A estrada estreita escondia a acidez do ar. Andava às voltas de consciência turva. As ruas pareciam buracos fundos que me empurravam. Saí e expeli a alma. Vagueva sem ser visto, gritava sem ser notado, a confusão e o caos externo davam lugar à minha perturbação interna. O vazio ocupava a mente, as ideias fugiam de repente, as palavras impossiveis de repetir.
Procurei abrigo, escondi-me de mim. Encolhi. todo o corpo tolhido. A matéria sugada, o etéreo espalhado. Pling! Resisti e cedi. Evaporei-me, expeli-me para outro lado, não da rua, mas do medo.
A madrugada chegou, o trigo dobrava-se ao vento, a brisa ocupava o silêncio. Tudo voltava ao normal.
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