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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Que passem, ultrapassem e trespassem o 2009!





Como se diz na minha terra: "Haja saúde, coza o forno e no cú três bichas"
O publico atónito, bate palmas, levanta-se das cadeiras e há uma ovação de pé durante horas.
As palmas já sangram, escorregam, a linfa escorre, os sorrisos rasgam-se, o sol entra pela madrugada e noite dentro, o pano desce, as pancadas do senhorio, as de Molière, nas costas também, saltam à corda, andam à roda e venham mais 5, cantam, dançam, enrolam-se e rebolam, olham o arco-íris, o arco e flecha disparado, os joelhos feridos, a cabana na mata, o Tomás, os médicos e as enfermeiras, a fisga, a lagartixa, os policias e os ladrões, o macaquinho chinês, as histórias do avô, as lendas, os mitos, os fantasmas na casa abandonada, a Dona Rosa e a velhinha que todos tinham medo, a inocência, o algodão doce, o carrossel e venha mais um ano que este pôs-se!

Nota do autor revisor e tradutor: Tanto este texto como as 3 anteriores dissertações não passam de devaneios, ter em atenção que a primeira delas é com um fito pessoal e intransmissível e não requer comentários, pois é dirigida e focalizada em alguém muito especial que passou comigo este ano, e passará os próximos certamente. A esse alguém peço compreensão, tolerância, paciência, entendimento, união,paixão, comoção, e simbiose e mutualismo. Tentarei pagar na mesma moeda, embora a corrente do meu rio seja forte, trago no peito, na alma e na mente, uma bussola, um leme, um fio de prumo, sabendo contudo que terei sempre esta luz e uma estrela brilhante que me guia, conduz e seduz.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A Paz Mundial (Um postulado)


Diz um responsavel pela defesa de Israel em relação à ofensiva contra o hamas: " Isto é apenas o começo.."

fico feliz por saber.


Tenho até uma ideia genial para a irradicação da pobreza e da fome, e para a unificação do Povos do Mundo em Harmonia e Paz eterna.



Em 1º lugar os Estados Unidos da América, e o Canadá, devem organizar-se para estabelecer uma nova ordem mundial nas restantes Américas. Começando na América central, os depósitos de água para consumo humano seriam diluidos com compostos químicos e/ou radioactivos, provocando assim maleitas nos povos locais, para que e pelo menos, numa década, não restasse ninguém. Esses terrenos devolutos seriam casa para a quantidade de Latinos, indigentes, toxicodependentes, desempregados e pessoas com deficiências fisicas e mentais, que por um lado gastam dinheiro ao erário publico e por outro dão mau aspecto ao pulularem pelo meio das cidades da América que se quer impoluta, diagamos que seria uma espécie de Guantanamo mesclada com a Casa de Tuberculosos da Idade Média . Seriam portanto colocados numa espécie de reserva, como anteriormente se fez com os Índios, que tiveram de ser deslocados das suas terras, uma vez que eram um anacronismo e não faziam sentido, estar a andar a cavalo, a caçar bisontes, e a fazer danças da chuva?! Não faz sentido. Além dos bisontes serem protegidos, a chuva não é necessária. Afinal para que é que existem os grandes lagos, a Barragem Hoover e as cheia no Mississipi?
Descendo para a américa do Sul o processo seria identico, há que preservar a Amazónia, e a Cordilheira do Andes e toda a gente que vive ao seu redor, condiciona o seu crescimento, e gasta recursos necessários aos paises industrializados. Essa Região seria considerada Património da humanidade e considerada um dos mais belos destinos turisticos pela imensa variedade paisagistica de fauna e flora, e exclusivo para as elites neo-conservadoras americanas.

Devido à proximidade geografica de África com a Europa, os emigrantes com origem nesse continente seriam deportados, contribuindo para o decréscimo significativo da população europeia, que apesar de envelhecida, sofre de problemas de desemprego, além dosreceios vários da criminalidade, que como se sabe exclusiva de árabes e pretos, que nos rodeiam e cercam. Põe-se até a hipotese da pequena Maddie ter sido vítima de atrocidades desta gente bárbara. A extinção das gentes desse continente, seria por embargos sucessivos, envenenamento dos cereais e pondo ao dispôr do exterminio, as novas tecnologias no que concerne aos alimentos transgénicos, transmutados para substâncias portadoras de elementos mortais. Uma vez que é o berço da humanidade a cultura seria perservada, e vários especimens levados em vagões para Africa do Sul que seria o único País a conservar, alterando, como é obvio o governo e tranformando-o num estado europeu longe da metropeleo e liderado por oligarquia nomeada pela União Europeia. O continente, liberto assim da pressão demográfica iria, desenvolver-se a nível da zoologia, e seria uma estância balnear e de caça, para os democratas-cristãos do eixo Paris-Berlim.

A Asia seria um acaso à parte, deixar-se-ia as querelas religiosoas e politicas acentuarem-se, os governos ocidentais iriam instigar os conflitos, causando a auto-destruição. Daria um belo e pacato local de instrospecção e um Gigantesco santuário para alivio do stress e o alcance do Nirvana,de todos os empresáriso bolsistas, seguradores, banqueiros e especuladores em alturas de maior recessão....

E como diria Voltaire: "Vivemos no melhor dos Mundos"

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Pensamentos de quem tem tempo.


Hoje é um bom dia para dizer coisas. Esta fase, ou época é caricata. É festiva e vê-se de tudo.
O transito é caótico, há quem não ceda a passagem, acelere demais, manobrando perigosamente, quem não respeite os sinais, apite por tudo e por nada, reclamando e protestando com tudo e todos e criticando-os por não serem mais tolerantes nesta altura.
Todos embuidos do espírito mas ninguém respeitando nada, achando-se no direito de abusar na boa vontade de outrém.
Na rua as pessoas não se desviam de quem vem em direcção contrária, numa espécie de desafio, quiçá para aumentar o Ego ou auto-estima.
Nesta altura quem paga as favas disto estar tudo mal são os sem-abrigo, pois deviam estar a trabalhar, os Alcoólicos e toxidependentes pois vivem alienados, cheiram mal e causam mau aspecto, os emigrantes, porque tiram o emprego aos outros, os desempregados, pois vivem à custa do subsidio, os ricos, porque não distribuem a riqueza, os pobres, porque deveriam ter estudado mais, o governo porque são uns chupistas, a oposição porque não se opõe.

há vários tipos de pessoas nesta sociedade em que vivemos, quem viva para ganhar o seu e não tenha grandes objectivos, apenas chegar ao final do mês para pagar as contas. Outros há, que trabalham e têm tempo para viajar e ver outros modos de vida, e de vivência. Normalmente quando viajam para países do terceiro mundo levam umas lentes nos olhos, onde a vida que fazem é igual à que em casa fazem, não se apercebendo que estão num enorme palco e o que se vê é que que lhes é dado a ver.

Dando como exemplo a África, muitos dizem que a culpa de haver miséria é deles próprios. O países que foram colonizados viveriam muito melhor se estivessem ainda sobre a alçada, supervisão ou com as leis dos colonizadores, pois agora são desorganizados, pobres, esfomeados pois não têm capacidade de organização.

É importante frisar que esses países são ricos em matérias primas, em taxa de natalidade e em mão de obra. Falta-lhes qualificação e infra-estruturas. Destruídas nas mais variadíssimas guerras com as potencias colonizadoras e após isso pela luta de poder. Não esquecer que os Europeus criaram fronteiras artificiais, dividindo e separando etnias. Os casos mais gritantes e mediáticos são o Ruanda, e o Iraque. Fala-se também no facto de muita desta gente, tentar a sorte nas barcaças em direcção á Europa, tentam chegar às Canárias, a Malta, à Sicília e à Grécia.
É vox populi, dizer que os "pretos" não gostam de trabalhar. contudo é quem nos constroi as nossas infra-estruturas.

Há quem diga que nos seus países só bebem e estão em festarolas, o que não sabem é que quando uma empresa multi-nacional quer entrar num desse países para aí laborar, como por exemplo na extracção do petróleo, contactam os governos.
Ora nessas negociações a empresa, diz que precisa de 100o trabalhadores e que está preparada para pagar 500 000 U.M. (Unidades Monetárias). O governo recebe esse dinheiro e destaca um gabinete para o destacamento de dos trabalhadores. Esse gabinete, constituído por membros do governo, retira 350 000 U.M. Para despesas de representação, entra em contacto com o gabinete equivalente ao nosso centro de emprego para o recrutamento, que pede 100 000 U.M., quando são admitidos os trabalhadores só estão disponíveis 50.000 U.M, para salários. Os trabalhadores são avisados, que se não estiverem dispostos a receberem somente os 5.000 restantes serão despedidos. É portanto natural que a população viva mal, é de salientar também que muitos desses países têm uma população que é maioritariamente rural, o sector primário e secundários são os maiores empregadores. Convém dizer também que muitas aldeias vivem do que a terra lhes dá e o dinheiro não é necessário, recordo que um amigo eu que por aí viajou (passou desde a Mauritania, Mali, Togo, Senegal até à Guiné), disse-me quando pagou ao taxista e lhe deu 1000 francos da moeda local, ficou a olha-lo de lado, pois para trocar a nota iria ser complicado, as trocas nesses lugares são feitas por produtos, trocas directas, e como vivem afastados dos grandes centros urbanos o dinheiro não lhes serve, pois acabam por trocar por cereais para cultivo. Aí era necessário lugares para fixar as populações, que por falta de condições se deslocam para as cidades aumentando a quantidade de população e um decréscimo de qualidade de vida.
Há exemplos gritantes, da ajuda humanitária, que por melhor intencionada acaba por cair em saco roto. No âmbito da cooperação mutua o Reino Unido deu cerca de 1000000 Libras ao Uganda para a reconstrução de um hospital e de vários centros de sáude. Dois anos passados o dinheiro desapareceu e medicamentos que eram suposto ser dados gratuitamente eram vendidos aos utentes! O hospital que serve cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas, só possui 5 enfermeiras e dois médicos, um dos quais itinerante. Pergunto? para onde terá ido o dinheiro? E porque é que em vez de se dar o dinheiro não se aposta na formação e na colocação de pessoal especializado? A resposta é simples, por interesses... A Ajuda humanitária acaba por ser ela própria um negócio. Onde quem beneficia são os governos, cada vez mais anafados e prepotentes.

Quando falamos no atraso da África é necessário ver para além do que está à vista. Pois não somos detentores da verdade. E tudo parece ser como na Alegoria da Caverna de Platão, vemos as sombras mas não o que há por detrás delas.

Como dizia um local com Ironia:

"Eu já não tenho idade para dar o salto e tentar a minha sorte na Europa. E felizmente vivo da pesca que me vai dando para me aguentar. O que é engraçado nesta história toda é que quando o Europeu vem para a África, vem munido da sua máquina fotográfica e tira fotos a tudo. Estiveram cá no renascimento, porque tinham tempo. E porquê? Porque tinham roupa, tinham comida, e tinham dinheiro, logo tinham tempo e vieram para cá fascinados, pois o que lhes falta é sapiência e vieram cá em busca de novos mundos, de procurar respostas no continente ancestral.
O africano não vai para a Europa munido de máquina fotográfica, ao contrário do europeu, vai em busca de roupa e alimento para os seus filhos, talvez não saiba ler nem escrever, e no entanto o europeu nada tem para lhe ensinar, só precisava de ter mais tempo. Para si. para os seus. para brincar com os seus filhos...Quando isso acontecer, África vai ser olhada como o continente antigo, como o principio de tudo e onde todos vão querer regressar para se reencontrar"

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

sobre tudo


hoje saí sozinho.
é altura festiva.
não vou estar com pessoal e deu-me as saudades.
Apanhei o comboio e parti.
Cheguei.
o meu amigo sentado sorria ao ver-me aproximar.
Abracei-o, apertei-lhe a mão, expressei-me sem palavras, facialmente digamos assim.
Falamos, bebemos imperiais, demais talvez.
Á mesa: a vida, as promessas não cumpridas, as amizades perdidas, a nostalgia doutros dias, uma mescla de emoções ali partilhadas. assim, de perna cruzada e de cigarro na mão a ver quem passa.
De súbito as mensagens: um amigo que não vem, um convite de outro para esta noite, e doutro para amanhã. Diria que sim, que acedo e que apareço, que estarei com eles. Mas ao desligar a chamada, corre um calafrio, algo está mal.
Entretanto o meu amigo( a presença fisica) parte. despedimo-nos.
Eu passo a praça, e ainda outra, e estou numa livraria, falta-me algo. Continuo a pensar que qualquer coisa está mal. uma sensação de perda, de angustia.

apercebo-me.

Faltas-me! ficaste em casa, não vieste...
e eu aqui.
no meio da multidão senti-me só.
acorre-me que sem ti não sou nada, que preciso de ti! passaram só 2 horas e sinto a tua falta, tenho saudades. corro para ti.
A viagem para casa um sufoco e um vazio. Chego e adoro-te nos teus braços. Lembro-me que te amo e digo-o. Ainda bem que aqui estás!
Que bom que é ter-te.
Que bom que é...
Que bom.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Quadra desgarrada


Voltamos ao natal
e mudamos de estação
se não tivessemos mal
seria um festão!

A crise paira no ar,
o Mundo está de tanga,
mas vamos todos cantar,
e entrar na charanga.

Os tempos são outros,
a tradição também,
as vacas magras,
berram pela mãe.

A época eu dispensava,
trocava era a recessão,
por coisas que tanto desejava,
pois disso não abro mão.

Desejos estes muito deja vu,
quadras destas há aos molhos,
que sejamos saudáveis eu e tu,
e seja eterno esse brilho nos olhos.

Acabo em seguida,
antes felicito todos
com beijinhos e abraços

pois estou de partida.

Um piloto

No zénite da guerra.Precisamennte na altura em que o motor falhou saltou de pára-quedas sobre as searas. Aterrou firme viu o avião planar e voar sem destino. Esperava que a noite partisse, fez uma fogueira montou a tenta, preparou os mantimentos, um silvo fê-lo olhar para trás, dísparos de longe cravavam-se na sua carne, caiu por terra. Desistiu, desmontou a tenda e deixou-se disso. do campismo. Abre a boca e dispara.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A minha prenda de Natal

o nevoeiro caiu sobre tudo. Estatelados no chão, acordavam. Tontos e baralhados correram em direcções opostas. Gritos de Pãnico e horror. Corpos que se auto-mutilavam à beira da estrada, pedindo moedas. Vendedores ambulantes com motoretas faziam corridas embatendo violentamente contra as paredes. O Natal batia à porta. Ninguém, abriu. selavam-se janelas e portas. Preparavam-se enlatados e garrafões de água para o grande inverno nuclear, os abrigos cheios de gente, que sufocava sem ar e espezinhada pela multidão que entrava em fúria. As renas fossilizadas pegavam fogo, os anões duendes em combustão espontânea. Os carrosseis voavam e atiravam as crianças pelos ares. A neve no céu, tudo era belo!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

neo-Peste


Os homens caminhavam pela estrada rumo a lado algum, visto já não haverem metropoles, evacuadas por força do virus do anjo azul, que fazia com que os humanos ao respirarem, apenas inalassem o azoto, deixando de fora o oxigénio, dando à pele um tom azulado e uma textura metálica, morrendo em tremenda agonia e secando por dentro, havendo casos em que morriam de pé, transformando-se em estátuas, o mundo estava cheio delas. Haviam verdadeiros museus nas ruas e nas praças de vilas e cidades, os vivos recorriam à sabedoria popular, tentando sobreviver com curas de indígenas quase extintos, andavam pelas ruas com plantas carnívoras que se grudavam à carne e faziam de um homo sapiens um ser fotossintético, muitos morriam por asfixia, devido ás raízes que lhes entravam pelos pulmões, abriam caminho pela carne, e ainda havia outras que subiam pela espinal medula alojando-se e alimentando-se dos cérebros, fazendo deles verdadeiros vegetais, e deste modo escapavam à pandemia. O ar contaminado, trouxe uma nova diáspora. O homem fugiu para as florestas ainda existentes, onde já não havia animais, alimentavam-se exclusivamente do que a terra providenciava, a população diminui drasticamente, e havia aglomerados enormes nas zonas de maior vegetação, que acabariam em breve. O manto vegetal extingui-se assim como os últimos humanos, que apesar de tudo tentavam, ir para as zonas costeiras alimentar-se de algas, alguns criaram guelras e o mito das sereias renasceu, uns séculos depois...

Pela Estrada Fora


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Um caso da vida


Nesta altura do ano, chovem promessas vãs de um mundo melhor.

Em tempos antigos vários eram os caminhos do homem em direcção ao bem-estar:

Budismo conduzia-nos ao Nirvana num estado total de paz e plenitude

hinduismo a busca incessante do sagrado e como viver em harmonia com o mundo

Judaico-Cristianismo - Os mandamentos e a salvação do homem

Islão - Os mesmos principios num livro tem como directriz a paz.

A hipocrisia é enorme. E que é feito do Homem comum neste tempo todo?

Vive liberto? Consciente? Feliz? Saceado dos seus principios básicos?

Depende da perspectiva. Numa visão geral, sabemos que o homem é perseguido pelos seus valores morais e religiosos. E dependendo da região onde viva o seu grau de satisfação e bem-estar, aumenta ou diminui consoante, a força da economia e desenvolvimento social do seu pais.

Pegando no homem ocidental comum, e dando como adquiridas as necessidades básicas, uma cama e uma mesa, outros valores se levantam. Quer e pede mais. Ultrapassadas as carências almeja mais alto. Daí haver individuos que entram em conflito com a própria sociedade, uma vez que se dão ao trabalho de pensar e de exigir para si, mais e melhor´, seja a nivel, fisico, mental ou intelectual.

O homem viverá feliz se a essas necessidades básicas se juntar, o direito de viver, a garantia de sobreviver, e a liberdade de expressão. Pode também traduzir-se em saúde, protecção, e livre arbitrio.

Quando é dominado, o homem atrofia, os seus olhos fecham-se e não olha o mundo, os ouvidos não escutam e remete-se ao silêncio os seus sentidos são reprimidos, e mais não passa de um vegetal. Tem coko unico objectivo acordar, sair, trabalhar e recomeçar ad eternum.

Quando é subjugado, é como se lhe espetassem um faca no coração, deixa de actuar, isola-se, vai reduzindo os seus objectivos e estagna.

Quando o homem é reprimido, fecha-se na sua bolha, não transmite para fora as suas opiniões, não passa de um fantoche.

Quando um homem é controlado, deixa de viver, deempenhar as tarefas mais básicas torna-se complicado, a falta de estima é tremenda, o Ego encolhe-se e atrofia, perde o brilho, o desejo e a vontade extinguem-se, o semblante carrega-se, a felicidade apaga-se, o facto de ser e estar deixam de ter sentido, é um autómato, responde a estimulos como um insecto, diminui-se, fecha-se e morre.



Feliz Natal, ou melhor, que a vossa existência possa ser rica, e embora ainda tenham fé e esperança que os vossos pecados sejam perdoados, não esperem pela salvação, pois quanto a mim é um processo burocrático complexo, e isto não é Hollywood, é a vida real.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma história do natal.


Era um ano da graça do Senhor ou dois( foi há muito tempo), no berço da civilização, nos primórdios da humanidade, ou vice-versa. Entre rios, entretanto e entre todos nasce o Salvador, para uns, para outros o Redentor, e para a família o Toni ou para os invejosos o milagroso da tanga. O nome completo nunca chegou ao nosso dias mas ao que consta e apesar da família o tratar por Toni, parece que era José António silva Redentor Salvador, da parte da mãe. Da parte do pai, tinha uma famel, recebida pelo natal. Presente esse muito estimado tendo participado na enesima edição do afamado e aclamado famel trophy. Mas voltando à estória, Toni, ou , saiu de casa de seus pais, muito cedo, era um chato segundo consta, meio lerdo vá, e mandaram-no pregar pro deserto. Depois de ter visto um arbusto em chamas e no calor do momento, decidiu a sua profissão, iria ser bombeiro, não sabe se voluntário, mas participou no banco alimentar, e não fazendo a multiplicação dos bens, fez a divisão dos mesmos com os seus amigos tendo se estabelecido num quiosque ás portas dum oásis, O To`s snack, ficava num monte, das oliveiras, mas também com palmeiras, e tamareiras qb. Como em todas as estórias há um flash back, noutra havia o flash gordon, para abreviar,e voltando atrás, lembram-se que os invejosos o chamavam milagroso da tanga, e isto deixava de ter muito nexo, se é que continuam interessados nela, ou nele, na estória e no Toni respectivamente, se não contasse o porquê. Era assim considerado pois transformava a cerveja em água, pois apesar de estar no deserto o barril ficava-lhe caro e misturava água às imperiais, ou finos. Criou várias inimizades, mas com estava aberto até as 4 da manhã, e na região havia pouca diversão, o seu bar tinha muito clientela que ia exclusivamente para a esplanada jogar matrecos. Avançando no tempo, , fez a tropa na Nazaré, nada de biblico tem isto, nem mística alguma, com excepção de ter conhecido vários pescadores, entre os quais o João, missionário e cónego, baptizou-o sendo portanto baptista, mas de nome e não de profissão, tendo fomentado o seu fervor religioso e a sua repulsa aos bens materiais. Nao que fosse comunista, pois esta crise ainda não tinha sido reportada(e Marx vivia como beduíno),mas antes por ética e principios morais. Saido da tropa, voltou ao seu Bar, mas com uma crise existencial, e não havendo vendilhões, nem templo, ´so uma pequena capela take-away, e vendedores ambulantes, expulsou os seus clientes pegando em seguida fogo ao estabelecimento. Como bombeiro que era, deu em pirómano, e como nihilista que era em toxicomano, tendo sido perseguido como um andrajoso, alguns criam-no cruxificar, outros enforcar, outros ainda queriam emborcar uns copos no seu bar, Não o podendo fazer fizeram uma revolução, nem cultural nem de abril, mas com era pelo natal, passaram a juntar-se junto aos escombros, formaram um seita, fizeram uma ultima ceia, e um primeiro e ultimo suicidio colectivo. Tó ficou sozinho, sem redenção, vitima de perseguição, e como se não bastasse recebeu uma intimação, por fraude fiscal. Morreu na solidão, ou não, há falta de dados, factos e fontes históricas, podia dizer que a estória continua. Mas tudo depende de si, e mais de mim, de uma nova inspiração e uma expiação. Gloria ao tó e Salvé a todos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

parte 3

caiu o pano, a noite, o semblante.
tão cedo o sol não brilhará.

Boa tarde e até mais ver

Os meus posts de dezembro são e estão depressivos.
Nada como um mês desconcertante num perturbante momento.
Uma dor num instante,
um pequeno ardor
e um tremendo pavor.
aguardo que passe...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

descrição (parte 2)


Germinou, num plano infinito iludido pelo que via, crescia, aumentava e recordou que se desconhecia. estancou,................................... caiu. E ali especado e surpreso, falhou o passo e tropeçou. era escuro, apagado e lembrou-se de não florescer. na estepe jaz estupefacto, quem acode? As sombras e espectros de ontem, de outrem. Os necrofagos aproximam-se, a luz extingue-se, o calor apaga-se, um turbilhão de sentimentos misturados, quem é? uma explosão ou um trovão, uma canção. as nuvens serão negras e cairá pedra vulcânica. enterrado e pensa em quê? e numa Vontade e desta vez é que é! e irrompe dos escombros, sai. e estão todos à espreita, apontam e fustigam, destroiem, despedaçam, sem dó, sem piedade, e sem tempo para arrependimento ali fica mumificado, petrificado. Manteve a expressão de terror na face, ilustrada para sempre, no chão. Espezinhada, decalcada e recalcada em todas as dimensões, ia fugir, sentar-se à sombra, contemplar o verde, e respirar o ar, não pôde, esgotou o espaço, a hipótese uma chance de escapar, até de fugir! iludiu-se foi tentado, não suspirou, agoniado,
era jovem e imberbe, recorda-se da experiencia , dos dias claros e dos sorrisos espalhados,
naquele retrato ali ficou. marcado.

vácuo


O ritual, o dinheiro gasto, o prazer caduco, onde foram?
Na rua, o branco, cego. atrás o cinza, esquecido e em cima o preto, sem futuro.
cá dentro um breu.
O caminho deserto sem chegada nem partida,
não há meio nem um fim.
O objectivo é estar sem ser ou ter.
Sentir doi, amar aperta, gostar magoa.
Num abraço sufocante do rancor da mágoa da angustia.
um sabor azedo na boca.
Oiço um silvo estridente que me corroi e corrompe a alma, o ser, o eu, o meu. Vejo tudo e à minha volta rodopia o nada, consome-me, gasta-me, mata-me.
Digam-me onde se sai, como se sobe, como se está,
e tirem-me a dor, o sacrificio, o martirio.
Onde estive?
e por aqui ficarei pra sempre nesta cave encerrado, sem saida, amordaçado, auto-esclavizado. Desgraçado, a vida num luto, a sobrevivência numa eterna luta perdida, caído, prostrado, a visão turva cansado, apago.
sem luz, sem som, num rasgo de pavor no Medo.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Promessas


Em dezembro vou acordar bem disposto.
Em dezembro vou colher bagas e frutos.
Em dezembro vou provar todos os gostos
Em dezembro vou escutar a chuva
Em dezembro vou cheirar a manhã
Em dezembro vou sorrir no metro
Em dezembro vou ouvir o Sol
Em dezembro vou olhar o Mar
Em dezembro vou desligar o despertador
Em dezembro vou tomar banho de água quente.
Em dezembro vou tirar férias.
Em dezembro vou contar uma estória.
Em dezembro vou virar uma página
Em Dezembro vou fechar a porta
Em dezembro vou começar um novo capítulo
Em Dezembro vou estoirar comigo
Em dezembro vou esperar que começe um novo ano.
Em dezembro vou aguardar janeiro
em dezembro vou ser!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

fuga

Vejo as nuvens adensarem-se.
O mar aproxima-se.
As ondas atropelam-me.
o Vento fustiga-nos
O frio congela.
Tudo pára.
O sol esconde-se.
O céu oprime.
O mundo gira.
Giro com ele.
Afasto-me e orbito.
Espero que páre.
no vazio
no silêncio.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Troca de ideias

  • Não conseguem concordar na totalidade com o que escrevo. E ainda bem é da discussão que nasce a luz, e mais aqui não deixo que a minha opinião e da razão não sei, pois ainda hoje se anda a filosofar sobre isso.

  • A essência do que escrevo é comum ao pensamento de outrem embora com conclusões demasiado negras.Talvez padeça de pessimismo natural, ou seja demasiado realista ou então tenho uma visão muito própria e seja resultado do meu empirismo.

  • Crio um mundo meu... è natural. todos temos a nossa bolha, o nosso espaço, aquele cantinho que é só nosso.

  • Muitos outros sentem o mesmo, e apesar da negritude sim, tenho fé e há esperança na evolução da humanidade. O que não impede que o demonstre, embora por vezes o estado de espírito seja um vector importante e canalize a minha frustração para aqui.

O mundo , ou a bolha que crio aqui, é surreal, uma fuga à realidade, é uma tentativa, um ensaio, é algo meu, uma expressão, singular, peculiar, única e banal dentro da invulgariedade.

Numa outra vez o homem ( versão romanceada)


O homem ergue-se e levanta-se, vai andando e descobre o fogo. O homem corre e caça em grupo, é hábil na manufactura de objectos, usa a inteligência e caminha na direcção da idade do ferro entretanto..domina o cavalo, e anda veloz. Cuida dos rebanhos, domestica o gato e o cão. Sedentariza-se e cultiva os campos. desconhecendo o Mundo e temendo-o, morre jovem e junto ao curandeiro. Evolui e questiona-se sobre si mas segue a sua vida. e prospéra e vive alegremente nas longas tardes soalheiras sobre as extensas planícies.


O homem moderno senta-se, navega rápido na net, descobre o mundo num minuto, vive entre betão e aço.É pleno de informação, questiona-se sobre tudo e nada conclui, leva a diversão ao extremo, a produção deixada para a automatização. Nada faz. Relaxa, ainda com o cão e gato como seus companheiros e os únicos que não sofrem de extinção. Morre velho e com assistência médico-medicamentosa, vazio, insano, sofrendo de fobias e manias, domestica-se a si próprio com a ajuda dos xanax e do prozacs. Definha no meio das milhões de seres iguais a ele, em tardes pardacentas, no meio da neblina e sobre extensas cidades descaracterizadas.
sãos as diferenças entre um bárbaro e um civilizado, ou entre um homem bucólico outro melancólico, ou o da informçaõ e o em formação. Aceitam-se definições, pois nada é definitivo.

n.b: è curioso reparar no que estdo de espirito faz na eleboração de um texto fica para outro post, se bem que repito-me e abuso na redundancia

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Era uma vez O homem


O género humano é caricato. Vivemos infelizes e sempre com falta de algo. O que antigamente não havia hoje é dado adquirido. Não são carências emocionais ou físicas mas sim emocionais. Está provado ao longo dos tempos.
Os primeiros escritos dos sumérios e fenícios foram para tomar nota de contas, deliberações entre comerciantes, lapides etc. A seguir contavam-se historias dos feitos antigos( que se formos mais para trás eram trazidas pelos aedos, o bardos, que as cantavam ou declamavam de terra em terra.), hoje fazem parte dos mitos e lendas, e a informação hoje anda rápida, dos sinais de fumo, do pombo correio, para o correio electrónico, e para as corrente absurdas que se criam por e-mail, dos anjinhos salvadores e outras coisa que tais... depois vieram as escrituras, os poemas épicos, e os feitos dos faraós egípcios.
Desde a escrita cuneiforme à escrita gravada em pedra, e outra em papiros e formatos que certamente nunca chegaram até nós. Expandiu-se a escrita de tal forma supreendente e deixou-se de saber escrever. Há quem já não dispense o Pc paar escrever, e não o saiba fazer com caneta pois não tem a correcção automática e os parágrafos ordenados e as página snumeradas automáticamente.

O homem, saído do neolítico, e começando a ter tempo para si, teve uma necessidade de filosofar e de dar um sentido à vida, à morte, etc. O homem primevo tinha as suas maiores preocupações na comida, no sexo, no território e na segurança, com o neolítico, veio a noção de posse, o homem começou a parar, mas Diáspora não ficou por ai, não descansou enquanto não ocupou os 4 cantos da Terra.
No tempo em que vivemos as noções não evoluíram, continuam a ser as mesmas, porém mais requintadas, a noção de posse alterou-se para capacidade em possuir mais empresas, mais acções. mais capital, mais propriedades, sejam imóveis ou outros bens, antigamente considerados supérfluos.A segurança deixou de ser do nosso próprio território para passar a ser não defensiva mas agressiva, o sexo não se modificou, tornou-se outra coisa um negocio, já não visto como um prazer mas com requintes e perversidades próprias, comercializado e embalado, a religião não é algo para explicar o inexplicável nem de adoração e de ritos de mortalidade e fertilidade , tornou-se ideológica, um razão para agressão de outras culturas e civilizações diferentes das nossas, a religião é agora moda, virámo-nos para outras religiões, há quem volte ás primárias, ou primitivas, adore o sol o mar a terra, há quem se volte para o esoterismo, há quem invente religiões, há quem faça disso um negócio, e a sua igreja é cotada na bolsa...
Hoje o valor duma nação não se vê pela evolução social e cultural do ser humano, mas sim pelo poderio económico-militar.
A Diáspora, essa, continua, molda-se e formata-se, contínua mas o seu objectivo já não é a exploração de novos territórios ou a necessidade de conquistar terra para pastos ou plantação, passou a ser uma necessidade politica de impor a nossa cultura o nosso modo de viver, as nossas crenças são agora de foro economicista. A evolução deixou de ser para melhorar o homem a nível social e cultural, mas sim militarista e económico.
Mata-se não por protecção do próximo mas por uma necessidade de proteger os valores morais, económicos e da disseminação da cultura, que de valores humanos já têm pouco, a nível pessoal há quem mate por prazer, por dinheiro, por deficiência psicologica, por inadaptação,A vida padece da valorização do homem pelo homem e antes da marca ou do produto. As ambições evoluíram de forma bizarra, o pensamento ultrapassou as várias correntes, passou a ser individualista. O homem sofreu de um mal maior, vive deprimido e definhado nesta enorme aldeia global assoberbado e ultrapassado por ela. Vive perdido mesmo com o GPS....
Quem se revolta, ou quem tem ideias, ou quem imagina um mundo melhor, é eliminado, enviado para outro mundo.

Mas também, a vida é curta, e isto passa, passa rápido, num piscar de olhos, ou num clic dum qualquer rato.

sábado, 29 de novembro de 2008

por cá poema em si

passa-se o tempo, passa-se o dia, e parte da noite a divagar
a pensar em ti
sem vontade de dormir sem vontade de deitar
e hoje viajando pela noite
passo o espaço devagar
parado sentado mas...
e eu? continuo aqui.
já o natal e mais outro por ti vão
eu aqui a dar-te a mão
aceno, grito e indico.me e faço sinais
caminhos tortos
viagens dificeis
e eu para aí
onde?
ou interessa que rota segui?
é a que sigo!
e a quem persigo é a ti!
as vezes bem
muitas vezes mal,
ganda barraca!
não resolvo, mas dou-te um xi!
Falo, digo e palro
mas com bom intento etc e tal
os sinais são apagados
a conversa por vezes banal
as emoções acesas
e o sentimento. esse? continua sem igual
trajectos que paralelos são para mim
intersecções ou perpendiculares faço em ti
sem intenção sem manobras
evasões nem invasões
são as minhas nuances
apenas eu e as minha visões.
olha eu aqui!

viajando

há espaços de que já me esqueci
momentos que apaguei
memorias que deixei para lá
continuo a ir
a perder pedaços
e outros a apanhar no caminho
enquanto duro
enquanto corro
vou estando por cá

pela noite


010101010101010101001010101 não. ainda não vou fechar os olhos01010101010101010100101010 não nem ainda desligar a televisão
nem tão.pouco baixar a canção 0101010101001010101010101010100101010 não não vou levantar voo para já01010101010101010010101010100101010nem vou apagar o ciagrro00101010101010101010101010101010100101010 nem posso meter as mãos no bolso 01010101010101010100101010a noite ainda não acabou
não posso pra já fechar o livro
0101010101010101011010101010101010100101010101010100101010algo há-de aparecer010101010101010110100101010101010101010
010101010101010101001010001010101010101010100101010sem energia01010101010101010100101010mas cstivo01010101010101010100101010sem iniciativa01010101010101010100101010mas imaginativo010101010101010101001010
sem tamanha inercia01010101010101010100101010em enorme criação01010101010101010100101010um enorme momentum01010101010101010100101010na mão01010101010101010100101010
não, ainda não.01010101010101010100101010não vou pra já fechar os olhos!01010101010101010100101010

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Cisma 0101010101(revisto e aumentado)


O Homem tem um problema, pergunta-se sobre o absurdo da existência, telefona para a linha de apoio, atende a voz mecânica, digita um para outras opções. Desliga. Liga-se à rede, pesquisa e perde-se. Os olhos vazios, a mente cheia e perturbada. É canalizado e desloca-se ao centro de atendimento. Fazem uma triagem. É questionado. Interrogado e catalogado. É reconduzido. É induzido. Chega a sua vez, é levado para o interior do edificio alvo, imaculado, com tectos altos preenchidos por luzes neon continuas.O centro de apoio e indução aos humanos que duvidam do sistema(CISMA). Chega a uma grande porta metálica reluzente, abrem-na. É empurrado lá para dentro, colocado num tapete rolante. Encarneirado.Ouve-se um bip. Fecham-na. Um fila enorme de gente. À primeira pessoa fazem um tratamento, com um eficácia e acuidade precisa, um laser corta-lhe a pele craniana, com a mesma precisão, retiram o cérebro, que é religiosa e sistematicamente colocado numa pequena caixa de metal opaca e azulada. É inserido nas gavetas numeradas de alto a baixo da parede. O corpo é quimicamente tratado e reciclado. É a sua vez, assusta-se, uma luz diz-lhe para a olhar fixamente até ouvir o sinal, uma seringa injecta-lhe sem se aperceber um quimico relaxante, sorri e deixa de reagir a estímulos, de seguida o processo é o mesmo. Já não sente nada, caminha maquinalmente, nem sequer existe. Na manhã o despertador, a cápsula, a barba, veste-se, apanha o eléctrico automático, pica o ponto. Senta-se na secretária 1068 e produz! O mundo é belo novamente!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Tu


Acordei com o teu gosto e o teu sabor, saí para a rua, estavas em cada pétala em cada flor em cada árvore, vi o teu rosto nos condutores que passavam rápido pelas ruas. O ar que me rodeia tem o teu cheiro, sinto-te por perto, não te vejo mas pressinto o teu toque. Apanho o comboio, o mar passa e chama por mim com a tua voz, chego ao metro e a tua presença é constante no meio daquele mar de gente, a composição arranca e tu levas-me com ela, subo as escadas e estás ao cimo, abraço-te, e beijo-te. Estiveste, estás e estarás comigo em todo o lado, e que sensação é ter o teu sentir...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Marx morreu, o capitalismo ainda não e o pessoal já estende a mão...


Entro no edifício, à porta uma multidão, pensei:" mais uma excursão/visita de estudo ou contribuintes com pagamentos em atraso". Não! Num olhar mais atento reconheci uma, duas, três..Cinco caras! Ex-colegas da Fcsh, trabalhadores da ByBlos, que entrou em insolvência e que agora pedem ajuda e as respectivas indemnizações... Mais um rol de famílias destroçadas, enquanto outras, a gerência, que despede para poder manter os Bmw`s e as idas aos solários. Que vivam as entidade empregadoras e as suas vidas ascetas.
É curioso verificar como o Estado disponibilizou verbas para a Banca e porque não o Ministério da Cultura viabiliza projectos interessantes como este que agora definha?
Não deveriamos privilegiar o acesso de todos à cultura? não é um dos fundamentos basilares da nossa constituição?
Porque acabam os cinemas de culto e abrem as cadeias multiplex de cinemas em centros comerciais com produção em massa de pipocas?
Porque o Ministério respectivo não ajuda as gasolineiras e desce o preço, fazendo com que aumente o consumo e ganhando na mesma os milhões que arrecadam na forma de imposto?
Porque não se ajudam os hospitais, criando condições para um melhor atendimento e retirando anos às listas de espera, aumentando a saúde da população logo criando um geral bem-estar?
Já agora porque não se aumenta mais o SMN? Havendo melhores salários talvez os portugueses já ocupassem os lugares que a outra diz serem para os Ucranianos e Cabo-verdeanos. Talvez o português não seja assim tão preguiçoso, pois não se houve falar de desemprego nos nossos emigrantes, que muitas vezes vão para fora trabalhar mais horas que alguma vez pensariam em fazer cá.
Talvez assim, havendo mais poder de compra, houvesse mais consumo interno, criando mais procura, haveria mais oferta, logo a necessidade de produzir mais, criando mais empregos, Não é isto um dos princípios básicos da economia de mercado e do mercado capitalista?
Não acham que a democracia já vai com trinta e tal anos, e já se perdeu muito tempo e muitos fundos do quadro comunitário de apoio, desde o tempo do Cavaco até ao Socrates?
Não estará na altura de terem uma visão de futuro e de delinear um plano único económico-financeiro para o País?
Terá de se formar novamente um governo de salvação nacional?

Ficamos à espera então, e
enquanto os senhores enchem os bolsos, o povo tem esperança, e vão atirando areia para os olhos com futebois, telenovelas, e seus derivados, fazendo-os sonhar que toda a gente vive bem, como numa revista cor-se-rosa, onde o Pedro casa com a Rosinha e são felicérrimos, a Teresa Corte-Real Von Hausen compra nova casa na quinta da marinha, A familia real passa férias no dubai, o André e a Teresa Chaby( Táti prós amigos) tem o nono filho e vivem num T11 com piscina na cave, e o Bernardo Paço de Arcos comprou um Ferrari F580...
Tenham Juízo e bom senso.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ao 7ºdia

Num dia igual aos outros, traçou uma linha, fez uma perpendicular, olhou o ponto de fuga, distanciou-se. Parou. Sentou-se, fechou os olhos e inspirou-se. Foi à cozinha buscar gelo e voltou a encher o copo. O maço só com um cigarro. Sacou-o, debruçado à varanda olhava o infinito, coçou a cabeça, esfregou os olhos a laia de cansaço. Olhou para trás e contemplou a sua obra, deu mais um bafo, e andou às voltas na sala saindo novamente para a varanda. Mirou o sol e inevitavelmente esboçou um sorriso. Momentaneamente cego, caminha junto ao vasos encostados à parede observando-os, tira as folhas secas e toca na terra, regando-os em seguida. Suspira. Sente-se vazio, sem imaginação, a capacidade criativa já não é o que era. Volta para dentro, e põe-se a trabalhar. Deus rasga a tela antiga e recomeça de novo, sem grande inspiração, rabisca improvisando.
Hoje vai criar o homem.
"Esperemos que fique bem" - Comenta para si

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Bruno Nogueira

Já tentei perceber onde está a piada.

Alguém me explica?

Manuela Ferreira Leite

"O casamento de homossexuais é contra-natura"


" As Obras publicas em Portugal dão emprego a cabo-verdianos e Ucranianos"

" Seria Melhor 6 meses sem democracia para meter tudo na ordem"

É Genial!

é a oposição que temos..

Sieg Heil!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Uni-versão








Uniram-se como duas gotas de água que se encontram sobre uma folha, formando uma maior. A luz envolve o Oceano espalhando as cores pela superfície do mar e colorindo o céu numa paleta variada de tons.
O sol desce e funde-se com o horizonte reflectindo a sua energia e poder pela Terra.
Os tons vão-se esvaindo, aparecendo na água desde o azul profundo ao cinzento metalizado.
As ondas batem cá em baixo, chegando aos nossos ouvidos o embate nas rochas, uma torrente suave mas poderosa.
O silêncio vai-nos envolvendo à medida que o laranja se transforma em rosa.
Por detrás, o verde da serra e o castanho da terra esfuma-se aos poucos, o céu apodera-se deles e carrega-os com as cores da noite.
Tudo é invadido de uma magia palpável. O verde que não se vê mas sente-se, O Azul que nos toca na face em forma da brisa, a terra que se cheira com um odor mesclado de mar e flora.
A mística do lugar é intensa, quando a gigante esfera se esconde, e por momentos o vento pára e o mar se deixa de ouvir. Instantes que nos tornam pertença desta visão paradisíaca. Sentimo-nos pó de estrelas, quando aos poucos aparece Vénus e Júpiter que seguem o seu maestro e terão, noite dentro, o mesmo destino. A abóbada enche-se de pontos brancos luminosos e longínquos, porém tocam-nos com a sua presença aconchegante.
E Nós, aqui, de pés assentes, sentimo-nos pertença dum quadro maior; Num conjunto de átomos omnipresentes que nos rodeiam, numa orgia de matéria em que somos testemunha da Criação, numa dança de estrelas que nos vão cercando, num baile de planetas que entre nós circulam, num festim de formas e conteúdos que nos enchem ou preenchem, fazendo de nós filhos do Universo.
E assim se passa um domingo ao pôr-do-Sol, onde a união de tudo o que é conhecido passa por nós e foi consumada, inclusivé o tempo e o espaço, e é neste momento que tudo pára, nesse instante em que não somos mais que um sentimento, ou uma emoção fugaz mas infinita.
Entretanto cai a noite e nós levantamo-nos acordando do sonho. Até amanhã.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Em Crescendo

hoje tem de ser!
tenho de largar, partir e brilhar!
Sair e
Gritar
Subir e ter a Lua na mão

Fundo respirar, sem expirar e inspirar-me!
Com os pés na Terra a rodar, girar!
Sorrir com o Sol e orbitar, orbitar!
ou apenas ir e só rir,
Rir!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Quem fui?


Já alguma vez tiveram a sensação de acordarem com o despertador e olharem para as horas e serem confrontados com a ideia de não ser eu que estou ali?
A conduzir, olham para o lado e o espaço que os rodeia é desconhecido, toda aquela paisagem que nos cerca e aperta é alienígena?
Olho ao espelho e quem me olha é desconhecido?

Com rumo destinado e chego à conclusão que afinal aquele destino não é o vosso?

As vossas falas e deixas não passam de estímulos exteriores copiados ou plagiados de outrem?

Não passamos de encenações ou rábulas brejeiras em que não nos revemos?

Nunca sentiram que o Eu não é presente? É alguém estranho, ridículo, absurdo e sem efeito prático e/ou não passa de um reflexo condicionado?

Na rua olhando em volta reflicto se de facto sou eu ? Ou não passa duma imagem fabricada e incutida na memória?

Não se sentem as vezes sem ente físico, onde não são mais que uma inconsequência ou um lapso biológico anacrónico?
Não se confrontam com as vossas posições ou opiniões, em que não se reflectem por serem incoerentes ou inconsistentes e serem lembranças quase intemporais que absorvemos doutro alguém que não se encontra dentro de nós? Onde não há lugar, no espaço ou no tempo, para alguém com tais experiências ou factos empíricos que ao que tudo indica foram pré-gravados num qualquer espectro que vagueia por cima do solo, pois nada mais sabe fazer que se auto-assombrar?
Eu não sei se me aconteceu.
Suspeito que me vejo de fora, que já existi em tempos.
Viverei eu apenas, por alguém ou outra coisa qualquer e noutra dimensão, que joga aos dados?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Uma verdadeira história de São Martinho

Martinho vivia na Graça. Assava castanhas e como acólito tinhao Chico, um miudo que as levava a casa. Em part-time trabalhava no bar dos bombeiros voluntarios de sapadores. Tirava lucros da castanha e vendia estupefacientes aos moradores da penha de frança. A vida corria-lhe bem, disfarçado de pescador em peniche, fazia o desembarque através das berlengas. Abriu uma loja de take-away. Ia de vento em popa. As castanhas embrulhadas em pacotes, saiam que nem sardinhas. Quentes e boas. Os clientes aumentavam, assim como a carteira de negócios.Criou uma sociedade com a São, amiga de infancia ,que tinha uma volkswagen pão de forma, , e companheira de carteira na primária, que transportava o produto desde peniche para a capital. A São Martinho Lda expandiu o negocio para a margem sul. Uma pequena embarcação fazia a rota xabregas- Seixal. Começou uma nova era. O seu guarda livros lavava o dinheiro através do bar dos bombeiros, O fisco apertava mas nada tinha por onde pegar A Asae descobriu irregularidades nos embrulhos, as páginas amarelas eram reutilizadas, recicladas e reciclaveis, contudo eram desactualizadas. Fizeram-lhe uma espera. A carrinha esperava-o estacionada, dois paisanas, na esquina oposta simulavam apanhar o autocarro da rede da madrugada. Era noite cerrada, um frio seco, ja de madrugada cai uma névoa plumbea, pelo lusco-fusco, Martinho sai do bar, dá por encerrada a jorna. Suspeita de algo, reentra. Estanca, senta-se na sua secretária e puxa dum cigarro. Queima o produto na salamandra da associação. Empresta a sua capa ao Chico que fazia os biscates, empresta-lhe a sua capa, e manda-o de bicicleta pela Sé abaixo, Mordem o isco. ouvem-se sirenes em perseguição. Martinho apaga o cigarro e as luzes. Fecha a porta atrás de si, olha o céu que se torna azul. Nasce o dia, Martinho sorri e afasta-se desaparecendo na esquina e entre os primeiros raios de sol.

Moral da história: Quem tem capa...

Sinais

Despertador toca.
A vida pára, o tempo cessa.
Acorda louco de olhos abertos.
Rasga os lençois. Atira a roupa janela fora.
Parte os espelhos. Corta-se nos vidros.
Bebe o vinho aflito.
Sai para a rua desesperado.
Grita no meio da estrada! Anuncia o fim do mundo!
O semaforo verde e a vida negra.
É colhido por um tir. É instantaneo.
E ultra-congelado.
Pronto-a-comer.
Pronto-a-vestir.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ler


Curioso ler os outros.

Nunca vemos a sua versão, mas sim a leitura com o nosso humor ou disposição.
E perde-se assim tanta informação.

sábado, 8 de novembro de 2008

Porquinho

Um porquinho vivia com os seus amiguinhos em comunidade, plena de luz, harmonia e alegria. Ia para todas as festividades da pocilga, saia e ia procurar alimentos na mata, e iam laurear a pluma até às tantas e tinha uma vida social e animal muito intensa. Não precisava de mais nada pois sentia-se completo. Chegou uma altura em que começa a ficar saturado dessa vida, questionou-se sobre a sua existência, tornou-se niilista, mais tarde existencialista e tentou o humanismo como corrente filosófica. Pois havia algo que carecia e o enchia de paisagens mundanas e inconsequentes. Uma vida cheia e preenchida mas uma entidade vazia. A agenda continuava agitada e muito preenchida. Mas sabia a pouco. Ambicionava a novidade, a objectividade e até uma corrente que o ligasse ao chão. Num dos seus périplos a sós, pois apesar de ser extremamente gregário, tinha momentos introspectivos e retrospectivos, em que fazia uma revisão mental de sim mesmo.

Caminhava de erva na boca e...

  • caiu-lhe a queixada
  • roncou de espanto
  • aparvalhando-se


De repente e eis que senão quando, vinda duma planície a norte e num vale Verdejante e cintilante, aparece alguém que o ofusca e fascina: Uma Joaninha! indescritível, que torna horrível o mais belo por-do-sol e arrepia as auroras boreais e o próprio Universo é escuro e triste. O dia torna-se rico, belo e de brisa quente, perfumado a primavera e polvilhado de luminosidade e de polens, com botões de rosa a crescerem à sua volta, abelhas a circum-navegarem-nas, pardalitos a quebrarem os ovitos e a chilrearem nos seus ninhos. Assistia ao aparecimento das cores vivas do arco-íris e o nascimento de inúmeras vidas que enriqueciam a sua visão Esfrega os olhos e volta a si com o coração palpitante. Passado esse encontro, começaram a combinar ver-se por ali numa base quase diária, e tinham longas conversas e davam grandes passeatas. Até que começaram a namorar.
A vida em conjunto era muito difícil para o porquinho, pois não estava habituado a certas rotinas e deveres, pois até aqui tudo era posto à sua disposição. Porém chegando este novo amor, teve de se adaptar, teve imensas dificuldades pois, a sua querida e amada companheira, não podia acartar com todas as vicissitudes da existência, e o porquinho ficava confuso, pois tal nunca lhe tinha sido exigido, passou então por uma fase de transição e de mudança, em que era imprescindível que não falhasse pois poderia por em causa o seu amor, e isso era coisa que para ele era impensável. Afastou-se da sua antiga vara e vivia em comunhão total com a sua paixão e eventualmente esquecera os amigos, que o chamavam à pedra por não lhes prestar cartucho. Estava assoberbado de funções novas que desconhecia.Uma vez por outra falhava por desconhecimento, inépcia ou alienação. O que causava uma grande decepção na sua apaixonada, e aos poucos fez por se organizar, e aumentou os seus tais períodos apelidados de introspecção/ retrospecção( uma espécie de estado zen suíno), pois procurava adaptar-se na perfeição. Ia mudando aos poucos, tornando-se num melhor ser, ou não só parecê-lo como sê-lo. Tinha dificuldades pois como veio a descobrir, não era um porquinho mas um Javali e tinha dentro de si um grito selvagem a chama-lo. Contudo esse grito ,ou esse chamamento, ia esmorecendo, e o javali tomando como seu o Vale verdejante e por ali assentando arraiais. Ainda desconhecia certas zonas, e fazia reconhecimentos para se ambientar. Mostrou-lhe o seu mundo, o seu modo de fazer e de estar. A páginas tantas, viviam em estado de graça, mas a estória não acaba aqui. Decorre neste instante! E posso-vos garantir que não há um segundo que passa, em que o Javali não pensa na sua Joaninha.



sexta-feira, 7 de novembro de 2008

ATENÇÃO! O meu blog está em Crise!





Gostas destes desenhos?
Tens mais de 18 anos?
E a 4ª Classe?
Eu Vendo desenhos para fora!
Faz-se por encomenda!

E já agora leiam os textos lá pra baixo, a minha auto-estima literária está desintegrada!
Acudam!
Há caracois.

Red Snapper - Santiago Alquimista - Ontem




Numa Palavra: Soberbo!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Um Fim


A explosão.
Os céus incandescentes, o mar reduzido à areia fundida como vidro. A terra uma massa disforme como lava fossilizada.
Ficou cego e surdo momentaneamente. Caíram os muros das cidades e estas desapareceram em escombros. Imagens de sangue nas colinas e na bruma.
Perderam-se as emoções e os sentidos.
À volta reinava o nada.
As mães e filhos fotografados pela luz destruidora e imensa, num ultimo abraço carbonizado e nos seus rostos a expressão do desespero, marcado naquele instante e para sempre.
O vento empurrava as cinzas e as formas, como a agua do mar apaga as pegadas do areal.
Era o ultimo a contemplar aquele apocalipse. A cabeça furada donde lhe fugiam as ideias e vontades. Ficava-lhe a memoria da cor azul do céu e do mar. A recordação do verde da floresta. O sentimento de amar alguém.
Tudo perdido, apagado,cauterizado. Restava-lhe o chão para se aninhar em posição fetal e esperar que a fome e o ar tóxico terminassem aquela sua existência. Nos labirintos da mente e na imaginação destruida esqueceu-se momentaneamente de tudo o que o envolvia, e sonhava com um nascer do sol, escondido no nevoeiro eterno e pardacento, dum destino terminal.