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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Facetas, Máscaras e sombras.



Camus disse qualquer coisa como "o objectivo ultimo é o suicidio" Sofocles falou da benção daqueles que não nasceram. Digo eu que o sentido da vida, é vivermos dos nossos instintos, pois houve também alguém que terá dito que ao nega-los estamos a negar aquilo que nos torna humanos.
Hoje será dificil deles somente depender; Por causa da quantidade de estímulos externos que possuimos e a quantidade de informaçao e mensagens que nos invadem a mente, que a deturpam, confundem e iludem. Mensagens essas na sua grande maioria artificiais e que nos transformam é seres maquinais com resposta pré-programada, em seres binários de sim e não, de zeros e uns, e na Era da Globalização o homem tende para ser igual ao outro, o que seria bom no sentido em que caiem as barreiras do racismo mas retiram a diversificação ideológica e cultural... Tomaram conta da realidade e alteram a nossa percepçao. Ter e ser capaz de manter a individualidade e identidade, é uma tarefa hérculea. Somos maquinas na forma de estar e com acçoes previsiveiS e reacçoes pré-programadas e de acordo com uma moral e ética pré-estabelecida.Ora quem nao esteja enquadrado neste sistema e demonstre uma atitude diferente da "Norma" é catalogado e apontado como proscrito, um anormal, bizarro e paranoico. Ou mesmo esquizofrenico e bipolar, maleitas que estão tão em voga. Submetido a juizos de valor sem conhecimento de causa e provavelmente votado ao ostracismo.
Quem neste mundo queira escapar desta tendencia nao tem para onde ir. Ou se torna um Ermita e vive afastado da civilizaçao, ou entao é alguém suficientemente frio e calculista para sobreviver neste mundo global, passo a redundancia, mas neste caso esta a abraçar uma forma de estar que vai contra os seus principios. Dai que se tenha de munir de instrumentos para tentar passar impune aos julgamentos e capaz de se inserir sem ser olhado ou apontado. Vivera com mascaras e capas consoante o meio onde esteja. Hoje para se ter uma personalidade unica e especial tem de se ser camaléonico. Em suma o simples facto de viver esgota-nos a energia vital e é um trabalho de pesquisa, de coordenaçao e adaptaçao diaria. As vezes apetece desistir e tornarmo-nos numa pessoa plena de odio e desdém, de inveja, individualista e egoista para se poder singrar. Sera que essa gente ao acordar tem consciencia?
A talho de foice vi uma cena no comboio onde o filho chamou a mãe de puta... Dava vontade de o retirar daquela mãe e entregá-lo a um campo de concentração para ganhar um pouco de humanindade!
Dá-me asco viver numa sociedade podre onde as gentes se maltratam assim, sem qualquer pudor seja em casa ou em frente de desconhecidos.
Quem sabe se não deveria haver uma espécie de policia ética, que castigasse gente mentecapta capaz de tais actos!
Enfim...Quiçá este pensamento seja também de alguém maquinal e sem pudor....

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

UM NATAL FELIZ

O Pai Natal( DR. Claus) estava atrasado, com duas motas da policia da Lapônia a desviar o transito para o seu carro passar, o motorista já o tinha avisado que o esperava piquete do SDN( sindicato dos duendes natalicios)os portões fechados a cadeado, os duendes acompanhados de jornalistas, exigiam o pagamento dos salários em atraso, havia dois Natais que não recebiam as horas extra e entrgaram-lhe um pre-aviso de greve para dia 24 à noite.Acto continuo o Dr. Claus, tentou acalmar as hostes, e ia convocar um os trabalhadores para uma assembleia geral para uma comunicação onde iria explicar a situação da empresa e o futuro da mesma. Gerou-se o pânico entre os trabalhadores, alguns aguardaram outros começaram a incendiar as prendas, outros a desviar Renas para fechar estradas e houve outros que exigiam o pagamento imediato do salário ou não iria haver Natal/2011. Dr Claus, entrou na sala de reuniões, acaompanhado do seu relações publicas que subiu ao pulpito, na sala um silêncio sepulcral, os únicos ruidos que se ouviam era os flashes dos repórteres, que se apinhavam em frente dos dirigintes do sindicato e o seu séquito os restantes trabalhadores que se recusavam a sentar, causando um burburinho e que ao minimo sinal de descontentamento podia o ambiente incendiar-se num instante.As propostas eram simples, iria haver um corte de 75% no pessoal, pois a distribuição este ano e por falta de fundos iria cobrir apenas do polo Norte ao paralelo zero, ou seja o Equador e a nivel de meridianos cobririaapenas do meridiano zero(greenwich) ao meridiano 90%. O restante pessoal que contiuasse na empresa iria passar a recibos verdes. Além duma redução nas Renas em 50% devido ao aumento do preço da palha, Iria investir-se em novas renas, mais económicas para passarem dos 10 fardos de palhas aos 100 não passasem dos 4 fardos aos 100. Ao ouvirem estas palavras os trabalhadores passaram de duendes a doente, as cadeiras voavam, os insultos constantes, e o caos instalou-se. DR Claus saiu pela porta dos fundos acaopanhados dos seguranças e dirigiu-se ao heliporto.Soube-se mais tarde que os duendes tranformaram o complexo fabril e de distribuição numa cooperativa e tomaram as redeas da gestão e administração, rduzindo o deficit em quase 90% sem redução de pessoal e inclusivé não seDesfizeram das renas mais antigas, servindo estas para transportar as crianças dos trabalhadores à escola e para pequenos serviços internos.A Ultima vez que se soube do DR. Claus tinha ido para a Noruega onde tinha aberto uma cadeia de quiosques de venda de hamburguers de bacalhau e pataniscas Take.away. Soube-se pouco depois que a Asae, fechou-lhe o negócioPor usar pescada em vez de bacalhau e as pataniscas não tinham bacalhau mas sim apenas batata com um corante e emulsionante com sabor a bacalhau que continha propriedades cancerigenas. Foi condenado a vários anos de prisãopor fraude, utilização de substancias mortais e evasão fiscal, tendo levado a pena suspensa sendo agora acessor do presidente da Cãmara da Lapônia e membro permanente do conselho de administração das Industrias conserveirasDe bacalhau, e está em vias de se candidatar a um cargo na ONu.

domingo, 25 de dezembro de 2011

acorda

Acorda, levanta-se e anda erraticamente
. As cidades as ruas o céu e as gentes como decalques.
O tempo e os dias, repetições, reposições, passados em esconsos esperando os outros, o futuro. Não conhece a cor dos trapos que usa. Os odores esquecidos. Os barulhos e sons ignorados. Os estímulos e sensações há muito perdidos. Desconhecendo há muito o sabor do salgado, do doce, do acre. Comia o que achava. Desaprendeu a falar. A comunicação era só num sentido, sinais e expressões que recebia. Muitos de desaprovação outros de nojo e ainda de ignorância. Questionava-se quando é que o mundo deixou de se preocupar, de ver as cores, de observar os padrões e formas. A diferença era indiferente. O repúdio uma constante. Ninguém raciocinava. Através duma observação única, avaliavam, mediam e julgavam.Os métodos eram simples, baseados em conceitos duma moral antiga, ancestral, anacrónica. O Sol andava à volta da Terra e esta era plana e quadrada. Uma nova Idade média. Ninguém perguntava nada a ninguém, havia o medo de os olhares se cruzarem, a desconfiança no próximo doentia. O Pensamento e a filosofia lendas e mitos da antiguidade. As preocupações mais comuns eram a acumulação de riqueza na forma pecuniária, o desejo esmorecia, a vontade definhava, o livre arbítrio extinto. Os olhos vazios, os rostos frios, a mente volátil e estéril, os corpos mecanizados com a função instintiva gasta. A vida uma rotina destinada a viver como a formiga, Binária e dum gânglio nervoso, acumulando inconscientemente, acumulando sem objectivo, acumulando sem saber o que é, não chegando a viver para ver o sol nascer.
Sai da civilização, rumo ao seu destino, sem mais questões, avança até ao fim do mundo, um enorme precipício com uma gigantesca cascata.
Salta e segue o rio
descendo ao sabor das águas
sem forçar a corrente.
Jaz morto nas lamas
num caldo primordial
desfazendo-se em pó
pó de estrelas.
Renasce
E Sorri.

Especulação sobre relações


O homem nasce por defeito bondoso, ternurento, e com uma capacidade ilimitada de partilhar, caraterística essa que nos é comum a alguns primatas, e apesar de genéticamente sermos mais parecidos com os chimpazés, há experiências que se fizeram com estes e com os bonobos( espécie de chimpazé, também denominada de chimpanzé pigmeu) que mostrou os primeiros a não partilharem com os seus congéneres, mas os segundos sim! A experiencia consistia em ter dois simios separados por uma porta, onde dum lado, estava um com uma malga de comida e a uma alacanca para abrir a porta e dar acesso ao outro. Ora os chimpanzés comiam tudo, nem sequer abrindo a porta no fim da refeição, e os bonobos( antes de comerem) abriam a porta deixando o outro comer com ele.
Isto mostra como nós evoluímos, e daí termos passado do paleolítico e chegado aos tempo de hoje e no topo da cadeia alimentar!- Por sermos capazes de partilhar e tratar uns dos outros, inclusivamente não deixar para trás os deficientes, alimentando-os e defendendos de predadores ou de outras situações em que certamente morreriam por serem incapazes, mais: Ao que consta somos das poucas espécies de primatas que trata dos bebés dos outros, ou seja, criaram-se as primeiras amas, desde tempo imemoriais, isto demonstra a nossa capacidade de partilha e de especialização, e de aproveitamento dos meios, onde uma unica mãe tratava dos filhos dos outras para poder libertar, as mãse para outras actividades e assim maximização da mão de obra disponível.
Desde esses tempos( que comparados com a Idade da Terra, foi "ontem"), o homem por ser gregário e não ostracizar nenhum dos seus, tem como caraterística a capacidade de partilha, de bondade, de justiça e de defender o que é seu e o dos outros da sua tribo.
Isto traz-me aos dias de hoje, e a uma Era em que já não precisamos dos outros para quase nada, e embora gregários, pois vivemos em cidades, e cada vez maiores, vivemos numa era do individualismo, onde cada vez mais nos fechamos mais, vivendo na nossa pequena bolha, e aí qde quem entre nela sem a nossa autorização! Duma relação de mutualismo e simbiose, passámos a uma relação parasitária( conceito exagerado talvez, mas não está muito longe da verdade!) As nossas relações baseam-se quase em interesses, e não procuramos o outro simplesmente por gostarmos dele. Nas relações amorosas acontece um outro fenómeno. A pessoa tem de possuir uma série de caracteristicas à priori, e muitas vezes influenciada não só pelo que nós achamos, mas também pelo que a sociedade acha aceitável( seja lá o que isso for), pois muitas vezes ao ivés de irmos directamente a essa pessoa e dizer-lhe o que sentimos, procuramos a opinião duma terceira pessoa em busca do seu aval.
Quando nos atraímos por alguém procuramos nela algo que nos una: pontos em comum, gostos similares, ideologias identicas, além de nos atraímos por alguém que seja o nosso estereótipo de beleza, e até acho que esse ponto é o que nos faz olhar uma segunda vez para essa pessoa e nos faz aproximar. Um erro recorrente é dar-mos a conhecer o nosso lado positivo e tentar esconder as nossas fraquezas, paranoias, tiques etc.
Um casal nunca chega a conhecer-se até haver situações extremas. Ao haver uma crise onde venha ao de cima, o nosso Eu real. Esse "Eu Real" aparece numa situação extrema,onde mostramos o nosso lado da mente(emocional, sentimental, social etc) que sai do nosso controle. Pois é fácil dissimular um carácter, ou encarnar uma personagem, contudo quando em stress, ou sobre pressão, caí a máscara, e vem à tona o lado racional( ou irracional).
Temos uma capacidade de nos adaptar excepcional, porém mais tarde ou mais cedo, a nossa natureza humana, e aquilo que nos torna humanos, os instintos, aparecem e mostra o que de há mais morbido, perfido e onde somos capazes da mais requintada malvadez - Um lado negro - Lado esse que nada tem de negro pois são caracteristicas que fazem parte de nós. Não somos seres perfeitos, pois é um conceito utópico, e por cada boa acção há sempre o seu contraponto. As Leis da física passada para a natureza humana: Uma espécie de 3ª lei de Newton( par acção-reacção).
AS relações normalmente terminam por incompreensão e não aceitação de certas atitudes tomadas por um membro do casal. Tudo é belo quando se está na fase da paixão, em que a entrega é total no que concerne ao carinho, amor estima e partilha. Quando a fase da corte acaba, começam os atritos, o que era considerado um ponto a favor, e que serviu para o outro atrair-se, fosse a sua forma de estar que era diferente, e ser um motivo de interesse por que era algo único e singular nessa pessoa, torna-se rotineiro e já é deja vu.
Em suma, exige-se demais do outro pois espera-se sempre a novidade, para a relação não estagnar, aguarda-se que o outro nos supreenda diariamente, mas com o passar do tempo, a surpresa passa a enfado.
Não se deverá pura e simplesmente tratar o outro, e além de amante e parceiro, como amigo, companheiro, confidente, e viver uma parceiria, em que não se espere novidade e surpresa, mas espere-se sim que se tenha um conhecimento total do seu par?
Não será isso mais profícuo? E viver uma relação em que se tenha total confiança no outro e que seja também o nosso parceiro na vida e que seja um complemento às partes da que nos falta? que seja o outro lado da moeda? A parte do puzzle que nos falta?
Não é preferivel isso a ter alguém que se por um lado traga a novidade e a surpresa diária, faça com que um dia nos traga uma surpresa desagradável?
POis o que para mim é aliciante numa relação é conhecer o outro e em momentos dificeis saber e ter a capacidade de estar lá para colmatar essa dificuldade?
Não será melhor uma tão intensa interacção mental que quando o outro esteja infeliz sejamos capazes de estarmos presentes e de dizer o que o outro precisa de ouvir, ou apenas com um gesto consigamo-o confortar?
Não é óptimo estar com o nosso par, horas a fio em silêncio, e em que o silêncio não seja um constrangimento mas sim um sinal de harmonia e sintonia emocional e sentimental, e em que esse silêncio, como acontece em muitos casos e casais, nunca seja compremetedor?
Será necessário que o amor seja vivido com um guião? E que haja necessidade de compará-lo com o dos amigos, ou de vivê-lo como uma agenda predefinida? Que é feito da improvisação e espontaneadade? Mais importante viver da razão não será melhor viver com os instintos, que é aquilo que verdadeiramente nos torna humanos?...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Conversas de Café à Luz do "Mal-Dizer"

Cenário I - Desdém Primário

Dois tipos fumam um cigarro numa paragem de autocarro, passa um Fiat 600 e não para na passadeira:
-" Xi olha para aquele carro, bué da louco man!"
_"Ya...O gajo nem parou o carro é tão velho!...Coitado"


Os mesmos dois tipos mesmo sítio mesma situação com um Mercedes SLK:
-"Olhó cabrão do Mercedes! nem Parou na passadeira. Filho da P***! Tem a mania qué bom ò Car****!Odeio estes gajos que fazem isto!"

Cenário II - Complexo de inferioridade

Patrão(a) e empregado(b) a falarem à Chegada ao Local de Trabalho

A: "Bom dia. Bem o Sr não faz a ideia do frio que está na rua!"
B: " Ah pois! mas e às 6 da manhã quando saí?! Xiça, parecia que congelava!"
A: " Mas eu levantei-me à mesma hora..."
B:" Está bem mas isso é na sua zona..aquilo ali prós meus lados é gelado e muito ventoso!"
A: "Mas eu vivo no mesmo Bairro..."
B: Oh Tá bem mas a minha zona é mais fria prontos, a minha casa está virada a Sul.."
A: A minha também..
B: "Ora! Mas eu vivo um andar mais acima, aquilo baixa logo praí uns 5 graus!"

Cenário III - A Galinha da Vizinha

-Comprei um telemóvel. é o modelo acima do teu
-Sim mas este tem flash na Camera
-Mas o meu tem mais mPixeis
-Sim mas este tem zoom
-O meu tem mais qualidade no monitor, tem GPS e Wi-Fi
-Oh não sejas Parvo mas o meu é azul...Prontos ganhastes...

domingo, 18 de dezembro de 2011

FADO


O Fado é Património.
Pergunto será sarcasmo da parte da Unesco? Principalmente nesta altura???
Em inumeros cartazes pela cidade acrescenta: Orgulhe-se!
É sem dúvida um motivo para orgulho. Orgulho numa música que nas suas letras tem por mote a melancolia e tristeza. Fala da desgraça dum povo, da saudade do antigamente, da tristeza eterna dum Povo.
O Fado é de facto o que nós carregamos. O Fado de um povo que estagnou económica, social e culturalmente. A sina de termos que aguentar os inúmeros governos que contribuem para uma estagnação. O destino de vivermos" orgulhosamente sós" tendo com consequência não sairmos da cepa torta desde o Renascimento.
O Fado é, e volto a frisar, um motivo de orgulho, quanto mais não seja por ser quase com uma máxima dum povo e o que nos destingue dos demais, mas não pela positiva. Faz parte dos 3 êfes. Fado, Futebol e Fátima. E de cada um dos itens, não sei qual será o mais deprimente...
Orgulhemo-nos então! E cantemos! Pois quem canta seus males espanta, e tanto que temos de cantar!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Incuria do Homem


O Homem já há muitos anos, se não séculos que se afastou da natureza e em ultima instancia dele próprio. Hoje em dia temos uma série de instrumentos ou máquinas à nossa disposição que nos afastam de nós próprios, e que fazem ou pensam por nós. Falo das agendas que servem para recordar um dia especifico ou um evento, os PC`s que nos auxiliam e nos substituem numa miriade de tarefas, e até, in extremis, o hábito que temos de ligar a net para ver o estado do tempo ao invés de olharmos pela janela.
Penso que na medicina também o mesmo se passa, deixámos de nos preocupar connosco, seja em termos de saúde ou mesmo no nosso estado de espírito para delegarmos isso, nos médicos e/ou receitas que fazem por nós maravilhas - O que não invalida que o problema não continue lá, é quiçá protelado, mas é momentaneamente esquecido. Fazendo portanto de nós dependentes de terceiros em quase todas as matérias, desde a saúde fisíca, à mental e mesmo relegando para segundo plano a nossa capacidade de nos analisarmos e de nos melhorarmos, a nós como ser vivos, e perantes os outros numa óptica social ou antropológica.
O Homem dependia só de si e do seu grupo no Paleoltitico, com a revolução agricola e a entrada no Neolitico, conseguimos nos libertar de imenso trabalho físico que passamos para os animais e do esforço para obter melhores colheitas através da inovação instrumentos agrícolas e ferramentas mais precisas e eficazes. Essa alteração de situação perante a Terra, e a nossa posição no ecossistema exacerbou-se ainda mais no Séc XVIII com a revolução industrial, não só a nível físico como mental, pois tornou-nos dum ser completamente adaptado ao meio, para um ser que dependia do meio urbano para sobreviver pois "esqueceu" que era um animal colocando-se no topo da cadeia alimentar. Com o aparecimento da técnologia digital e a produção em massa chegámos a um culminar de dependência dessa mesma industria e um afastamento cada vez maior ao meio ambiente.NUma atiyude pedante e prepotente deificamo-nos, achando-nos seres superiores: Donos e Senhores do Mundo! Como exemplo, posso dar a América da década de 50 do séc XX, e com a invenção da Bomba Atómica, e pela primeira vez na História, tornámo-nos além de Senhores do Mundo, capazes de nos auto-destruir e ao próprio Mundo! Mas dizia eu que com esta invenção, e uma maior deificação da humanidade, houve uma descrença nas religiões seculares e uma adesão às seitas e cultos que proliferavam nessa altura. Foi até curioso, que essa descrença em Deus, foi substituida por uma cada vez mais crença em Ovnis, fenómeno que foi tomado quase como uma histeria em massa, tendo até havido um exemplo flagrante disso, mas numa década antes salvo erro, com a leitura na rádio do conto d"A Guerra dos Mundos" do HG WELLS, que provocou uma fuga em massa da cidade de Nova Iorque, estando as pessoas convencidas que a leitura daquel popular livro era uma decrição do que estava a acontecer no presente.
Em suma e não me querendo alargar mais, queria apenas expor a minha opinião e dizer que está na hora do Homem voltar a olhar para si, e não se projectar no espaço, fazendo dele um filho das Estrelas e não um semi-deus que tem a capacidade de controlar tudo...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

acusas e causas.


Quando se dá o que se pode, e reage-se como sabemos, não há que entender os nossos comportamentos como errados ou desleixados. Quando muito questiona-se o porquê de tal reacção. Na maioria das vezes é mais fácil julgar e catalogar num qualquer estereotipo do que tentar perceber as razões ou causas. É coisa da moda a acusação e o desdém....

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sem tino faço o pino


Um estrada na vida muitos caminhos um trilho um despiste um acidente de percurso no decurso e discurso em frente sem sentido numa direcção qual? em frente e que tal? e qual? outra igual, varie-se improvise-se adapte-se ou adopte-se uma adaptação, versão no verão em verso, reverso, volto, reviravolta, trambolhão, cambalhota, de olhão até à Ota? apanha a A23? desenha então numa folha A4, ou três que é maior, ou pior não sei não sei, que trilho? um sarilho mas é! ou um brilho, um reflexo um espelho e um espalho. que espanto, um espantalho que dizes tu? nada, vacilo e já falho, e mais um tralho quiçá

domingo, 9 de outubro de 2011

Pensamento nihilistas




Se para amarmos temos de sofrer e viver já é por imposição um sofrimento, então é preferivel não amar e viver sofrendo o minimo possivel, mesmo que para isso a vida seja enfadonha e monotona, o que já o é, pois da rotina não fugimos e o enfado persegue-nos. Dai que se já se sofre por amar e se sofre por viver, mais vale viver apenas o sofrimento e que esse seja no máximo a rotina que o mundo nos submete diariamente. Assim sendo que se sofra em vida, e se houver fé em nós, e aquando da morte, viveremos no paraiso e finalmente - sem sofrer. Caso não haja fé, e afinal deus exista, então vamos para o inferno, e não vamos notar diferença, pois vai ser a continuação do sofrimento mas num plano de existência diferente.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Choque frontal




As relações pessoais e as de amizade baseam-se principalmente em encontrar pontos em comum, seja a nivel social, cultural, ideológico, ou em casos mais extremos e particulares numa empatia que surge num qualquer diálogo ou numa situação passada em comum e que em ultima análise as une, estreitando assim os laços não havendo as vezes necessidade de grandes diálagos, e onde as vezes, a companhia um do outro basta para se sentirem mais juntos que nunca e onde o silêncio não é compremetedor.
Tenho o meu feitio e a minha vivência, plena de ideias concebidas, com os meus trejeitos, com uma rotina pré-concebida, com a minha moral, os meus principios, a minha ética, e a minha educação, que, e para o mal ou para o bem unindo todos estes factores, é o que me compõe como ser humano e o que me distingue dos demais. Fazendo de cada um de nós, casos únicos, especiais, e invulgares por que como diz o ditado: "cada um é como cada qual", e já agora "Quando o Sol nasce é para todos"
Vivemos num mundo cada vez com mais gente e naturalmetne com mais ideias diversas, pensamentos cada vez mais diferentes, e certamente vontades diversas. O que nos exige uma maior concentração, e capacidade de sintese, para conseguirmos absorver todas essas diferenças, e respeita-las para não embatermos contra um ou outra que surja, permanecer na nossa bolha, conservar o livre-arbitrio e não pisar a liberdade de ninguém.
A interacção com os outros torna-se dificil na medida em que temos de ter uma capacidade de absorção de dados enorme para haver uma melhor capacidade de sintese e integração num meio cada vez menos homogéneo por que a quantidade de informação é gigantesca, e os choques, atritos, e divergências se tornam mais frequentes.
Ser tolerante e amigo de toda a gente é quase uma missão impossível pois não se consegue agradar a todos. E para nos mostrarmos, ou seja, para nos apresentarmos a alguém, e desde tempos idos, que o homem, e uma vez que é gregário,normalmente quer agradar ao outro e começa por demostrar os seus pontos em comum para se encontrar uma plataforma de entendimento que permita um percurso comum. E se nos interessa conservar as pessoas, tentámos moldar, adaptar e mesmo ser permissivos na forma de estar e de ser, guadando por vezes os conteúdos que possam causar celeumas ou dramas desnecessários. Contudo, somos belicosos por natureza, pois ninguém está isento de problemas, preocupações, tramas e ardis que a vida na sua parte ou no todo nos prega. Como toda a gente sentimos necessidade de desabafar, e retirar a pressão. E surgem discussões mais ou menos acesas, não na forma de estar, pois quase todos temos em comum interesses básicos, mas na forma de ser, pois cada um tem a sua maneira e os seus escapismos, hobbies, e formas de actuar, ou de proceder num mundo cada vez mais caótico e onde é cvada vez mais dificil, ao comum dos mortais, estar em total harmonia com o meio, e isso reflecte-se na sintonia, ou falta dele que tem com os outros. Resta saber se há necessidade, e quando se encontra os tais pontos em comum com outrém, e ao invés de os fortalecer ou ficarmos num estado médio de conhecimento, onde o diálogo e a sâ convivência acontece por si, ou ao invás, como dizia, partir para campos mais específicos da nossa vivência, onde já vamos entrar na "bolha" do outro, e a liberdade e o livre-arbitrio começam a ser tocados.
Pergunto se há necessidade de expormos ao outro, não só as nossas sensações e emoções que é o que basicamente nos compõe como entes, mas também os nossos desejos e ansejos mais metáfisicos, que são na sua natureza muito particulares e que cada um tem uma visão muito peculiar.
Em suma, haverá forma mais bonita de estar e de ser com o outro, duma forma básica e rudimentar no pensamento, tendo diálogos que talvez não sejam grandes construções metafisicas, mas que nos preencham, do que tentar almejar o céu, e qual Icaro e Dédalo, queimar as asas e cair. Pois parafraseando um fulano que não em recordo: "A nossa vida é como um avião que cai, e enquanto caí vamos dizendo:
- Até aqui tudo bem, até aqui tudo bem...
pois o mais importante nem é a queda, em ultima instãncia é a aterragem..."





(texto não revisto)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O tempo e espaço






Num dia soalheiro e embrenhado nos seus pensamentos, divagava pela cidade sem pressa. Estava folgado e livre de obrigações e responsabilidades por hoje. Tinha o resto do dia à sua frente. Sem restrições, barreiras físicas e obstáculos temporais ou de agenda. Contemplava cada momento, aproveitava cada instante e observava tudo como distracção e cada nova imagem, cheiro ou som, absorvidos como passatempos. Absorto nos seus sentidos caminhava nas ruas da cidade quando se deu o episódio; Uma escuridão repentina privou-o de comunicar com o exterior, e era como que ficasse fechado na concha que era o seu corpo. Sentia o espaço mas a mente estava isolada do exterior. Sabia que se encontrava em qualquer lado pois sentia os pés num qualquer tipo de chão que nunca pisara. Era portanto a sua unica sensação, providenciada pela lei da gravidade. Todos os outros sentidos estavam bloqueados. Estado bizarro aquele! Colocado num aquário sem fundo, cheiro, sabor ou limites - Boiava num limbo. Parecia acordar dum desmaio, ou dum estado catatónico - retomava a visão aos poucos, tudo era claro, demasiada claridade, tanta que nada via nem um horizonte, um tecto, um plano ou chão. Não sentia a tridimensionalidade do espaço e parecia parado no tempo. Um silêncio profundo fazia-o escutar a sua propria respiração e a batida do coração E nada era palpável em seu redor: nenhuma linha, traço ou contorno. Como retido e colado a uma folha branca de papel. Estava possuído por várias emoções contraditórias, uma curiosidade quase mística pelo acontecimento e um enorme temor pelo desconhecido. O medo caia com pingas grossas para o infinito. A respiração descontrolada. Tentou gritar, mas o berro não se ouvia, como se não houvesse ar para as ondas se propagarem. Começou por sentir-se preso naquele estado físico onde continuava sem qualquer controlo sobre o seu corpo e sentia-se claustrofóbico naquela vastidão em que era o único ponto num plano tridimensional infinito. Deslocava-se com dificuldade através daquela matéria ou fluido estranho e único, parecia nadar num mar sem atrito, em que cada esbraçejar ou espernear não o levavam a lado nenhum. O silêncio deu lugar a sons familiares, como que se passasse a grande velocidade pela sua vida passada: Imagens e cheiros que associava à sua meninice e que revivia como reais, tanto que a sua mente absorvia essas sensações como verdadeiras. Passou por vários estados de emoção; da alegria à tristeza, da monotonia à diversão, do deleite ao desespero em poucos segundos. Contorcia-se em panico e de súbito tudo parou e viu-se elevado no espaço e puxado por um vácuo e agora acompanhasse a sua vida fora do seu corpo e se visse , lá ao fundo( não sabe se em baixo ou à frente), a andar nas ruas da cidade, sendo apenas um espectador de si proprio. Não percebendo como nem por quê, ultrapassou-se em si, e as sensações surgiam no seu corpo- atravessava-no e o transportavam para a frente. Porém não andava para à frente no espaço mas sim no tempo. Transpunha-se a si proprio num paradoxo indescritivel. Parou por instantes e reparou numa uma porta, tendo percebido que a penetrando, era o futuro que contemplava. A axpectativa de olhar mais à frente era enorme. Queria sair daquele estado, daquele limbo e prosseguir a sua vida mas não conseguia, era guiado caoticamente e sem hipoteses de refrear aquele impeto e aquela velocidade dos acontecimentos que o transcendiam. Ultrapassa a porta finalmente. Vê uma luz mais forte, e por fim acorda, suspira de alívio...E num dia soalheiro e embrenhado nos seus pensamentos, divagava pela cidade sem pressa, estava folgado e livre de obrigações e responsabilidades por hoje e tinha o resto do dia à sua frente. Sem restrições, barreiras físicas e obstáculos temporais se bem que(...tinha uma estranha sensação de deja vu...)...E de repente uma escuridão repentina priv(................................................................)




terça-feira, 13 de setembro de 2011

A Morte, dissertações sobre uma paixão mórbida



O primeiro contacto com a morte é inesquecível e atrevo-me até a dizer inebriante. Aquele puxão que nos arranca a alma, mas sem se sentir que a vida se esvai, antes um calafrio agradável duma intensidade enorme e que naquele primeiro segundo antes do acidente,e que se diz que se revê toda a nossa vida não acontece, mas antes uma sensação de apurar os sentidos e ver tudo em camera lenta, não só as imagens com os outros sentidos em que os sons são esticados e os odores potenciados, uma descarga de adrenalina e/ou dopamina, desconheço a endorfina ou hormona que é libertada nesses casos, talvez até se possa apelidar de nemesina( ie:De Nemésis), ora é essa sensação que se torna tão atraente e se não fosse o medo de passar aquela linha que roça a vitalidade ou seja, aquel ponto sem retorno e onde nos aguarda o desconhecido, e dizia eu quem tem um contacto com essa sensação e que experienciou a morte(ateé certo ponto) e das mais varaiadas formas seja por acidente num hospital, em que se sabe que estamos por um fio e por vezes,e devido a um estados de meningite portentoso, nesse ponto da nossa existência, estamos como que a sentir-nos pertença doutro universo em que vemos o mundo cá fora como um sonho, eme que nada é real e sentimo-nos o centro de tudo como que por momentos, deixamo-nos de nos sentir e passamos a um outra plano, bizarro, e como não crente não lhe quero chamar divino mas tem algo de para-humano, transcende-nos. Outro tipo de acidente em que somos atropelados de bicicleta e levamos com um carro, senti-mos o choque e em que voamos por cima dele e enquanto ele passa e segue, (neste caso fugiu), olhamos para o carro que quase se despista, e como dizia enquanto voamos(naquele segundo), olhamo-o com desprezo e chegamos desejar-lhe a morte antes que a nossa nos fulmine. Mas nesse instante não existe dor, ouvimos a nossa coluna a vergar sobre a força do embate, o corpo a ser acelerado para lá das nossas capacidade de controlo, aquele momento em que subimos e começamos a desxer como que uma ausencia subita de gravidade e depois o tão aguardado embate no chão que demora um a eterninade, lá chegados e depois de tudo terminado, e o corpo em repouso, fisicamente falando, sem forças externas de movimento, atrito etc, ligamos novamente o racional/emocional e mil pensamentos nos trespassam, um dos quais e que grita lá de dentro com intensidade é " Estás vivo depois disto!" e queremos reviver aquele momento ou sensação mas nenhuma sensação do mundo simula tal coisa. Sentimo-nos pertença dum grupo restrito de gente que passou pelo mesmo, onde a morte não é estranha e até começamos a desdenha-la por ter ultrapassado as barreiras daquilo a que pensavamos que não voltavamos, não faz de nós imortais, nem melhores ou superiores aos outros mas especiais no sentido em que não nos apoquenta e até é um desejo mórbido de ater por perto e experencia-la novamente.Estranho não? Talvez seja suicida...Ou amante de desportos radicais neste caso duma radicalidade extrema...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Copyscape Plagiarism Checker

Copyscape Plagiarism Checker

Expressões impressionantes de mais um solsticio de inverno que se aproxima.

Sol começa tardar e a espreguiçar-se deitando-se com a galinhas. E estas, por sua vez, acordam-no a cacarejar em uníssono com o galo a cantar. E outro galo é sentir a noite a tomar conta do tempo. E o tempo a esfriar...

Começa e acaba a vindima. Com a noite a aumentar é altura das folhas cairem. Assim como as lareiras a fumegarem, as praias e os ninhos a esvaziarem, e a chuva a cair...

As ribeiras a encherem-se, e as gentes e as pessoas a entristecerem-se.E a noite a cair...

Com a paisagem a enegrecer, partem as andorinhas e morre a primavera. Altura de se assarem castanhas, e um sonho de verão - curto, o de São Martinho, e as folhas a cair...

Época de cânticos natalicios, sorrisos de criança nas férias e sisudos os adultos nos transportes. Abrem-se prendas, fecham-se as contas e mais um ano a cair...

Finda-se o ano, numa triste sina anual, num melancolico fado,e num saudoso destino de ver o sol a pino. E alguém diz:"Nunca mais chega o Verão!"

Entretanto pede-se mais uma imperial...E um fino a sair...


(titulo com direitos de autor para uma blogger - texto isento do mesmo e da minha autoria, excepção feita para as expressões idiomáticas que são de todos nós)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Veho do Restelo do séc XXI



Quando pensamos que já vimos e passámos por tudo a vida ensina-nos uma lição e demonstra-nos que as possibilidades de ainda ficarmos surpreendidos é ilimitada.
Curioso como é fantástica a capacidade do homem de nos embasbacar e de fazer pensar que somos um bicho mórbido, pérfido e que temos uma capacidade invulgar e requintada de malvadez.
Neste contexto, e pessoas desta mesma geração ou com este tipo de mentalidade e que aqui há uns anos(poucos- o tempo de uma geração atrás) eram consideradas estranhas ou "freaks" são agora apelidadas de normais quando confrontadas com certos actos e determinadas situações que se tornam corriqueiras e cada vez mais frequentes.
Por outras palavras; quem já cá está há um certo tempo e portanto já passou por "n" ocasiões,momentos e instantes, e em principio já viu quase tudo,fica atónita com esta nossa capacidade para fazer ou provocar situações que não lembram ao diabo.
Não falo do tão afamado "porco a andar de bicicleta" mas sim de coisas mais terra-a-terra, como decepções, desilusões e traições que vemos brotar do próximo, e não é um pessoa externa ao nosso círculo ou bolha social mas sim um vizinho, amigo ou conhecido.
Talvez não sigam o meu raciocinio, pois estou quase a passar da mente para o PC e a medida que escrevo os torpores, frémitos e emoções que sinto e não estou a descrever uma situação mas sim uma sensação.
Adiante:Quiçá se não sou eu que estou velho, mas cada vez mais sinto-me um outsider depois de ver tais actos ou deparar-me com diálogos e procedimentos duma mesquinhez atroz, dum egoismo exacerbado, dum sectarismo impressionante e duma auto-ostracização chocante, pois cada vez mais há gente que se sente o suprasumo e exclui os outros por não se dar ao trabalho de as tentar entender, e se insere num grupo ou numa elite que em nada tem de especial e em que a unica diferença que os separa é serem incapazes de dissecar o outro para o compreender e integrar, sendo mais fácil a segregação pois não obriga a um pensamento cognitivo ou a um diálogo com o outro, que é visto sempre com desconfiança, aumentando os níveis de intolerancia e xenofobia. Não falo aqui de racismo! A segregação é entre pessoas do mesmo credo e ideologia e por uma questão de comodismo preguiçoso. A indiferença também é um apanágio deste novo "Homem". Mas há pior! Bem pior! E espero conseguir expressar-me sobre isso lá mais para à frente.
Distingue-se o Homem dos demais animais pelo cognitivo. Gaba-se o Homem como um ser capaz de criar arte, vida, sentir inumeras emoções, capaz de imaginar e sonhar, inventivo, engenhoso, até maravilhoso! Se colocarmos o avanço do homem num gráfico (X,Y), chegámos a um ponto da curva do gráfico em que tende para o infinito e essa curva é quase uma linha que toca o eixo, ou mesmo está paralela, mostrando que estamos num auge civilizacional, tecnologico, cultural, ideológico e eteceteras.
Porém, ou contudo e voltando ao objectivo deste desabafo, a nossa mente, e por estarmos nesse culminar e zénite ou como lhe queiram chamar, leva-nos a um vazio emocional e ideológico, por estar tudo feito e pensado, imaginado e sonhado, e esse vazio é preenchido com coisas bizarras e invulgares onde a nossa capacidade de imaginação é hedionda, pois há quem por nada haver para fazer que se entretem a experimentar o "inexperimentavel" e a tocar o intocável e que a roça o horror e mesmo o transcende. Torna-nos seres frios, em que já vemos certas imagens ou acções que são terriveis pelos moldes que nós proprios criámos a nível ético ou moral, mas que passam a ser normais. Daí que fique chocado com certas atitudes e determinadas acções das pessoas que nos rodeiam que nunca nos passaria pela cabeça que isso fosse possível.
É triste pensar que daqui em diante, e para dar um exemplo concreto, as imagens que na TV( agora na net)passavam com a indicação que poderiam ser consideradas horriveis, serão passadas em horário nobre e até servem como marketing, e para aumentar o "share" de determinado canal, ou de certo site.
Termino afirmando que não invejo quem nasce agora, ou quem tem agora 20 anos, pois vivemos tempos de alteração dos principios, e adulteração dos conceitos, quebrando com uma ética e uma moral intemporal, que são aqueles principios básicos em que o Homem se deve basear para viver em sociedade, e os comportamentos serão cada vez mais invulgares, bizarros e anormais.
Não quero parecer um "velho do restelo", mas de facto sinto que estamos no final dum ciclo. E o iniciar deste "novo ciclo" não me agrada de todo! Antes pelo contrário, preocupa-me...

terça-feira, 12 de julho de 2011

"Aquele Bar" - Semelhanças da realidade num nicho ecológico surreal



Noto as pessoas no café. Cumprimento uma amiga. O seu par impoem-se e tenta ridicularizar o meu dialogo apesar de nao ter ouvido uma palavra. Nao interessa sequer. Como perdeu a atencao por 5 minutos ve-me como outro galo no poleiro. Que se eleve o poleiro e mostre as penas como o pavão.... Atitudes prepotentes de gente que precisa de se afirmar por insegurança pessoal.
Entretanto entra no bar alguém que vem à procura de algo que nao tem em casa. Como nao encontra busca um complemento ao alcool que ja trazia do lar. Como ninguém interage mete-se com a empregada que le o jornal. Ha uma interacçâo sem duvida: A mesma reage virando à pagina. Sentindo-se defraudado muda do balcao para a mesa e da imperial para a bebida branca. O bar é pra fumadores. E na ausencia de conversacao refugiam-se no acender seqüencial de cigarros onde me incluo, enquanto vejo na tv passa um jogo de snooker para o mundial. Irrelevante para os clientes... Não tem onze jogadores. Entra mais gente, o fumo acumula-se e o drama adensa-se. Há conversas disconexãs derivadas da ebriedade do ambiente. De meros conhecidos passam a grandes amigos com conversa de circunstância. Procuram-se lugares comuns. DE comum só há um lugar. O próprio bar. De incomum ter-se-á o facto de os unir a solidão e o vazio, preenchido por um copo cheio e um diálogo estéril num local deserto de ideias.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Hoje fixo sem Prefixo

Constato que aflito e grito conflito irrito num acto deposito e ato um atrito ao infinito. Nesse Meu Universo em verso sem consenso e tenso no verso apenso no inverso e penso controverso fico submerso. Em baixo não encaixo deixo com sufixo e em desleixo o desfecho. Mino o menino que abomino e combino e assino sem tino assim Termino.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A vida por representar






ah a vida representada:
que subisse o pano e se enchesse de luz!
cheia de cor!
Abro a porta de casa e o sol bate na cara e sorrio,
onde as searas ondulam a minha frente,
onde tudo cheira a maresia e a erva fresca,
e ando descalço de pés na areia
e o céu é sempre azul,
e o mar da mesma cor,
e a minha mente plena de luz e paixão,
e os meus arredores de amor e sem qualquer tipo de solidão.
Uma vida como o arco iris
e onde posso dar a mão a tudo
e tudo me dá a mão a mim
e onde não há as palavras apenas sensações
e nenhuma emoção é demais para se expressar tudo isto queria a todos desejar Contudo nao passa de um pensamento
mas era bom! muito bom! E um dia, num instante e num momento
dum lindo sonho Volto a acordar vou-me espreguiçar Um enorme sorriso ponho mais um bocejo e um desejo
e resta-me suspirar... Pois à vida dou um beijo e tudo e todos vou abraçar!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O Mar

Um dia quando chegar ao mar, vou nadar e disfrutar, ficar a boiar a ver o céu e o sol brilhar. A sentir as ondas e flutuar, mergulhar e ficar surdo de ouvir o fundo, parar lá em baixo e a areia tocar e estar no silêncio a escutar o Mundo. Sentir todos os pensamentos, absorver todo o sentimento. e aguentar a respiração naquele momento. Unir-me com todos os corpos, fundir-me com todo o ser enquanto retenho a respiração! Olhar pra cima a superficie a chamar, subir com as bolhas e de novo inspirar.
Um dia quando chegar ao Mar vou sentir toda a gente a vibrar e a terra girar.

domingo, 29 de maio de 2011

Ode de Solsticio naif

Chegaste do ar

e o teu encanto trouxeste,

e eu sem te poder tocar

assim inalcancável tiveste

Passou o Inverno

e o solsticio

não olvidando esse momento

de ver teu semblante terno

no meu corpo apenas um bulicio

E a alma num frémito e suplicio

Chegou a Primavera

E o equinócio

Tu voltaste alada

Eu Recordei o momento

e já de alma arranjada

Em ti fixei meu sentimento

Quase no Verão

e com o sol em Zénite

O meu ser e alma em ti fisgada

acto continuo no coração gravei-te

Cresceu a emoção

e de coração refeito

Larguei o ócio

quando me atingiste-me no peito

Todo o meu ente mudaste

ao deixar a minha tristeza partir

quero preparar-te para comigo sorrir

Iluminar-te de luz e carinho

dum sopro dar-te todo alento

para em ti entregar num só momento

todo o meu amor e ternura ao de leve,

levezinho...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Esquecimento


Para trás da ponte, estende-se o rancor a mágoa e a angustia, num terreno estéril.
O rio por baixo leva a nostalgia nefasta do que foi.
Para lá cresce a saudade do que cá fica e que está para ser.
Na outra margem o sol vai nascer e brilhar.
Amanhece e a escuridão à luz dá lugar.
Aqui é o sitio para estar.
Nesta margem, uma nova imagem
Sem marginalizar a miragem.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Caminho

Que fazer para seguir o caminho sem cair?
Olhar para a frente, não para o horizonte, mas sim o espaço de cada passo que dou.
E sou apenas um momento aqui. Vivendo fora e dentro da vida, do trilho. Talvez da forma mais fácil, porém seguindo um caminho difícil.Aquele que eu proprio crio.
E páro, sento-me no bréu, à procura. Sento-me tal como um velho, cansado e frágil. E questiono todo o trilho até agora, procurando a causa de tudo isto, e fico na escuridão, esperando fundir-me com ela e desapareça ou me apague. Não.
Num novo começo, há um outro fim? Talvez um meio, melhor. Sem grandes caminhadas. Não vulgar mas mediano. Sem subir demasiado e contudo tentar não descer.
Tão dificil que é encontrar o caminho, sem medo e sem lágrimas. E que chegue aqui, a este ou aquele caminho, o meu; Seguro, mas surpreendente, mediano mas invulgar, acertado e no entanto especial e único. Quem sabe se ele existe ou não é impossível? Não sei.
Talvez seja melhor esperar. Às vezes é melhor sentar-me, aqui no silêncio e no breu, olhando o nada, e aos poucos tudo encontrar. Ver tudo convergir e muita coisa fugir, e sei que não consigo tudo agarrar!
É melhor esperar, e talvez encontre, um caminho para achar.... E descobrir.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Rota da vida

hoje não durmo. Talvez por sentir que algo corre mal. Talvez por imaginar um mundo diferente. Talvez por querer uma existência que seja normal, sendo "normal" algo que toda a gente tenha e nem se preocupe em vir para o blog às 2:28 da manhã dissertar sobre ela.

Toda a gente tem diferendos com alguém.
Seria bizarro se assim não fosse pois da discussão nasce a luz.

Posso ser excentrico, bizarro, anormal, complexo, bipolar, esquizofrénico ou seu derivado, mas sei de quem devo gostar e se gostar se devo amar e amando como me dedicar, e dedicando, como me entregar.

Depois duma vida de experiências e ensaios em branco, é bom e sabe bem, juntarmo-nos à mulher que nos faz bem;
que nos preenche.
que nos completa, e complementa,
que é a peça do puzzle que falta
que nos serve de bussola
e fio de prumo
e não nos dá o rumo mas orienta,
e que ajuda a manobrar nos meandros da vida, e que nos alerta dos obstáculos.
e no ultimo instante nos puxa aquando da nossa quase subita queda no abismo.

Pena é que por vezes.... o trilho e o leito do rio nos conduz à cascata,
e por mais que se reme, a queda é inevitável...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Ardil temporal


Passa rápido o Passado. Olha para o lado e anda em frente devagar. Rumo: O futuro e o presente em mente. Sente e mente. aproxima com uma lente, lenta. Numa hora. Sabe agora, sabor amargo. A mar e a hortelã-pimenta. Experimenta e tenta mais uma vez. Aos três. Salta. No escuro.no FUTURO. ouve dizer no presente do indicativo, uma indicação, tudo afirmativo, num laivo negativo. Fica na mesma, e avança como a Lesma, cai, recai, descai. "Até aqui tudo bem" a queda é acelerada o embate travado. Cravado no chão, levanta-se e anda, renasce, reaprende, cresce. aparece. adormece, acorda, lembra-se e volta a passar pelo passado, assim ou assado continua num drama, tramado...

terça-feira, 29 de março de 2011

pescadinha


havia greve contaram-lhe. E eram mais de 3. tudo parado e mais avançavam. Deram a volta à procura. Chegaram em busca. uma equipa, um par, uns parceiros, parelha, companheiros, sozinho estavam. Camaradas amavam.Enquanto isso o comboio apitava,havia partido. A gente quebrada, a greve cortada. Não sabiam dele e falaram-lhe depois de dizer que não. Quem foi nunca se soube, havia porém. E suspeitava-se também. Embora numa nova situação, o estado era. Liquido? um gelo nessa noite, em placas e chuviscos. meteoritos e caracois em helicoidal. Tudo á volta. Em circulos. Tonto. Estúpido. Tolo. Em rolo, rodava sobre os carris, e havia greve e contaram-lhe E eram mais 3. tudo parado e mais avançavam. eram a volta à procura. circularam, em circulos, à volta em orbita, em tudo...


Acorda e está algo diferente...não pode correr...Sem saber que fazer dá a volta à gaiola. procura algo em volta que o distraia e nada encontra. Decide armazenar comida no seu ninho. Passam os dias e à medida que a comida aparece guarda-a. Já nada cabe. Tira o algodão para colocar ainda mais comida....assim sempre se entretem. O ninho está cheio e passa a dormir cá fora. Como nada o satisfaz tem de arranjar outra ocupação: O algodão irá para cima do ninho, e dia após dia, coloca-o em pequenos montes por cima do ninho. O tempo passa e nada há pra fazer, decide outra coisa. E se puser o algodão no ninho e a comida por cima? Durante dias assim procede. A tarefa é completada. O inverno está aí. Decide fazer o inverso e pôr tudo como estava. Termina a tarefa e é tempo de hibernar. Mas não está preparado. Que fazer agora? Roi os arames da gaiola. Troca a comida pelo algodão. O algodão pela comida.Não! Dá mais uma volta à gaiola.Não! Decide roer os arames. Não! Colocar a comida e tirar o algodão? Tirar o algodão e colocar a comida?!! Não! Está perdido. Começa a roer as unhas, depois as mãos os braços e antebraços, os pés e as pernas....Não se mexe nem pode comer, roi a cauda e come-a. não passa dum corpo disforme e amorfo.Acaba por morrer...

Passam 3 dias é cadáver ressequido.

O algodão em cima e o ninho cheio de comida.

Ninguém o lamenta. A roda vem de arranjar e voltam a coloca-la para o rato correr....

tarde demais...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Desespero na Primavera


Morreu uma andorinha porque nada a seduz. a primavera definha enquanto o bréu ocupa a luz. grita sem esperança e a voz nada alcança. o tom segue como como um eco emitido por um morcego que em vez de bater na caverna prolonga-se pela eternidade do Universo. sem fé nem tão-pouco crença. Apesar da rima nada é verdade neste verso. nem tudo o que reluz é oiro e nada vê e é cego. aquele que ontem está cima estará amanhã e para sempre submerso. o que foi colorido em tons de alegria é agora o bréu com laivos de monotonia. As cores esbatidas, as horas passadas, o tempo perdido e o caminho longo num espaço demasiado comprido. para sempre, e a andorinha morre hoje amanhã e sempre...

terça-feira, 15 de março de 2011

A minha primavera


à espera da primavera, vim ver o mar.

ainda não chegou, e mesmo assim já me faz desesperar.

Aguardo com obcessão,

procuro no horizonte também pelo verão

andam sempre juntos, ele e a primavera

porém nunca se encontram só no dia de transição.

vou no comboio do tempo, num desenfreado vagão

só o pararei num equinócio ou no solsticio de verão.

a primavera aproxima-se no tempo

mas ainda longe no espaço

faz-me e sonhar com ela e por ela suspirar

e entretanto que eu faço?

talvez procurar os sinais

como a andorinha no ar,

as flores na terra

e os e os pardais?

Prestes a nascer e a chilrear

enquanto não chega tento continuar,

e não páro nem posso parar

o inverno passa e chega de hibernar

As cores, as novas formas e odores recentes

trazem lembranças dum passado e de coisas ausentes,

as nuvens negras em cima são dissipadas por recordações

memórias de conversas à beira-mar,

e com a primavera passear

ouvi-la vê-la e receber tudo o que tem para dar,

e a ela ofertar todas as minhas sensações e emoções,

e continuar estupidamente a partilhar,

ou apenas ingenuamente a contemplar

o contentamento eminente

o rejubilo ausente

a alegria presente

tudo! e mesmo tudo está aqui para ficar

pois se vem a primavera

e em mim reparar

vou dar uma volta à terra

rodear toda a esfera

e ir até ao Sol sorrir e continuar a esperar

domingo, 6 de março de 2011

hoje

A noite é escura e sem ideias claras. Em castelo que se compõe e arranja, atitudes e vontades que tentem contraiar, e força a corrente. alterna. Muda, REvive!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

sentimento


A noite não aquece e as ideias não acalentam. Nada de novo no panorama, sem visão e tudo um drama. Auto-destruição emocional num instante cavernoso e sepulcral. O muro à frente e saltar fora de questão. Fixa-se um tijolo e vegeta-se. um urro e dois depois e a parede aumentam. Sobem e crescem de tamanho, altitude,atitude, falta dela, vontade, que é dela? cadela, cão, caravana que se passa. nada e o cosmos à frente ficando atrás, a luz acelera e não se acompanha, não há como a apanhar. foge, recuo, sinto, sento-me, não. deixo-me ficar, vejo-me lá de cá, longe. Onde e quando não são referência, apesar de experiencia cai-se sempre no mesmo buraco molhando o sapato, descalço pela frescura da noite que arrefece e a não as consigo agarrar, parecem querer fugir parecem escapar. nada se armazena, nada se guarda, procura-se o breu como resguardo e a miséria ela só como aliada e companhia. Parte também e lá de dentro não se vê as cores, só dores, lamentos e maus odores. ligações de palavras que vão pelo vento, sem visões que não acalento, deixo-me ficar aqui. neste instante, contando mais este momento.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A alternativa?


Nasce-se ao acaso num qualquer local sem nome e/ou designação.
Inocente e ingenuamente olhamos para todos como iguais não discernindo o bem do mal no outro e em nós. Sendo observados da mesma forma, naqueles breves segundos em que estamos nus e choramos.Nessa altura nibguém nos cataloga seja social, racial,cultural ou ideologicamente.

Crescemos.

Somos ensinados com os principios dos pais, os cheiros bons, as cores relevantes, os animais maus, as pessoas que não interessam....E fazemos uma selecção.

Chega a escola e os valores são alterados; os cheiros, as cores, os animais e pessoas, esses,maus ou bons, relevantes ou não, serão outros, diferentes. Estranhamos mas devido à novidade e dislumbramento do nosso ser e do pensamento, e capacidade de raciocinar, aceitamos.

E Regredimos....

Ensinam-nos valores como os pecados e a intolerância. A inveja e o desdém. A catalogar o nosso Mundo, a distanciarmo-nos do Universo. Aprendemos pela primeira vez a Odiar.
E estamos quase prontos a entrar na sociedade.

Em adultos convivemos com gente mediática, e quem se acha detentor da razão, seja lá isso o que for. Lidamos com gentes diferentes, discursos variados, percursos distintos...Em criança veriamos pessoas - Em adultos vemos conceitos díspares: Surge a segregação duns pelos outros, a separação do trigo e do joio, a repulsa duns afasta-nos, a raiva doutros alimenta-nos, o ódio de todos conduz-nos e agora sim!

Estamos pronto a enfrentar o Mundo.

Trazemos connosco uma mescla dos piores defeitos da humanidade, e somos incapazes de aceitar ideias diferentes, momentos alternativos, desvios ao padrão, e sem amor para receber e dar, sabemos simplesmente odiar, guerrear, sem fé nem esperança no futuro e sem a mão para dar.

Se é tudo um designio?
Depende só de nós esta situação mudar.


E Se não buscassem no exterior a solução e se não olhassem para fora e para o céu ou para o ar, e apenas observassem em baixo e cá dentro para variar?

A Vida - Florbela

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo ou o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo "Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

surrealizações

fica a saudade,
crescem as emoções,
procuram-se sensações,
encontram-se desilusões
e entretanto saio de casa e
vou ao pingo-doce
esta semana sem cartões e outras promoções...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sê Fé

Não sou um António Aleixo
nem sei tão-pouco versejar
não digo nada nem me queixo

contudo vou dizer e falar

Alguns na loja entram
e fazem o seu trabalho
outros por lá passam
mandando todos pro c******

Quem é amigo do seu amigo
e os outros tenta proteger
em breve vêm ter comigo
e decerto te vão f****

Alguns fazem pela calada
e cometem ruindades
e no fim dizem até amanhã
fica por aí.... e mais nada

Quem nada deve e nada teme
e faz a sua função
tem de estar bem pacato
pois quem vai no leme
fará dele gato sapato

Tem de haver um bode expiatório
não haverá qualquer dúvida
e quem seja "observatório"
e sabendo com quem se lida
uma no cravo outra no rico horário
e terá a uma rica vida
quem seja honesto será precário
e tem a semana fod***

Não é preciso inteligência
para ver quem trabalha sóbrio
basta haver diligência
em topar o tipo ébrio

acusar é facil
basta apontar o dedo
acertar é que é dificil
coragem de ver pelos vistos mete medo

Uns fazem trinta por uma linha
ou limitam-se a existir e a zelar
outros para ser chibo e galinha
mais louvores vão levar

O trabalho feito
e horario cumprido
não chega para ser satisfeito
quiçá ser bufo e depois fod***
e ai sim será o funcionário perfeito

Uns olham para os objectivos
outros pra quantidade
alguns continuam fodi***
se primam pela qualidade

Não interessa quem produz
valoriza-se a ignorancia
não interessa que vejam a luz
ou trabalhem para a eficiência

Uma rica loja é
este posto de trabaho´
seja um c cheio de fé
vão mazé todos pro ca*****

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sonho


hoje o céu parece-me mais longe. O chão estará mais perto? A visão desfocada, como se as cores do mundo se juntassem tirando a forma as coisas. Os cheiros intensos como que mais fortes e semelhantes, e todos me puxam para eles como se fosse preciso toca-los para os sentir. Os sons estão estranhos vindo de todas as direcções e confundindo-me fazendo-me escutá-los em uníssono causando uma barulheira imensa, os tons, os ruídos, os sibilos, os chiados, as vozes -Tudo misturado! Parei para pensar, e saber de mim. Não me recordei do que era nem lembrei nada familiar, assustei-me. Nada reconhecia, e ninguém entendia. Seria este o meu mundo?
Sentei-me num poste de iluminação, fiz um casulo e hibernei. Lembro-me que o ultimo pensamento foi: "Amanhã voarei", deslizei e caí num sono profundo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Eu votei cavaco por que sei que amanhâ o dia será risonho!
E a afronta do caso BPN estará em breve terminado.
A Função publica não terá mais cortes no seu ordenado.
E a vida será plena de o futuro de sonho!

Elegi o Cavaco por que é honesto,
Embora crie mais um tabu,
O País não será mais um resto
,e apesar de na cauda da europa não será um mais o cú!

Optei por cavaco
votei em consciencia
o Escudo foi um pataco
e com ele
o Euro será de excelência

A partir de agora
verei descer a gasolina
nem vejo a hora
de a consumirmos como Heroina

O cavaco é do Povo
e é quem mais ordena
Viveremos num admirável mundo Novo
e do passado não teremos pena

Sendo o Homem do Leme
Veremos a ecomonia crescer
Até a Alemanha nos teme
Por tal homem eleger

Havia só um candidato
que nos tirará da miséria
basta para ele ser-lhe inato
tornar a assembleia numa coisa séria

Já nada há a temer
são cinco anos a governar
muita opulência na europa ira tecer
enquanto o povo com ele singrar

Com ele na presidência
nem de o governo precisamos
apenas dele e da sua anuência
quando nos ofertar Bolo-rei e com ele mastigamos

Nunca eu fui poeta
porém com este homem no leme
tudo o resto é uma treta
e o centro do mundo estará em Boliqueime

O Povo está feliz e contente
a malta está num torpor
satisfaz toda a gente
e Portugal é somente paz e amor

Muita gente tomará este verso
com muita ironia e sarcasmo
O objectivo é esse mesmo
(A medalha terá sempre o reverso)
Muitos o vão ler e ter um orgasmo
Pena é que um Pais fique num Marasmo!


Autor: Anómino (com medo de represálias)

domingo, 16 de janeiro de 2011

A Mulher de vermelho

Estarei apaixonado? Ou antes tudo sonhado?
Num domingo começado e terminado, em mais um dia passado de nascente a poente e sempre numa constante de vazio e inconsequente.
Um domingo lento, enfadonho e pardacento, pleno de nada e sonolento. Tão díspar e frio se comparado com outro de antigamente e que contigo era tão diferente . Num tempo e num lugar em que entraste de rompante e mostraste-te forte e num instante, deixando a tua marca impressa, o teu sinal gravado, a tua presença imposta, com o teu cheiro em mim impregnado em todo o meu ser e o meu ente, foste a minha agua o meu sol e tudo de repente.
E neste domingo fiquei esperando acordar deste tormento. estar ness´outro lugar e noutro momento.Pleno de calor torpor e alento.
E neste domingo, por fim, senti-me novamente apaixonado, num pleno acaso, numa passagem de ocasião, já depois do ocaso dei com esta nova ilusão. Um miragem pensei eu, ou um sonhar acordado, não esperava ver eu tal ser tão encantado; passou de mota, e de vermelho trajado, parou na rua, e ali! Aquela a Única a mulher de vermelho ali ao meu lado!
Tanta sensação me percorreu como que um deja vu observado, que enorme emoção ali se viveu que me deixou assoberbado. Naquela imagem de vermelho se projectava toda uma vida, em tons de carmim se inspirava a minha alma enquanto a face se tornava lívida.
Por momentos, tudo parou, e a noite virou dia, e neste domingo sempre eu ficaria e tudo pararia, pois do breu transbordava alegria e eu só de luz transparecia.
E desse domingo aborrecido e duma boleia de ocasião veio-se a transformar no meu domingo de eleição.
Os olhos ainda habituados ao banal, quase não entranhavam esta visão, e a alma já coberta de breu estranhava e tratava esta bela e real imagem com uma miragem ou ilusão. E como num conto de fadas, tudo enfim estaria terminado, pois não seria um princepe encantado e mais uma espera por D Sebastião. E então,Como tudo começou, mais depressa acabou.
E este domingo assim se passou, e por momentos a paixão, e aquela bela visão, daquela mulher motard passou a ser fruto da minha imaginação.
E depois desse Domingo veio a segunda sem mulher de vermelho. E ao acordar, fiquei apenas a olhar, o meu triste e sonhador semblante ao espelho.