quase, quase a acabar, uma outra falha, um pé em falso, fazer, tratar, proceder, não retenho, excesso de informação, flui, cai, apanho-me, não me tenho, um fuga precisa-se, folga, quando? agora já, quando é isso? O que é preciso? contínuo, sincopado, próximo, enter. mais uma, só mais uma, sem tempo, sem espaço oh! que escasso, que maço, UPS! que traço, que busco? um fim? um meio? Um processo e mais um retrocesso, intercalo janelas, olho por elas, TRIMMM! telefone para mim? sim! fixo um número, falho um dígito, corrijo ou altero, mudo ou recomeço. Retiro e baralho, volto a dar, uma reviravolta? atiro tudo pelo ar, pego fogo?não? Não! é um ciclo, em contra ciclo, quem me dera um triciclo! e nesta curva do tempo pegar fogo!Traço, um retrato à memória, uma lembrança, um espaço, não me canso, sim! não! esgoto-me, um intervalo, uma pausa, um recreio, não sem meio nem nenhum um, só um zero, tudo binário, que faço escrevo em numerário, já é vulgar é ordinário, sem hipótese, e em síntese e em tremendo cansaço, vou-me embora? fico? já? agora? já agora... que digo? está na hora, não. não é isso que me refiro e retiro o que disse, um tiro ou o que quer que fosse, uma explosão, ou mesmo os miolos pelo chão. a salvação...tirem-me daqui, um boia, um colete, ou apenas um copo na mão.

Epitáfio

“Deus Quer, O Homem Sonha, A Obra Nasce...”
e Deus não a chega a contemplar pois já sem vontade e paciência, morre, e enquanto dormente, o homem imagina com o requintes de malvadez em mente, outras obras que crescem a olhos vistos, fruto da morbidez e de corrupção.Entrementes,
"Deus quiz que a terra fosse toda uma",
mas o homem cobiçou-a e fez um Oferta Publica de Aquisição hostil ficando com tudo! Como bom administrador que demonstra ser, retalhou-a e deu lugar a vários lugares com hortas, matadouros e campos de concentração,a partir da revolução industrial e até à evolução nanológica, as hortas dão lugar a complexos fabris de produção maximizada, deformando a atmosfera, poluindo-se a si à atmosfera para lá da ionoesfera, até
Que o mar unisse, já não separasse.
Porque o aquecimento global, as cheias e os tsunamis, inundaram os terrenos formando várias faixas de gaza, construindo vários canais como na Holanda, e dividindo com mais algumas muralhas da china pu berlim, consoante o gosto, a moda ou as novas tendências, sobe mais alto,ao pedestal!
"Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,"
aumentando o seu potencial desde a pólvora ao nuclear, achando-se capaz de tudo, empinou o nariz, olhou os seus feitos e de tanto frenesim, foi vitima dum ataque epilectico que resultou em tremeliques e na dita cuja espuma, contaminou,e o bréu
"E a orla branca foi de ilha em continente,"
Espalhando o seu saber e prepotência por todo o lado, julgando-se omnipresente e omnisciente, delegou tudo para as técnologias e automatização, confiando tudo na robotização.
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
propagou a informação, célere como a Luz,
E viu-se a terra inteira, de repente,
onde o homem se afundou e extingui, deixando por fim em paz,
"Surgir, redonda, do azul profundo”
O planeta que ad eterno e até ao final dos tempos o Sol orbitou...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

(Continuação do anterior) e a quem sirva a carapuça


Bem melhor do que eu já Guerra Junqueiro no Século XIX:


"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonha, feixes de miséria, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia de um coice, pois que já nem com as orelhas é capaz de sacudir as moscas. [...]";
"Um clero português, desmoralizado e materialista, liberal e ateu, cujo Vaticano é o ministério do reino, e cujos bispos e abades não são mais que a tradução em eclesiástico do fura-vidas que governa o distrito ou do fura-vidas que administra o concelho [...]";
"Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavra, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo [...]";
"Um exército que importa em 6.000 contos, não valendo 60 réis [...]";
"Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo [...]";
"A Justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara a ponto de fazer dela um saca-rolhas";
"Dois partidos monárquicos, sem ideias, sem planos, sem convicções [...]";
"Um partido republicano, quase circunscrito a Lisboa, avolumando ou diminuindo segundo os erros da monarquia, hoje aparentemente forte e numeroso, amanhã exaurido e letárgico [...]";
"Instrução miserável, marinha mercante nula, indústria infantil, agricultura rudimentar",
"Um regime económico baseado na inscrição e no Brasil, perda de gente e de capital, autofagia colectiva, organismo vivendo e morrendo do parasitismo de si próprio";
"Liberdade absoluta, neutralizada por uma desigualdade revoltante, o direito garantido virtualmente na lei, posto, de facto, à mercê dum compadrio de batoteiros, sendo vedado, ainda aos mais orgulhosos e mais fortes, abrir caminho nesta porcaria, sem recorrer à influência tirânica e degradante de qualquer dos bandos partidários";
"Uma literatura iconoclasta, – meia dúzia de homens que, no verso e no romance, no panfleto e na história, haviam desmoronado a cambaleante cenografia azul e branca da burguesia de 52 [...]";
"E se a isto juntarmos um pessimismo canceroso e corrosivo, minando as almas, cristalizado já em fórmulas banais e populares [...] teremos em sintético esboço a fisionomia da nacionalidade portuguesa no tempo da morte de D. Luís, cujo reinado de paz podre vem dia a dia supurando em gangrenamentos terciários.[...]".

in Anotações, anexo À Patria,1896

Para quem critica Portugal


Há um País à beira-mar plantado, onde houve a restauração da independência, as lutas liberais e deu-se uma revolução para se acabar com uma ditadura e demais discriminações.

Década e mesmo séculos passados sobre esses factos: O corporativismo continua a ganhar força, o favoritivismo de classes continua em pleno e a sectarização e exclusão social é exacerbada.

A monarquia foi extinta mas há muito que está entranhada na sociedade, disfarçada de poder politico, basta apenas perceber que as famílias da chamada classe elitista, continuam a reinar, e o poder politico, jurídico e legislativo está na mão dos filhos e netos de quem sempre favoreceu essas mesmas elites. É de salientar também que raros são os casos de quem nascido fora de berço de ouro, singrou e conseguiu atingir um cargo de chefia ou mesmo estar acima da média no que concerne à hierarquia.
Em suma, os hábitos, rotinas e métodos de ser. estar e fazer são difíceis de mudar.

Continuamos a viver num pais, onde o povo é espezinhado, a cultura ridicularizada e a sociedade estigmatizada, produto e fruto de uma elite boçal, inculta, corrupta, de ideais católicos, intolerante, racista, xenofoba, aversa à mudança e à diferença, do compadrio, de uma nobreza antiga, para não dizer velha e gasta, desactualizada e cheia de tiques, transmitindo favores de geração em geração, nascidos na cidade, mas carregados duma mentalidade rural, detentores do poder e no entanto duma inépcia extrema, rodeiam-se de uma subclasse do povo que os assiste, de lambe-botas, de yes-men e graxistas para lhes aumentar o ego, e se encarregarem de perpetuar a sua posição social e no topo da cadeia alimentar.


São livres de comentarem esta minha posição, parcial que seja, mas baseada apenas na observação e no empirismo, de quem convive, lida e trabalha com eles.

assino:

João Cruz


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Idade do gelo

Que se constroi com o negativismo e o pessimismo? Que levará uma pessoa a combater fogo com fogo? Que se passa na cabeça de alguém para não ver nos outros o emocional e encobri-los com o seu racional? Que necessidade existe em abafar o outro? Por que é que as queixas e as culpas são atiradas para cima da mesa como se fossem parte de um jogo de poker? Quando analisamos alguém, fazemo-lo com base nas nossas experiências e no nosso saber e não tentamos fazê-lo no Geral e num panorama individual em vez de colectivo? É preciso, destruir, amassar e desintegrar o outro quando apenas queremos corrigir um erro? Para colmatar uma falha do outro teremos nós primeiro de o esburacar? Será necessário primeiro o conflito para alcançar a paz? Os fins justificam os meios??Conseguiremos vencer alguém pela persistência em apontar do que a amenizar a situação? Será que o diálogo e informação debitada por excesso não redundará numa falta de comunicação por defeito? Ao querer o bem de alguém teremos de o bombardear com o nosso estilo de bem-estar? Ao formatar alguém não o estaremos a descaracterizar? Ao pintar o cenário de negro, não retiraremos a cor à volta? A amargura gerada como principio terá como efeito a serenidade como fim? Qual o produto final que queremos criar em terceiros através da raiva e rispidez? Depende a nossa auto-estima e ego da domesticação dos outros? A tirania encapotada de boa intenção, ou a gestão de de situações pela imposição terá como efeito a criação de sentimentos e emoções livres e espontâneas? Não dará lugar a um silêncio longo e duradouro, isento de sensações e pleno de reacções descabidas e desprositadas e desproporcionadas e etc? O pequeno e belo cristal de gelo acumulado não dará lugar ao avalanche?

A vida como um virus e Selecção artificial ou A auto-deificação da natureza


O origem de um espécimen, vive e cresce, do exterior descodifica as imagens e os estimulos sensoriais, absorve-os e memoriza. Abarca a totalidade, ciente e consciente do todo.Alimenta-se de emoções e sensações. Tranforma-as em energia, não se move. Viaja contudo para todo o lado. Sente o Mundo, e o seu séquito sobre ela. A informação é demasiada, é intemporal, sintetiza-a e analisa tudo. Imagina, idealiza e cria um novo cenário. Um paralelo, onde tudo é perfeito, estanque, sem mudança, a energia em excesso acumula-se. Torna-se termodinamico, a causa atrito e faz com que se esvaia a energia, entra um virus na corrente, a descodificação sofre anomalias, a transformação é precária, tudo se desmorona. O novo mundo entra em decadencia, transfere meios do antigo, esgota-o. Entram em colapso. Os dois mundos tocam-se e anulam-se...

A Origem como espécie


A adaptação dum ser vivo depende de vários factores. Em primeiro lugar se tem as condições necessárias à sobrevivência: O ambiente que o rodeia, a pressão demográfica, a luta pelo território, a alimentação, e o seu lugar na cadeia alimentar, e posição hierarquica. Quando muda de ambiente e cai para um novo ecossistema, tem de se adaptar novamente. O processo de aprendizagem e de ligação à nova situação depende de factores endogenos. A capacidade de reagir à pressão, a inteligencia emocional, a resitência fisica e psiquica. A mudança não se faz de um dia para o outro, requer tempo, disposição, disponibilidade e capacidade de interacção com o meio. Não só o meio nos muda a nós commo nós mudamos o meio. Rotinas já há muito inseridas e impregnadas num ser, requerem um esforço adicional da parte indivíduo para poder singrar. Se regras e leis da natureza vão se alterando, as hipóteses de adaptação são reduzidas, quando não, impossíveis. Foi assim com o Neendertal, acabou excluido. Há várias teorias, uma que se extinguiu por incompatibilidade, outra que foi assimilado pela nova espécie.
Muitas vezes o esforço necessário é incomportável com as capacidades. Outras, há uma negligência e falha por ignorancia. Noutras ainda, a assimilação da informação é deficiente , e a comunicação em vez de ser em dois sentidos e criar-se uma simbiose, ou mutualismo, redunda em fracasso. Há também às vezes um genocidio, por alteração súbita do ambiente ou facores cataclismaticos. Pode também haver uma pressão constante do meio, quase autocrátrica que faz com que haja a necessidade de procurar um novo ambiente. Tudo se faz por experimentação e erro. Por tentativas. Por combinações e arranjos. Mesmo que se dê tempo, mas a pressão é maior que a capacidade de compreensão, adaptação redundará em fracasso. Assim não depende só de quem se predispõe ao novo meio, como também da eficácia e eficiência dos interlocutores que fabricam o meio. No fundo seria simples se todos os elementos ligados à evolução se empenhassem primeiro nos meios e não nos fins, tudo seria fácil. Se se empenhassem não nos objectivos mas sim nos instrumentos para os executar. Se a ligação e a união entre os varios itens for de interajuda, de entendimento, não a nivel da forma mas do conteudo, da tolerância e carácter, e capacidade de interpretação das necessidades básicas.
Outros casos há em que não existe sobrevivência possivel e aí definha-se, as necessidades básicas são esquecidas, a capacidade de reacção é reduzida e o interesse no meio nulo. Desistem assim e estagnam. A árvore da vida morre.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Caminho


Ando sobre o chão e piso a História. Por baixo de mim estão pedaços de sentimentos, mágoas, angustias, alegrias, e vivências fossilizadas. Deixo as pegadas num solo que silencioso conta-me coisas antigas. Atravesso só a vastidão do espaço e do tempo. Quantas vozes caladas, falariam agora sobre o que as gerações passadas sentiram? Por baixo da calçada, quantas emoções se escondem? Por entre a crosta terrestre quantas vidas foram ceifadas? Quantos milhares de livros ficaram por publicar sedimentados nas várias camadas dos extractos?
O chão treme, não pela minha passagem, mas sim da energia acumulada ao longo dos séculos, dos milénios e até das Eras todas. Brota dele o sufoco da Terra, o lamento de se saber esquecida, ignorada e desprezada. Um Grito abafado solta-se nos céus e agoniza por ninguém escutar.Um trovão ecoa e ninguém o teme. Chove... e na Tv começa mais uma novela.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Rotina parte II


Enrolado dentro dos cobertores partes do frasco que te conserva e sais para fora: a agua inunda-te o invade os ouvidos. zum. Zunido. Qual?O eco repete-se, a carpete cola-se aos pés e enquanto andas parte da estrutura da casa desaba, o telhado está enterrado no teu estômago, junto com o sistema eléctrico. Toca. Onde? Os pilares que te acompanham parecem-te os vizinhos que passam. Som. Quem? A altitude, ou latitude faz-te mal, deslizas pelo corrimão, abre-se a porta do elevador, e tudo se esvai. Uma buzina apita e a passadeira move-se ao teu lado, no Taxi concordas que tudo está mal, não sabes onde vais porém já soubeste. O pelo da gata e outra respiração. Ronco. Eu?E é um consolo, naquela luzinha ao fundo que se afasta, os tremores na pele arrepiam-me, o despertador activa-se, são seis da manhã e meia, os Tindersticks acordam-te, levanto-me e ando. parto para a realidade .

Saudade

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Homossexualidade ou sensibilidade

Hoje em dia tudo são temas polémicos....
Tudo serve para encher telejornais
, altura esta em que o País se encontra mergulhado no meio dos meandros sujos e escuros da corrupção activa e passiva de todas as forças politicas, sociais e já faz parte do status quo.
Numa altura em que a população mundial cresce desmesuradamente; altura em que se fazem guerras por interesses económicos; onde até a especulação e o dinheiro virtual põem o mundo em recessão, não haverá outros temas a debater?
Não deveria reinar o bom senso?
Não se deveria fazer um governo de salvação nacional?
Não deveriam os países aproveitar para repensar os seus valores?
Não deveríamos nós analisar os nossos actos, e em consciência, tornar a sociedade mais tolerante, e receptiva à diferença? Ou por outras palavras, não deveríamos nós por de parte a palavra diferença?
Quem é diferente?
E em quê?
Como dizia Sitting Bull no fim do seu discurso: " (...)um dia talvez sejamos irmãos"


Ps: talvez ninguém tenha lido o discurso: Índio = Diferente

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A zitus ofereceu-me um desafio
através de temas e de uam banda responder a questões..hummm aqui vai...


Regras:



1-Colocar uma foto individual nossa.


2-Escolher um artista ou banda preferido.
Dado o texto anterior terão de ser Os Joy Division

3-Responder as questões com os títulos das canções do artista escolhido.
a) És homem ou mulher? "Heart And Soul"
b) Descreve-te. "Disorder"
c) O que é que as pessoas pensam de ti? "The Only mistake"
d) Como descreves o teu último relacionamento? "Isolation"
e) Descreve o estado actual da tua relação. "Incubation"
f) Onde querias estar agora? "From safety to where?"
g) O que pensas a respeito do AMOR? "Ceremony"

h) Como é a tua vida? "New Dawn fades"

i) O que pedirias se pudesses ter um só desejo? "Twenty-Four Hours"

j) Escreve uma frase sábia.
"Just a minor operation,
To force a final ultimatum.
Thousand words are spoken loud,
Reach the dumb to fool the crowd.
"

4-Escolher 4 pessoas a quem passar o desafio.
"transmission"

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

subproduto


Todo o nosso amor e carinho redunda num vazio,Tudo o que desejamos é constantemente adulterado.Para quê olhar o futuro se tudo à nossa frente se desmembra? Ando aos empurrões pela rua, onde as minhas opiniões e argumentos são imediatamente apagados .Leis que nos regem e transcendem,e mãos gigantes que nos esmagam.Qual a hipotese de viver a minha vida se me destroiem os sonhos mais pequenos?
Quando as paixões agarradas ao nosso viver, são arrancados e queimadas com a potência do nuclear.As emoções rasgadas e os sentimentos formatados,da pureza à nascença e da totalidade do ser ao ódio como essência e o nada ao perecer.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Parte VII Leve VIII


Hoje foi um dia estranho, a vida correu-me mal. Reflexões, e inflexões, translacções e rotações, movimento rectilineo uniforme, travagem brusca, inversão de marcha, mensagens encriptadas, mente desiquilibrada, balanços e avanços. paragem em todas as estações. Saída pela direita, escada rolante, seguindo a gente, abre a cancela, cancelamento da rotina, tina de água, banho-maria, maria vai com as outras, outras estórias, carochinhas e baratas, barata feira, feira do relógio, quinta-feira, feira da ladra, cão que dorme, gata que aparece, fez-se luz, abriu-se o dia, rasgou-se um sorriso, recordo o amor, acordo um encontro, desmarco um afazer, faço um comentário, comento uma frase, remeto um abraço, meto água, acerto e corrijo, atrapalho-me, dá a ronha, uma ovelha negra, um céu cinzento, uma noite em claro, uma claraboia na mente, uma espreitadela, um engano no blog. Um apontamente.

Estamos de passagem


Estes senhores foram uns bacanos: Carl von Linée, Charles Darwin, Johannes Kepler, Isaac Newton e Einstein: levaram-nos deste planeta azul para a Escuridão do Universo.
E passámos das Idade das Trevas para o século das Luzes.
Da pedra lascada para a pedrada no charco
Da Barbie para o tamagochi
Do Leite de cabra para o E145.
E estamos aqui de passagem disse alguém, e das voltas que damos na Terra, rodamos pelo Sol e em rotação pela Galáxia que Viaja pelo vácuo a uma velocidade estonteante!
E Eu já me sinto tonto de deslocar-me pelo o Universo nesta bolha, que qual cápsula espacial, me leva mais longe do que eu posso imaginar. A nossa passagem é breve, mas a viagem é tremenda, alucinante e fantástica. Acompanhado e mais a Gaia, partimos para longe, aceleramos até aos 300.000 km/s e não saímos do mesmo sitio. Um gigantesco Carrossel cósmico, onde as crianças não pagam e os adultos também não!
Venham e saltem connosco! Conheçam a cada segundo que passa uma miriade de cores, odores, sabores e sentimentos! Sintam a cada ano, todas a emoções humanas. Recebam todo um vasto conhecimento no tempo duma vida. E no entretanto sejam felizes, sorriam e abarquem e abracem tudo!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O zé de longa a lenga

Na mesa pediu a conta, contou, apontou e disparou, disparate! falhou e malhou vergou a mola, deu a sola, snifou a cola e baldou-se à escola e sem esmola saltou fora, assaltou a caixa, fugiu, pulou e pirou de vez, naquela cela ,trajado de cor amarela, saiu em precária, com uma coima pecuniária na direcção e na contra-mão, em contravenção, noutra versão, versado em letras, no alfabeto quase todo de há a zé, era um zero, de tons de zebra e com sons, zurridos, zunidos no electrico o 15,da praça da figueira por um laranjal, na horta, no seixal, perto de alcochete, encostou pôs um lembrete, esqueceu-se do verbete, voltou atrás, traz agora, o tempo, a hora, o segundo e terceiro e uma medalha de ouro, que mirava num miradouro, onde pediu um delta platina, e almejava alcantara, algés, miraflores, e o corvo da bandeira, do concelho e pediu um conselho, a um velho, sobre a receita do coelho, o semaforo vermelho, o sinal proibido, foi banido, corrido, curtido e esticado, sem pele, barrado com mel, sabia a fel, preso num cordel, em cadeia, um elo, lambeu um selo, perdeu o norte, colocado no correio, mas sem sorte, ficou a meio, fechou o livro, abriu um processo, já era um progresso evoluiu, em retrocesso, não tinha regresso, já sem sucesso, sucedeu-se e cedeu-se ou quebrou-se e partiu-se todo em gesso, já a vida sem preço, disse para si: "Eu isto não mereço!" Bazou da cidade e meteu-se no expresso....

Zitu

Recordei-me de me lembrar que te sinto com intensidade qual um furacão F5 .E vem-me à mente o meu brilho nos olhos, e o teu sorriso fascinante, quando a distância terminava na plataforma dos comboios. Seguido dum abraço tão profundo qual fossa abissal.
Um beijo terno e longo, com o teu sabor que trazia de volta e ansiava por repeti-lo quando os carris já passava o Douro para sul.
Quando, timidamente, te dei a mão pela primeira vez na sala de cinema.
De estar confortável quando me conduzias no teu carro em direcção a lado algum.
De sairmos para ir ao Black Coffee e ficarmos em silêncio a fumar, olhando os Aliados.
De passear o teu cão, e ver a cadela seguir e perseguir desvairada e maravilhada as pombas.
De berrar por causa da Gaia e das arranhadelas nos pés através do lençois.
De na praia, e apesar dum tronco no gêmeos, tomar um banho maravilhoso e revigorante na tua companhia. Duma lágrima transmitida pela janela da carruagem já em andamento.
As nuvens que inventava da Petrogal.
Da primeira francesinha no Verso em Pedra.
Do Polvo na Flor dos congregados.
Das moedas a tilintarem no Casino Estoril e do teu desagrado pelos excessos do vizinho do lado.
Do meu ensaio de Pão de Ló e do teu pavor do Forno.
De deixar a luz ligada da casa-de-banho.
De ver pela primeira vez a anatomia de Gray.
Do primeiro jogo de xadrez.
Do teu pânico pelas minhas fase 4, fruto dum contentamento incomensurável. Só por estar, contigo.
Das idas a pé dos Aliados ao Parque da Cidade.
Da vinda de Matosinhos à Trindade.
Das idas ao Froiz e de trazer o factor de protecção 15.
Da Sapateira e caviar no Pingo doce.
Da Fnac, e do teu ar doce e terno remisturado com nervoso miudinho, e no entanto um semblante de missão cumprida e vitoriosa.
Da caminhada infinita, do Bairro do castelo, passando pela Feira da Ladra, santa Luzia, Niossa Srª do Monte, Graça, e os queixumes do Carlitos. Recordações que ficaram marcadas para sempre, memórias que me fazem sentir bem, lembranças de situações que estão guardadas no meu imaginário, sentimentos que me ligam a ti, como a Terra se liga ao Sol.
Orbito-te, e guardo-te cá dentro, saudoso de estar contigo e apesar de estar sempre, parece que nunca é de mais. Da paixão e da luz que acendeste, e de tudo o que já fiz e disse e ainda parece que tanto há para sentir e dar. Das mágoas que te dou, das desilusões que te provoco, das tristezas que te transmito, e do desalento que sinto por fazer-te mal.
Por isso tudo e pelo que esqueci: Amo-te!

Alguém já?


Por causa dos animais lembrei-me das pessoas.
Ouve-se falar de palavras como a pobreza, da miséria, da fome, das dependências, da crise, da doença, da morte, da solidariedade, a amizade, da união, de amor. Mas em que canal deu isso? Em que revista saiu? Onde podemos pagar as cotas?! Quem já se sentou e almoçou com alguém que precisava? Quem já auxiliou aquela velhinha? Quem por amizade já deu o que tinha mesmo ficando a zeros? Já alguma vez foram voluntários? Alguém já teve uma causa? Já alguém viu miúdos de 5 e 6 anos com fome e impotente abriu os cordoes à bolsa e teve de dar todas as moedas que não chegaram?( Nem nunca chegarão!) Quem já viu uma criança pedir um cubo de açúcar do nosso chá? Quem já viu um toxicodependente a injectar-se? Quem se deu ao trabalho de falar com ele? Quem já deu banho a um sem-abrigo? Quem o conheceu? Quem já partilhou o mesmo quarto no hospital e viu morrer o nosso companheiro do lado e o chorou ? Quem perguntou as motivações de um alcoólico? Quem já pelos amigos se deu a tudo, entregou-se, faltou ao emprego, esperou horas a fio e acompanhou em alturas de crise e o único reconhecimento que teve foi uma palmadinha nas costas? Quem já voltou atrás quando o lixo que atirou não acertou no caixote? Quem já chutou a calçada e pôs-la novamente no sitio? Quem já deu o ultimo cigarro do maço? Quem já fez algo por si?
Será que se vê a nossas atitudes nobres pela quantidade de actos praticados ou pela qualidade?
será que a consciência fica limpa pelo facto de dar somas à Ami?
Será que o altruísmo não são actos egoístas, apenas com o intuito de nos fazer sentir bem?

Adiante...Como dizia o outro, muito se fala, muito se diz, muitos se gabam, mas ninguém faz nada...


Arriba avante e está a aviar! Vou mas é ao Pato-donalds e deitar fora metade da happy-meal...
in Kayam Sonedra, 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O matagal é mais profundo quando nos vemos dentro do musgo

Zé e Rui planearam a viagem.

Duas latas, um saco, um cão e um muro de pedra,na costa, ao Sol, calor, suor, areia, mar verde, coral, estrelas, maré vazia, concha, ar quente, cansaço, deleite, semi-cerrado, acordado, desperto, aperto, corda, tensão, atrito, grito, gaivota, voava, ovo, criação. Reinicio, feto, afecto, gosto, degustação, sentidos, apreensão, compreensão, infinito.

Abalaram cedo, não se martirizaram pela hora. O relógio de bolso marcava o compasso. Uma espera, um desespero antigo, uma mágoa esquecida. Havia tempo para mais uma reunião.
não sabiam ao que iam, nem o que eram, apenas dois nomes, apenas uma designação. Não sabiam para onde iam, em frente, sendo que deixavam tudo para trás. Partiam donde? e chegando ao quê? Reflectiam sobre tudo, não tendo ideia de nada. Duas entidades, assim denominadas por eles próprios, com visões de tudo à volta, que não eram mais que coisas que não sabiam o que eram e que davam nomes, a própria aprendizagem da fala, inata, era estranha, um gene, num cromossoma, uma parte do cérebro, a imitação, os neurónios-espelho, a interpretação.

Do quê? De que se fala?O que se sabe? O que descodificam? O que nos faz ser? O que nos fez estar? O que mudou? que mutação? Que ambiente ou que natureza nos forma?
Que existe para além de nós? O planeta é real? Somos reais? Existe o que dizem? Existe o que Vês?


O que aqui está escrito e descrito, é só nosso ou um sonho de um cão que viaja e pensa?

Reflexion (um mito)

no quarto às quatro da madrugada, Não cantou o passarinho não. Mas uma gata brilhou. Como um farol ou um pulsar, que avisa os marinheiros e os navegadores interestelares. O vento, ventinho vem soprar no meu país, afasta as micro-ondas, UV, rádio e marés! Viajam no tempo e no espaço, qual fotão, não não quero mais uma torrada de pão! O carro não abriu e o Sargo aberto, acordei e sonhei não sei já o que era real mas venham mais 5 e uma imperial!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Nota do revisor

onde se lê: " Era domingo", deve ler-se: "Era um bonito dia, as flores despontavam em cada mudança de olhar e a cada passo as cores e sabores prendiam os sentidos, o corpo em Zen a mente em Nirvana, e o ser direccionado para o melhor dos Karma"

São mamede III

Era Domingo. O cão ouviu uma travagem. Uma bola prateada circulava o celeiro com um silvo. As vozes lá foram gritavam em agonia. Ladrava desesperadamente. Rodeava a casota, e enrolava a corrente. Saltava e gania em sintonia com os ruídos externos. Partiu a trela e saiu. A patuscada era boa, havia desde sardinhas assadas a costeletas na brasa. Um gigantesca lavagem cerebral. Um braseiro descomunal, cogumelos e míscaros à disposição. Os 3 pastorinhos confraternizavam com os alienigenas que riam de contentamento. Passou-se assim o dia.Era um 13 de maio e Domingo...

São mamede II

Era domingo. Adelaide ouviu tocar à porta. Bocejou, espreguiçou-se e deitou-se para o outro lado, ouviu um silvo e o cão, levantou-se e calçou os chinelos. desceu as escadas à pressa, tropeçou, acordou na cama, lembrou-se de tudo, desceu novamente e abriu a porta, viu a sua amiga Lourdes! Como era possível?! Era domingo...e estava morta desde a infância, abraçou-a mas o corpo não estava presente, não conseguiu tocar-lhe, alucinava? A amiga parecia também não a ver. Lourdes como espectro, falava com o cão que não a sentia porém Adelaide atrás dela conseguia ouvi-la. Era domingo e sabia que estava morta. Não se importava, iria na mesma aos míscaros.

São Mamede(revisto)

Lourdes vivia em Fátima, perto do mercado e da banca de jornais, era uma jovem mulher, solteira, empregada do centro comercial na junkophone e aos fins-de-semana, ajudava na Tele-Fátima, linha de apoio aos fieis tresmalhados.
Hoje, era domingo, estava de folga e depois do banho e do pequeno almoço, pegou na BTT foi aos míscaros mais a sua amiga Madalena que vivia em São Mamede. O dia começou soalheiro mas à medida que o Sol subia, a humidade aumentava e o céu ao longe, nublado. Apressou-se e fez-se à estrada, demorou menos 3 minutos a chegar! Bateu à porta da amiga, o nevoeiro adensou-se, bateu mais uma vez e a porta estava aberta, entrou. Era Domingo, estava de folga pegou na BTT, olhou para trás como se..não!..estava só. Pôs-se a caminho, e não querendo atrasar-se acelerou. Bateu à porta, um zumbido longinquo. O dia estava soalheiro mas à medida que o Sol subia, a humidade aumentava e o céu ao longe ameaçava. Na BTT uma sensação estranha: "este carro já passou por mim", abanou a cabeça, respirou fundo e deu ao pedal. Entra primeiro no celeiro onde está o cão e chama por ele. um estranho ganido...Na estrada, um silvo. Hoje, era domingo, estava de folga e depois do banho e do pequeno almoço, não pegou na BTT, iria a pé aos míscaros mais a sua amiga Madalena que vivia em São Mamede, era longe, mas por alguma razão iria a pé. O dia começou soalheiro mas à medida que o Sol subia, o céu ao longe, nublado. Apressou-se. viu a casa ao longe por alguma razão chamou-a daqui, as palavras não saiam.... Hoje, era domingo, estava de folga e depois do banho e do pequeno almoço, pegou na BTT e atirou-se da ponte da auto-estrada. Hoje, era domingo, Apressou-se e fez-se à estrada, demorou menos 3 minutos a chegar! Bateu à porta da amiga, o nevoeiro adensou-se. Hoje era Domingo...