Era um dia de Inverno estava pensativo à mesa que se espraiava pela brancura de lisboa e debaixo do timido mas quente sol. Perguntava-me o que as pessoas gostam de ler nos blogs. O motivo que leva a escrêve-los é varido, vai desde a exposição pública circunstancial, a um mostruário dos nossos sentimentos e ideais, à exposição de emoções e ideologias ou até a uma autoscopia e/ou confessionário aí de cariz mais pessoal e intimista. Aqui há histórias, estorinhas, contos, desabafos, devaneios, pensamentos sem sentido, construções e desconstruções dramáticas, tramas, ardis, traumas, doenças, psicoses, etc e tal. De repente,e no meio dum bafo dum cigarro, lembrei-me também de questionar sobre o que é que as pessoas gostam de ler nos mesmos blogs. Será isto uma extensão da nossa mente? Expor-nos para lá do alcance das nossas próprias verbalizações orais( passo a redundância)? Chegarmos mais longe? Dispôr a nossa informação que nos vai de sinapse em sinapse, em catálogos pesquisáveis por qualquer um, longe, para lá do nosso horizonte? Para lá do nosso alcance? Esticar o nosso horizonte? Tornar infinita a comunicação? Sem fronteiras nem barreiras físicas ou psiquicas? Sermos incomensuravelmente maiores e eternos? Hum?...Talvez sejam dúvidas existênciais, ou mesmo dejá vu...Quem sabe senão um cliché...Mas também, a partir do momento em que nascemos e crescemos e imaginamos já o somos. Somos reeintrpretações, reinvenções, fazemos por imitação, por experimentação e erro como um rato em laboratório. Será isto redutor? talvez seja. Ou então sejam apenas expressões e impressões literárias de alguém, de mais um. Se melhor? não! se diferente? também não! Se único? certamente!
A escrita seja ela cuneiforme, linear b, mandarim, árabe, latina, ou um qualquer derivado, está gasta mas é rica, são 5 mil anos dela. Agora com esta facilidade de passar os caractéres em números binários e enviá-los para qualquer lado, inclusivé para o espaço como no caso do Voyager que já saiu daqui em 1976, qualquer um é candidato a divulgador e contador de crónicas ou apenas a farol, monstrando que está presente, que existe, que é um ente pensante. E é bonito no fundo, salutar até, aprende-se lições, trocam-se ideias, ou pura e simplesmente se é. E se sente. Despeja-se para aqui o que vai para ali. Pois é. Bem-vindos ao meu Mundo. É pequeno, mas cabe toda a gente.
Entretanto, aquele dia de inverno, e aquela mesa...era só cenário...Um adereço...Eu gostei!
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
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1 comentário:
Obrigado por partilhares o teu mundo connosco :D A blogosfera é para mim um local de encontro de pessoas que se conhecem virtualmente, apenas (ou na maior parte das vezes). Aqui, dizemos o que queremos, sem medos de censura.
Xi
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