João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Saudade


Umas pernas pequenas, uma grande imaginação, tudo feito de pequenos momentos, uma recordação, um carrinho de rolamentos, uma descida e que emoção, uma corrida e meu deus que sensação!

As uvas da vinha, os pinhões da pinha, as cabanas de mimosa, os clubes e os jogos, uma avó caridosa.
uma fisga, dois pardais, nenhum passaro na mão e vê-los fugir prós beirais.
Tudo num Verão, numa longas férias, sentimentos em harmonia, o tempo passou, a quinta por lá ficou, as casas ruiram, os instantes de pedra e cal, as recordações tal e qual, a vida continua e estamos quase no natal.

Postal




quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Tentei olhar o Mundo


porém nem viu

Eu não sei se tive um sonho


Acordei com um estranho sonho. Um sonho que tive que não era igual ao do "King", logo não tão mediático e popular, uma vez que era só meu que só será partilhado com 2 ou 3 pessoas. Uma visão que era uma espécie de "terra dos sonhos", salpicada por "bairros do amor" e plena de pessoas que ainda estão para existir. Em que Eu nunca dormia e seguia sempre o nascer do sol e nunca o via pôr. Passava pelas gentes de línguas diferentes e todos entendia. Todos adoravam um deus. Mas não era um deus qualquer que amavam, antes um que englobava eles próprios mais os que os rodeavam, além daqueles que não conheciam. Neste mundo caminhava sem direcção, e a luz vinha de todo o lado e nunca desaparecia. Não havia televisão pois todos tinham diversão. Não havia net mas todos estavam em comunicação.Nem havia gps pois não interessava onde se estava. Deslocavam-se a pé e o combustível era a sua motivação. Trocavam os seus pertences por palavras e não por bens pecuniários. Enriqueciam com a sabedoria de todos. Continuava a caminhar para lado nenhum apaneas com o objectivo de descobrir e não havia a distancia nem a saudade apenas a recordação. As estradas eram de um sentido. As cidades sem casas mas com lares coloridos sem luxos mas cheios de ternura e pureza. Vivia-se sem coisa alguma. Não havia prisões pois o crime estava preso. Não havia animais em matadouros nada se matava. Ninguém se perdia pois ninguém se queria achar. Ninguém chorava pois ninguém nunca encontrou a tristeza. A alegria era desconhecida pois desnecessária. A inveja uma palavra antiga, constatava dos mitos e não do dicionário. A mentira era um jogo de crianças. A guerra era normalmente usada quando todos queriam estar no mesmo lugar e no mesmo sitio quando o sol nascia e assim nascia também com ele a harmonia. A morte era quando alguém não voltava e era recordado fazendo com que o seu saber fosse distribuído por todos e assim partilhado.

Foi um sonho estranho, nem sei se o tive, ou se vi esta Terra realmente. Já acordado tentei seguir o sol, mas ele fugia-me, ia para o alto, aquecia-me e quanto mais o fazia mais eu sorria.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fábula (reedição)



Os animais reuniram-se na floresta mais uma vez. As vozes cruzavam-se com os grunhidos, roncos, zumbidos, mugidos e rugidos. Uma cacofonia generalizada. O mocho do alto dum carvalho, chamou a atenção, todos se calaram olhando para cima: " Meus amigos calma! Peço-vos calma, não vejo razão para tanto alarido! Já vivemos situações piores que esta! Lembrem-se da seca aquando da migração das aves, e das cheias na altura das penúltimas folhas caídas das árvores! É certo que nunca o ursos tinha sido roubados em sua casa, nem os porquinhos tinham perdido as suas casas, nem havia ninguém a gritar lobo às ovelhas! Amigos temos de nos juntar e fazer valer os nossos direitos! Esta situação não pode continuar! Isto é a exploração do nosso habitat, é a utilização dos nossos recursos, é o uso e abuso da nossa imagem, temos de dizer não à continuação desta farsa! Digam não à utilização dos animais nos seus dramas! Condenem o nosso aparecimento nas fábulas! Está na hora do homem contar às criancinhas histórias sem carochinhas, lobos maus, porquinhos, e etc e tal! Viajemos companheiros, partamos para longe, afaste.mo-nos dos humanos! Os pinóquios do mundo que ocupem os nossos lugares, os soldadinhos de chumbo, as brancas de neve, e outros que tais!" Terminado este diálogo todos os animais aplaudiram, uma tremenda ovação se ouviu pela floresta, barulhos e ruídos audíveis até nas cidades dos homens. A partir daí nunca mais se ouviu falar neles em contos, fábulas, ou histórias de embalar. Tinham desaparecido do imaginário do homem, viviam livres para serem o que eram: Animais! Séculos mais tarde, o Homem vivia triste e só, nas suas imensas cidades cheias de cinzento e negra poeira. E de vez em quando, precisava de sonhar, e ai recordava-se de ter havido na sua mente, uns seres selvagens, outros amistosos,alguns coloridos e outros amados. Traziam a côr e a alegria às suas vidas pardacentas, algo precisava de mudar. Fizeram-se abaixo-assinados, manifestações, greves, revoluções e minutos de silêncio! Nada parecia resultar, era excusado...Houve um dia em que o sol nascia, e começou a ouvir-se um chilrear nos ramos e nos beirais, barulhos estranhos em cada esquina, sons que se sobrepunham aos ruídos citadinos que se esbatiam, os carros desapareciam, as casas desmoronavam-se, as raízes das árvores cresciam à medida que os troncos subiam aos céus. Pequenos animais saiam dos seus esconderijos, os grandes pastavam nas ruas e nas praças. Nas estradas a erva aumentava, sumia-se o alcatrão sob o cheiro da fotossíntese, até ao dia em que o próprio homem se extinguiu, a cidade deu lugar à selva e os animais reinariam para sempre...

Nova música de andré sardet

"Gosto de ti daqui até à Lua..."

"Gosto de ti da Lua até aqui..."

"Fico com as pernas a tremer..."

"Blá blá!"

haverá coisa mais idiota??! Como é possível?
Ou estão terrivelmente apaixonados ou as drogas já não são suficientes!

Uno Verso

O sol consumiu-se

A lua?

Da terra fugiu.

e o homem? extinguiu-se...



"está aí alguém?! (Blip)"

Viagem especial


Subiram no balão, perderam o chão, rareava o oxigênio, sobejava o hidrogênio, tocavam no céu. Altos, altivos, sorridentes, foguetes, uma chama, uma explosão. Apareceram na televisão.

Amar o próximo


Caminham nos Campos. Verdes campos. Mutações. mudam as estações. A morte chega. Uma campa rasa. Arrasam à volta. Destruição. Um fio liga. Uma ligação. Linhas perpendiculares. Trocadas. Câmbio:" Um táxi ao campo grande!". Uma viagem, duas tarifas. Alguns fusos horários. Nenhum tempo. A decomposição acelera. tudo petrificado. Ergue-se uma estátua, cai a civilização. Será o fim decerto, um deserto enfim. Uma tempestade de areia, ninguém se abriga, a fome a todos obriga. Una nova ordem, um outro sentido, uma desconhecida direcção. Quem parte, não vê o sol, segue às escuras. Náufragos. Perdidos. Perseguidos. A outro destino remetidos. Sem esperança, sem fé, nenhuma religião, proscritos. Execução. Condenação. Tortura, Censura. Ternura...

Experiência


A estrada estreita escondia a acidez do ar. Andava às voltas de consciência turva. As ruas pareciam buracos fundos que me empurravam. Saí e expeli a alma. Vagueva sem ser visto, gritava sem ser notado, a confusão e o caos externo davam lugar à minha perturbação interna. O vazio ocupava a mente, as ideias fugiam de repente, as palavras impossiveis de repetir.

Procurei abrigo, escondi-me de mim. Encolhi. todo o corpo tolhido. A matéria sugada, o etéreo espalhado. Pling! Resisti e cedi. Evaporei-me, expeli-me para outro lado, não da rua, mas do medo.

A madrugada chegou, o trigo dobrava-se ao vento, a brisa ocupava o silêncio. Tudo voltava ao normal.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Estranho duma noite de verão


Faz zapping:


Bem-vindos ao concurso "quem quer ter um milionário de transplante maior de 10 anos?" apresentado por Luciana Abreu!!
(Palmas ao fundo, assobios, tosse de cão, cheiro a clorofórmio)
"BeM-vindos! (lê o tele-ponto) Bem-vindos! Obrigada! Obrigada...(ajeita implantes mamários novos inoxidáveis) Hoje temos a Srª Juliana Amaro, desempregada de longa duração, doméstica em casa, selvagem na rua, que vem de Algueirão-Mem Martins! Tem 72 anos e busca um marido dócil e não incontinente"
- D. Juliana Pronta para as perguntinhas? ihihih( riso histérico e sociopata)
(público ri-se e algum rebola)
- Claro que sim! vamos a isso!
- Ora então sabe que depois de responder a... ( BLIP) ...direito a uma ligação via astral com o Universo conhecido!
- Uau! vamos a isso ! vamos a isso! ( espuma-se)
- A primeira pergunta para 5 anos-luz...Está pronta?! Bom!.. Bem!... Cof! Cof! a 1º pergunta! Silêncio por favor! :
Qual o método para aglutinar ( GA...GUG...BING)...em solos arenosos ou de silte?
- Ah. Hein? hum!...Passo?
- Muito bem vamos subir o patamar... Quem foi...iiiiiiii fffff ( interferência)...tendo como auxilio a ajuda de alguém? ( Ecran preto)
-Hum...António Cardim Monde Bastinhas?
-Certo!
(sirene toca, publico salta, ruídos estranhos, morte entre a audiência)
-Bravo! Muito bem, temos uma vencedora! vamos para intervalo e compromissos subliminares, voltamos um dia!
( a Luz apaga-se. O silêncio. Expelidos para o espaço. Sufocam em agonia, o Share aumenta, Palmas gravadas, Entra um artista em diferido e play-back) (Corta!)

Muda de Canal.

Olha o vazio através da difusa emissão...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

25/08/08 nada a declarar



Faz 2 décadas que o Chiado ardeu.


Que mudou?


O Escudo desapareceu.

Pagamos em Euros às imobiliárias e patos bravos!






Quim. Uma foto-novela exclusiva para a CARAS&coroas ( Patrocinio: MexeriKu - Spa e Resort)

Foi espancado mas merecia... e foi no encalço de quem tanto queria...
...quando acusado nem discutia...
...é assim feliz com quem o perseguia.



(continua...)

Memórias da saudade recordada




Que fiz eu? Cheguei? Ou Voltei?
Não vi? De relance olhei?
Venci? tentei conquistar. Nem sei. vou dizer e nem vou pensar.
Perdi-me no seu mar, embrulhei-me no seu céu. Baralhei-me com o norte. Cruzei-me com a sorte, uma nova sina, uma fortuna, um fado, sem fatalidade, sem novo destino mas predestinado. Um novo tino, e uma nova musicalidade, no timbre, na serra e na cidade. Dum pulo, e num salto, lá de cima, lá do alto, contigo fiz o pino.
Coração bem alto, vermelho que era e verde esteve, de celestial azul foi por ti pintalgado. De fresco que era, reciclado e deveras atinado, renovado quiçá assaltado. Saltimbanco, nómada, andorinha ou caracol, um ser, um ente qualquer, não só com os pauzinhos ao sol, mas com as mãos dadas, as voltas trocadas, e do cimo tantas socas calçadas. Memórias revisitadas, e canções dedicadas, gargalhadas trocadas, livros emprestados, jogos de xadrez jogados, ervas altas plantadas, e de repente um xeque-mate emocional, uma entrega, os barcos no cais de bandeiras desfraldadas. uma devoção. Um novo e terno sabor, um refrescante aroma, uma surpreendente lista de ternura, uma menu de emoção, um rol de candura, um papiro com receita de pão-de-. um almoço, seguido de mais um jantar de arroz de marisco, com branco e/ou tinto a acompanhar. Uma Gaia mia, e gira e gira, acorda, tonta,e alguém barafusta. Uma lembrança de um encontro, via Garrett, ou com via verde até ao Sul. Uma praia tua, outra minha, uma casa nossa. Um Verão passado, um ano começado. Uma flor, nem juntos nem separados, congregados. Um filme, um festival,um beijo, uma despedida, e desgosto de volta ao Tejo. Um retorno, sem partida, nem volta sem ida, mais uma grande reviravolta! Ainda longe e com saudade, vibro com a minha cara-metade, de madrugada escrevo e sem saber como mas sabendo porquê. Um impulso que me move, uma luz que brilha, um torpor que me cruza, um fulgor que me empurra, um frémito me percorre. A manhã não tarda, a noite parte, o pensamento tolhido, a mensagem deturpada, o discurso moído e de movimento retardado. Custa a largar as teclas, o desejo é tal, que a ânsia aumenta e apetece-me versejar para lá do natal. Neste post remeto-te uma nota, parca em poesia, fraca na prosa, porém e com falsa modéstia, rica em amor, plena de carinho. Em suma anseio por ti e pelo teu ritmo, cor e sintonia. Até nestas fúteis notas, se não consigo transmitir e nem sequer me faço entender, sente pelo menos o que daqui estou a emitir. Envio toda a minha loucura, amor e alegria, e se nas palavras não encontras sentido, escuta o ar, a terra, as gentes e o mar, e sente toda essa harmonia. Estou aí, no meio de dezenas de milhar, único e indivisível, não um átomo, mas alguém à tua volta a rodopiar.

Próxima paragem #2


A uma partida anunciada haverá uma chegada quase quase prevista.

À ida sonhada se seguirá a volta e nova conquista.

Na união planeada caberá uma reunião mais que revista.

No preâmbulo dum sonho realizado entre douro e sado.
Tempo para uma visão onirica de uma mulher fantástica

sábado, 23 de agosto de 2008

A Partida quase chega!


jango e piné


o q é o jango?

ou quem?
jango é filho de piné

piné é senhor da casa da floresta encarnada de zultruz

zultruz é o mestre da luz negra de altirion

planeta longinquo desta galaxia e de outras 3

combate as forças nefastas há dois eons

sem sucesso

até que chegou Jango

um aprendiz com muito para dar

começaram como mestre e aprendiz

passaram a amigos intimos

tiveram um filho
acusados de pedofilia pela casa de boldirion

defendem-se em tribunal vai para 3 milénia.

a justiça é similar à portuguesa

assim como a comida

muito à base de alheira de mirandela

e feijoada à Transmontana

compostos fundamentais

é isso...

então são amigos cá da gente de certeza

são pois

não são muito diferesntes

faziam cruzeiros na madeira

e são amigos da maddie

isto pode-se ir até ou outro lado do universo que o pessoal come tudo o mesmo

que está em poder da casa de sifron

é verdade

do sifão?!?!

alberto joão é membro destacado neste planeta

não.

tb têm uma empresa de canalização

o alberto é da estação de tratamento

de informação

muito complexos os laços de compadrio entre governos e senhores estelares.

assim comos os ingredientes duma piza margarita transgénica e pescanova. muito complexo!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

de lá vi


tornei a ver.
o cavalo desceu do trono.
perdeu a medalha,
nem ganhou novo dono.

Uma agulha e um palheiro.
Uma agrura e um cabreiro.
Voltou a ver,
tornou a ser.

Estima o cliente,
fez dele docente.
inconsciente,
ficou intermitente.

Um estrobo
uma luz,
um ostracodo
uma cruz.

Paleolontológico,
vá em frente!
O sociológico
nada lógico
ficou pendente

citações


uma surpresa! Um kinder?! Uau!
Não um Mon Cherry...mas cristina!...
Isso são 5 em um!
Quantos?`
é à nota de cem.
Quem?
O bocage? já não sou?
Camões? e depois?
alma minha gentil que também sentiste
O corvo, edgar allan poe? Never more!
todo o mundo é composto de mudança!
chegam longe, mas quem alcança?
Um rodopio, um pião, um giroflé...nahh!
Uma nova dança!

sábado, 16 de agosto de 2008

Porquê?


Acorda! Desde quando não vês o chão que pisas? Quando foi a última vez que ouviste os outros? Há quanto tempo olhas o céu e não vês as estrelas? Já reparaste que a lua não é redonda? Já reparaste que há mais gente para além de ti? Quando foi a última vez que andaste à chuva? Porque tens medo de quem te observa quando passas na rua? Porquê é que entras nas estatísticas do share da Tv? Qual o teu problema com o Teatro? Que tem de mal o cinema Europeu? Porque te afligem os rúidos da mata nocturna? Porque receias os insectos? Porque não mergulhas no mar, quando o sol se põe? que medos se escondem dentro de ti?

Sobre assuntos


Pena não se discernir a cor da pele da cor da alma. Há gente de colarinho branco. Cavalheiro bem trajado de tez alva. A perfeição dos traços faciais. De retórica perfeita. A Argumentação e discurso bem fundamentados. Senhor da razão detentores da verdade absoluta. As palavras brilhantes descritas em qualquer revista cor de rosa. No interior trazem os seus verdadeiros actos que escondem os seus eus. Que violam, roubam, matam, massacram e destroem tudo à sua passagem. Com a sua asa negra camuflada por estatuto de dignidade aparente e detrás da árvore genealógica esteticamente incólume, criam o caos, provocam o pânico, a agonia e a angustia de outrem, sobrevoando os céus, deixam o seu perfume que esconde a podridão, e a decomposição dos seus corpos e almas putrefactas., flutuam impunemente sobre os incautos e a ingenuidade de quem olha mas não sabe ver. Sugam, qual parasitas, o tutano das suas presas que os veneram e idolatram qual bezerro de oiro. Que se analisa a composição e descobre-se que são feitos do barro mais bafiento, da lama mais nojenta. Não vem das profundezas da terra mas do fundo dos seres mais hediondos, sem escrúpulos, sem dó nem piedade. Iludindo tudo e todos, até de eles próprios. A sua imagem no espelho reflecte a luz negra, a ausência de sentimento, a ignorância do sentir. Os requintes de malvadez, e tal como na alegoria da caverna, os outros, os que não conseguem ver, olham as sombras e não os corpos, pois estão cegos pela sua perfeição, qual sereias da antiguidade clássica que atraem Ulisses, e neste caso as suas vítimas para a mais negra e suja das teias. A da mentira. da ilusão que redunda mais tarde na triste e crua realidade que se esconde na eternidade do vazio e do concreto ódio que destilam pelos demais.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Ode ao quê?


Partiu Lenine
Morreu Estaline
numa zona bolchevique
deu-se um clique
um ardor toxico
sai do açores
perto do pico
havia uma trindade
em concórdia nas lajes
e próximo do oriente
que já nem tinha idade

organizam novas fases
aderi ao médio

e fiz-me cliente
destilei um ódio

numa faixa de gaza
num novo muro de berlim
longe duma branca casa
ilude-se com uns pós de perlimpimpim
e a cabeça sem almofada

disfarces de mujaidin
outros brincavam à Intifada
O caos instalado
o medo criado
derrubaram um fascista,

trataram-no como gado
instalou-se uma nova religião,
e um proto-comunista,
uma pré-revoluçao,
um vazio ideológico,
um preenchimento fundamentalista,
um setembro mágico,
e uma nova canção...

Juventude


"...e recordo a minha juventude e uma sensação que nunca mais tive - a sensação de que viveria para sempre, que sobreviveria ao mar, à terra e a todos os homens; a sensação que nunca enganosa que nos conduz a alegrias, a perigos, ao amor, ao esforço inútil - à morte; a triunfante convicção de pujança, o calor da vida numa mão cheia de pó, a chama do coração que ano após ano de esvai, esfria, encolhe e se extingue - e extingue-se demasaido cedo, tão cedo - antes da própria vida."

J. Conrad

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tanta canção e muita emoção!




Censurados

Echo & The Bunnymen - The Killing Moon



The Church -Under the milky way



psychedelic furs - Heaven

E destes?



house of love - Christine

quem se lembra deles? Xmal Deutschland

Musica genial

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

"Esquizo-frenétiquices"


Será a xenofobia uma característica inata?
OU por outro lado será fruto de experiências sociológicas por falta de aceitação ou incompreensão da realidade global?
quero com isto dizer se a nossa clareza de espírito depende só de nós ou será induzida por motivos exógenos?
Não nascemos nós todos com o arco-íris e vamos fechando o espectro?
Seria bom que o espectro se fosse alargando e abarcando dum lado os ultra-violeta, do outro os infravermelho.
Mais ainda chegando às onda rádio, e passando pelas Alpha a Omega e raios X. Ter uam Visão que transcendesse a Tridimensionalidade!
Não era bom vermos para lá das almas?


ps: Será isto entrar na metafísica?( brrr! calafrrrrios)

na volta sou eu que ando a ler muito a colecção de filosofia de bolso e/ou a colecção da ciencia aberta da Gradiva. Vai na volta deveria restringir-me à Hola! e ao horóscopo...

Apontamentes


Peço licença. Entro.
a Cidade aberta.
Desligo as luzes.Deslizo.
Não me conformo e grito.Com amor desprezo.
ponho tudo no prego. peço um menu com direito a coisas.
aposto tudo no atum.
Afino.
aponto.
Descrevo.
perco. Saio sem pagar. Vou preso Escravo e escavo.
Sinto uma presença.
Cravo. Um cigarro.
Ausento-me novamente.

Instante fotográfico


a cidade estava fechada. Aguardava. Via o mar sair. Sem surpresa. O sol partia em breve e tinha de apanhar este ultimo. as horas perdidas. Num banco descansava. As costas. à beira-mar confundia a areia com as pedras da calçada. Esta nuvem veio a calhar. Trazia promessas. Não sabe de quem. Nem do quê. Não interessava. Encostou-se ao frio para aquecer. fugiam-lhe as ideias. tremia. Agarrou uma pelo menos. Conservou-a. Imaginou outro horizonte. Em lata, ou nessa cor. Era diferente. andou. Renovou. Foi com o vento.

domingo, 10 de agosto de 2008

Wlliam S. Burroughs -outra vez

Conspiração?(2)

Conspiração?

vi


abri a porta da varanda.fumava. vi a noite e o pinheiro. eu contemplei a sua plenitude e o universo que o continha, não o menosprezei. por detrás um meteorito, desejei.

Tributo

A quem servir a carapuça


Nem vou explorar o assunto. Acho apenas que há gente que não sabe para que serve a massa cinzenta.
aguardo ansiosamente a resposta!

sábado, 9 de agosto de 2008

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

dão licença?!


Bardamerda prós Jogos Olímpicos!

vácuo


hoje não vejo,
não ando,
não faço,
Não oiço,
Não estou,
não sou,
falta-me algo.
Não tenho destino
não há caminho.
Afundo-me no chão.
Desço. Deslizo.
Não há fundo.
Não te encontro.Onde estás?
Escondo-me do Mundo.
vou de metro!
Fujo da luz.
Não vejo.
Findo

Diário de Noticias 8/8/8 -


ROBERTO BESSA MOREIRA, Paredes

Detida com 4,2 g de álcool diz ter a vida estragada

"Lanchei e bebi um bocado a mais. Mas não fui a primeira nem a última." As palavras são de Emília Campos, a mulher que na quarta-feira acusou 4,2 gramas/litro de álcool no sangue depois de o carro que conduzia ter sido mandado parar por uma patrulha da GNR de Freamunde.
"Foi a primeira vez que bufei ao balão e nunca tive um acidente. Mas tenho de admitir que tinha bebido um bocadito", afirmou, à porta de casa, Emília Campos. Com 39 anos e carta de condução há oito, esta mulher surpreendeu os guardas do posto de Freamunde, em Paços de Ferreira, ao acusar uma taxa de 4,2 gramas/litro.Ontem, Emília Campos explicou que tinha comido "apenas uma sandes de queijo e fiambre", acompanhada por vinho Faisão, em casa, antes de ter saído para a estrada em direcção à freguesia vizinha de Ferreira. "Costumo ir lá buscar água ao fontanário. É melhor do que a da torneira", revela. A acompanhá-la foi um vizinho idoso que também não se apercebeu do seu estado alcoolizado. "Sentia-me bem e não tive problema a conduzir"...
(foto e noticia do DN)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Outra Citação


Citação


Olá Pessoal..

Para quem gosta de tomar aquela gota de LSD ao por do sol..

Fica aqui o convite para ver os Terapeutas do Ruído Psicadélico no Boom Fest

É já no dia 13 de Agosto pelas 20:00 no Sacred Fire na Crew Hassan Stage.

Abraço e Saúde


dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS

Agarrem-me


Flutuo, os pés saiem do chão! A gravidade não me agarra, o vento empurra-me! Mais leve que o ar, mais perto de voar. Parti e esqueço a Terra. tudo pequeno, o azul absorve-me, o ar rarefaz-se, a viagem estende-se, chega às estrelas, já não respiro, orbito apenas! Caio em circulos, beijo o sol, toco a lua.Mais uma revolução.

Soltem-me


Não! É demais. não consigo. Deixem-me aqui. Desisto. Perdi as forças, a fé, a carteira. Não subo mais, que tontura, que tortura, que tremenda altura! Subir pra quê? Se a seguir tem de se descer? Para quê ir se tenho de voltar? Porque vivo se tenho de morrer?

sono


estou com sono. Não vejo a luz, caio da cadeira. arrasto-me no chão. Abro os olhos e estou só. Tudo desabou. Os carneiros desaparecem, os prados afastam-se. O céu abate-se. Os patos voam para sul. Atiram-se dardos. Cresce a erva nas rochas. tocam à campainha. Não estou. Nem vou. É um sonho. A maré enche.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Binário


Liga-te à tomada. Sente a voltagem. Dança como um robot. Desce de elevador. Rola como as escadas. Insere-te tal qual uma qualquer quantia. Marca o verde código verde. Anula a operaçao. Reproduz uma cançao. Simula a emoçao. Estimula uma acçao. Acciona uma operaçao. Opera O mecanismo. Programa a televisao. Confirma um codigo. Paga a conta. Vive a crédito. Faz um débito. Apaga. enumera. calibra. ordena. coordena. Falece. e no final cresce ou desaparece. "O número que marcou está temporariamente inacessivel"

O tabaco mata (revisitado)


Rita e Mário, descansavam agora na cama.
Mário puxa dum cigarro, deu um bafo, passou-o a Rita.
Perguntou:"Vais hoje trabalhar?..."
"Não sei...e tu?...Vais?"
"Tem de ser..." Levantando-se com um só movimento e abrindo o chuveiro.
"Amanhã podes ver-me?"
"Não sei ainda"- Gritou Mário debaixo da água corrente.
"Queres um café?"
"Não Rita. Não tenho tempo!"
Sai da casa de banho olhando o vazio: "Rita isto assim não dá"
"Pois temos de arranjar uma solução"
"Sim mas qual?" Disse, vestindo-se:"Olha...Hummm...Não sei! Não sei mesmo..."
Mário caminhou para a porta, atirou-lhe um beijo e saiu.
Rita deixou-se cair para trás acabando o cigarro.
Mário na rua puxou doutro.
Já na estação um comboio parava noutra plataforma.
Consultou o relógio..."mais 3 minutos!" pensou. Esbafejou o cigarro irrequieto.Viu o comboio rápido a aproximar-se e atirou-se.
Rita deixou-se dormir.

Pós-Civilização(Director`s cut)


A revolução industrial não passava de um mito longínquo... A Revolução tecnológica uma recordação do Passado. A electrónica esquecida. A electricidade uma lembrança perdida. O petróleo apenas era uma côr a mais na abóbada celeste.O Sol uma sombra baça sobre o negro céu constantemente carregado de nuvens baixas quase tocando o solo que possuia a mesma cor. o Céu confundia-se com o chão cinza. Não se discernia onde começava um e acabava outro. O horizonte perdido. Num mesmo tom, e o mesmo breu.
O azul do céu recordado, mas esquecido na realidade pardacenta. O Mar contaminado, apresentava-se com cores de lama, como um enorme pântano imundo. Onde tudo ia desaguar. O cheiro nauseabundo. O Ar era respirável com dificuldade. Um cheiro a carvão constante, a corpos queimados, um odor ácido e adocicado de carne em decomposição caia dos céus. Cinzas flutuavam e cobriam o chão, prendiam-se ao corpo dos vivos, à sua pele encardida. Os rostos tornavam-se iguais, sem expressão, talvez o medo como única emoção comum. A profissão legítima era a sobrevivência. Dedicavam-se somente a isso. Ao jogo do rato de do gato....Dias passados em eterna busca de comida e disputa letal por ela. As noites silenciosas. Todos recolhidos nas suas casas no subsolo. Somente o barulho do crepitar das chamas que saiam pelas chaminés improvisadas. Chamas que consumiam tudo: Corpos, matéria estéril, e tudo o que ardesse. Algo que aquecesse, que desse luz. Vivia-se em plena Idade Nova, a era pós-tecnológica. Não havia a lei do mais forte, mas a lei do mais voraz. Os objectos do quotidiano resumiam-se a armas arcaicas, lanças, facas rombas, calhaus, pedaços de máquinas fragmentadas...Tudo o que matasse, tudo o que inutilizasse fosse quem fosse que invadisse o espaço de outrem. Nada restava nesta paisagem desolada. Os armários queimados, os veículos desmontados, livros consumidos pelo fogo, para aquecer. Tudo o que servia de combustível. Um mundo frio onde até as Leis foram esquecidas, apenas os instintos prevaleciam.
Max vivia só num atarracado buraco, seus parentes mortos há muito. Já tinha consumido todos os seus animais domésticos, pelos seus bens chegara a ser considerado nobre. Começara a altura de se aventurar lá fora, Caçar os fracos, os incautos. Empunhando o que parecia ser uma base dum ferro de engomar espetado numa trave longa e fina de aço. Era a sua única arma, mas eficaz até ao momento. Além duma fisga manufacturada com peças antigas de um qualquer automatismo industrial, e uma machada artesanal. Não havia lugar a ideais nesta Era. Não existiam princípios por onde se reger. A moral inexistente. O desejo, o amor, ou a honra, conceitos esquecidos e apagados da mente de todo o ente vivo. Os objectivos eram sobreviver. Era o que bastava. Uma economia de subsistência baseada no parasitismo, necrofagia, canibalismo. Uma morte súbita, e uma fuga rápida.Max era mais um predador. Deambulava agachado na rua, pela noite. Pacientemente Esperava a passagem de alguém...Degolava a sua presa. Um homem, igual a ele. Inferior com certeza. Não passava de uma rés. E o remorso não existia, fora feito para caçar, e resistiria assim. Voltava de madrugada para o seu buraco com um cadáver. A excitação era enorme! Estava feliz. SEmtia-se completo! Hoje iria comer! Faria um banquete para si! Regojizava-se por viver numa sociedade em que não se passava fome. Brindava a isso!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pardalituniversal



Um imaginário, lembranças, memórias e tu como corolário.
Saudades, sim saudades. Estranha melancolia esta, de rir e chorar, de um crescente contentamento, como ver o sol a subir no firmamento.
Uma alegria imensa, uma tristeza de largar, uma emoção e pra versejar... um portento.
Vejo-te ao longe, sinto-te ao perto, aproveito o momento. Devagar..Enquanto a máquina irrompe para sul, o corpo deixa-se ficar, arranco no Metro e sou puxado. Não quero ir, faço-me lento, sou esticado e ainda vejo o teu estacionamento.
Saudades, sim Saudades! Daquelas como um postal ilustrado.
De o vento trazer o teu aroma. E contigo sair daqui e passar o Sado.
DE mergulhar o Mar e recordar-te, trazer-te e ficar com o teu sabor. Entrar e cegar com a paisagem no Alentejo! As garças, lagostins, conchas caídas e mais bugigangas naturais que nem vejo.
Virar costas ao Oceano, de frente para ti, ser atingido por uma onda, levar um beijo... ir daqui para ali! Girar, tonto, dorido, partido, e pleno de ti.
Fechar os olhos e sentir um familiar e suave torpor, o teu corpo invadir-me impregnado com o teu amor.
Entrar no teu carro, deixar-me ir, e conduzir-me sem guiar levar-te a pé, por novas ruas, ver gentes, tons diferentes e voar, voar... sim voar e pairar até!
De sul a norte velejamos, ao acaso numa praia deserta, unidos por uma ferrugenta traineira! Uma beleza bizarra e tu como minha barqueira.
Sou levado pela cegonha, puxados pelas gralhas, embriagado nas madrugadas.Ah! Um mundo cheio de pequenos nadas! e Perdido se partes, completo quando acordas. Perdidas as sandálias, achadas as havaianas. Uma viagem precipitada, uma subida apressada, uma festa adiada. Num edifício transparente e até outro num palácio de cristal. Abelhas e formigas, cães e mexilhões. Umas gargalhadas bem dadas à beira mar e umas quantas luxações. Um beijo de despedida, uma nova partida, um carinho e uma ternura que se aproxima, aquando da nova chegada. E Saudades? Ficam e voltam, espero que chegue uma sexta-feira e canto e grito que o meu par é o mais lindo que anda aqui na roda inteira.

domingo, 3 de agosto de 2008

Spectrum


No prédio da rua que subia, na cidade que se espalhava. Ninguém se conhecia, à porta de entrada só os tradicionais salamaleques. O elevador levava os condóminos para outros níveis de existência. Amiude ouviam-se os gritos de angustia do andar ao lado. As dores eram insuportáveis, consumiam-no. Tudo nele era agonia, todas as partes do corpo definhavam. A alma e o pensamento em decomposição. Mais um urro de dor, seguido dum silêncio surdo, acompanhado duma calma doentia. O cheiro entranhava-se pelas paredes, uma peste amorfa, uma maleita que tudo trespassava e afectava. Chamaram a polícia e a Inspecção sanitária, não obtiveram resposta. Os Gritos estridentes, silvos e assobios de atroz sofrimento percorriam os corpos de todos. O andar e mesmo o piso luzia. Em crescendo aumentava a gritaria. Um tormento indescritível. A manhã subia pelas casas, o sol entrava nas janelas. No prédio algo faltava, o andar do lado! Desaparecera. Tranparente emitia a luz do sol para o outro lado. Deixou de existir enfim. durante o dia a escuridão daquele lado, um fosso, o nada. sumiu-se. Nada se soube , nem explicação houve. Apenas uma cantilena, numa lingua desconhecida, dali saia. Demoliu-se o prédio, e nada mais ali crescera.