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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Não ser


Fecho-me e impeço a luz de chegar, esqueço as cores e as imagens que me trespassam a memória apagando de vez todos os instantes e momentos vividos. Tapo os tímpanos e deixo de ouvir, rasgo as notas, os sons, as vozes e os tons constantes da recordação. Ponho as mãos sobre o corpo, inclino-me para trás, deixo de sentir, sentimentos queimados, emoções trituradas, sensações esmagadas. Pára a corrente sanguínea. A respiração inconstante, sem oxigénio. Aguardo a escuridão cardíaca. Deixo de ser. Os pensamentos não surgem, as vontades dissipam-se. Uma vertigem súbita, uma tontura tremenda, atiro-me. Fui.

4 comentários:

isabel disse...

morreste?

Anónimo disse...

Podes fechar-te na escuridão
Podes tentar esquecer tudo,
Tapar os tímpanos, até.
Podes morrer
Mas as recordações, essas,
Irão para todo o lado contigo
Porque, são o melhor que temos...
São as peças, que compõem um todo...
A tua VIDA!

Cruztáceo disse...

Fecho-me na escuridão, abro-me para ti
Esqueço o nada, mas tenho-te num todo
Até tapo os timpanos, porém oiço o teu chamamento
Posso morrer contudo viverei dentro de ti!

Anónimo disse...

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