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domingo, 3 de agosto de 2008

Pesca artesanal

No alentejo, jogavam à bisca. 4 jogadores um só fito. Servia-se Borba e polvo frito.
O trunfo era outro, ouros. As pratas? Essas no prego. No pão? não? no prato. servido a frio, no meio do calor, da planície. Um ardor, o alcool em torpor. Ao longe as oliveiras, até um monte. os amigos riam, gargalhavam, partilhavam Migas. A noite chegava, o sol punha-se, os chapeus tiravam-se. Todos de acordo e servia-se açorda, com mexilhão e um bom branco. Ninguém se lixa, nem se trama, mas como em tudo um bom drama e no entanto o mar bate na rocha, a traineira na praia, metia areia, saia sardinha a conta-gotas. Um contratempo, um contratorpedeiro? Um contra-relógio. Uma volta a portugal, outra à terra, sem bicicleta mas com cajado. Passa a meta, batem palmas, ao photofinish. Na lota, já em luta, os preços discutidos, o bacalhau cozido, à lagareiro, sem pagar dava de fuga o caloteiro. Um fixe, outro peixe e o sargo olhava o mar esperando mais um dia. Enquanto o Pargo concluia: "Não há vida sem esperança, a fé que nos salva" ao longe: O cardume dança, e linguado nadava sem rede, nem corda bamba, mas em tremenda alegria.

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