terça-feira, 2 de setembro de 2008
Vem.
vem e deita-te aqui. sim! vem. e deita-te aqui neste leito sem fundo, incolor e negro, acetinado com laivos de arco-iris. Deixa-te ir, vem e cai. Acelera e sente-me. Vem e prova-me, degusta os sabores acres ou a doçura encoberta. Toca. Vê que nada há de fel nem de dor, preenchido com cor ou pleno dela, mas vem e caí neste poço sem largura e profundidade, coberto e salpicado com as cores do mel. Luminoso, sem corantes, dum horizonte com adoçantes de todos os odores, sabores e cores. Vem e enche-te deles, prova-me como um teu cachimbo; inala e exala-me a alma, deixa-me deslizar pelos poros e correr-te nas artérias. Vem e corre comigo, desce e sobe, perde o ar e flutua nele, deixa-me ir por ti. Observo a tua essencia e desfaço-me nela. Ah! vem e dilui-te em mim.. Vem e larga-me em ti. Vem e prende-me. Vem e vai em espiral. vem e deixa-me entrar em tontura, vem e traz-me, puxa-me e tira-me daqui, leva-me! vem e põe-te aqui. Vem e eu vou, fico por ai, sento-me por ti, sinto-te por cá, vem e sou tu! Vem e constroi-me, vem e rearranja-me. Vem que eu vou. Vem! que eu irei. vai que eu sou. Chega cá que eu estarei. vai que eu serei. Vem só...Vem.
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7 comentários:
não são nem as leis da física da gramática ou a chatice, que vão alterar isso. E isso sim é uma verdadeira chatice! para quem é que não sei!
Chama-me e eu vou, para onde quiseres, quando quiseres... Desde que contigo, eu vou...
A borboleta vai contigo , hummm, aqui há coisa e eu não estou a apanhar!
Apressa-te!
Vou já , vou já!!!!!!!
Quem tinha de vir já veio e ficou! :)
Usei do direito de veto!
Basicamente e em poucas palavras:
Bardamerda
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