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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O matagal é mais profundo quando nos vemos dentro do musgo

Zé e Rui planearam a viagem.

Duas latas, um saco, um cão e um muro de pedra,na costa, ao Sol, calor, suor, areia, mar verde, coral, estrelas, maré vazia, concha, ar quente, cansaço, deleite, semi-cerrado, acordado, desperto, aperto, corda, tensão, atrito, grito, gaivota, voava, ovo, criação. Reinicio, feto, afecto, gosto, degustação, sentidos, apreensão, compreensão, infinito.

Abalaram cedo, não se martirizaram pela hora. O relógio de bolso marcava o compasso. Uma espera, um desespero antigo, uma mágoa esquecida. Havia tempo para mais uma reunião.
não sabiam ao que iam, nem o que eram, apenas dois nomes, apenas uma designação. Não sabiam para onde iam, em frente, sendo que deixavam tudo para trás. Partiam donde? e chegando ao quê? Reflectiam sobre tudo, não tendo ideia de nada. Duas entidades, assim denominadas por eles próprios, com visões de tudo à volta, que não eram mais que coisas que não sabiam o que eram e que davam nomes, a própria aprendizagem da fala, inata, era estranha, um gene, num cromossoma, uma parte do cérebro, a imitação, os neurónios-espelho, a interpretação.

Do quê? De que se fala?O que se sabe? O que descodificam? O que nos faz ser? O que nos fez estar? O que mudou? que mutação? Que ambiente ou que natureza nos forma?
Que existe para além de nós? O planeta é real? Somos reais? Existe o que dizem? Existe o que Vês?


O que aqui está escrito e descrito, é só nosso ou um sonho de um cão que viaja e pensa?

3 comentários:

as velas ardem ate ao fim disse...

um cão que pensa.como o meu!

um bjo

Rita Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria Anjos Varanda disse...

Nada melhor que pensar....

Bjos.