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domingo, 3 de fevereiro de 2008

Mais um dia - director´s cut


Escorria dos tapumes de contraplacado matéria disforme sem forma mas com conteúdo estranho. O solo empestado de térmites acéfalas que sonegavam comunicação distorcida e inaudível por sirenes de entes escondidos por detrás das portas da percepção. Um corpo eleva-se sem peso nem massa nem afectado pela gravidade. Sobe para lá da troposfera. Particulas solares faziam-no brilhar e entrar em incandescência. Empurram-no para lá da Nuvem de Oort. Circulava numa secante ao sistema solar e num angulo recto ao disco galactico. Uma aceleração assustadora, entre as particulas ionizantes e o silêncio surdo do calor a 3º graus kelvin.
Sem poder escapar, deixa-se ir...perde-se. A relatividade transforma-o, a energia expande-se através da luz, e a matéria escasseia. Sem surpresa é chamado e impulsionado ao centro gravitacional dum buraco negro. Nesse momento , toma consciência, abre os olhos e é consumido e transformado num fio ininterrupto de anti-matéria. Vê-se, isola-se e desfaz-se em fotões.
(continua...)

1 comentário:

Anónimo disse...

Parece-me que, com este post, fiquei mais esclarecida ;)