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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Odes duma existência sideral ( remake dum poema no Espaço)


Gaia cria a vida ao simplesmente girar.
Também a destroi se espirrar.
Um volta mais rápida e está tudo no ar.
Uma paragem repentina e vai tudo voar.
Divaga com o sol e entre as outras estrelas,
desloca-se na galáxia e afasta-se do centro do Universo,
mas sem nunca o deixar.
Fazemos cálculos para tentar compreender,
esquemas para nos enquadrar,
tabelas para a saber ler,
e quadros para o demonstrar.

Apesar da ciência, apesar da técnica, sabemos pouco e nem sabemos quem nos vá ensinar. Apenas podemos agarrar-nos firmes e sorrir, estarmos presentes e testemunhar,
e apesar da nossa ganância não podemos ignorar, que em qualquer instante, em qualquer momento, com ou sem a nossa aquiescência, podemos expirar.
Assim é o Big Bang, assim se faz a criação, como num mecanismo automático que não requer a nossa compreensão, perante a nossa existência o tornamos axiomático, mas também, como num pequeno soluço, presenciamos a destruição.

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