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sábado, 16 de agosto de 2008

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Pena não se discernir a cor da pele da cor da alma. Há gente de colarinho branco. Cavalheiro bem trajado de tez alva. A perfeição dos traços faciais. De retórica perfeita. A Argumentação e discurso bem fundamentados. Senhor da razão detentores da verdade absoluta. As palavras brilhantes descritas em qualquer revista cor de rosa. No interior trazem os seus verdadeiros actos que escondem os seus eus. Que violam, roubam, matam, massacram e destroem tudo à sua passagem. Com a sua asa negra camuflada por estatuto de dignidade aparente e detrás da árvore genealógica esteticamente incólume, criam o caos, provocam o pânico, a agonia e a angustia de outrem, sobrevoando os céus, deixam o seu perfume que esconde a podridão, e a decomposição dos seus corpos e almas putrefactas., flutuam impunemente sobre os incautos e a ingenuidade de quem olha mas não sabe ver. Sugam, qual parasitas, o tutano das suas presas que os veneram e idolatram qual bezerro de oiro. Que se analisa a composição e descobre-se que são feitos do barro mais bafiento, da lama mais nojenta. Não vem das profundezas da terra mas do fundo dos seres mais hediondos, sem escrúpulos, sem dó nem piedade. Iludindo tudo e todos, até de eles próprios. A sua imagem no espelho reflecte a luz negra, a ausência de sentimento, a ignorância do sentir. Os requintes de malvadez, e tal como na alegoria da caverna, os outros, os que não conseguem ver, olham as sombras e não os corpos, pois estão cegos pela sua perfeição, qual sereias da antiguidade clássica que atraem Ulisses, e neste caso as suas vítimas para a mais negra e suja das teias. A da mentira. da ilusão que redunda mais tarde na triste e crua realidade que se esconde na eternidade do vazio e do concreto ódio que destilam pelos demais.

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