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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Uma dormência Crónica, e então?




Acordo e gelatina nos olhos. A Face colada à parede. A almofada, encostada e ri. O pânico dormente.Levanto-me os membros não respondem. A cama abre a janela devagar. Entra o ar e não respiro oxigênio, mas o fumo acre e castanho da madrugada enxugada e rasgada em pedaços. Gélido. Fragmentos que gemem para lá. Refresco-me. Ruídos que chegam do outro lado. Recordo tudo. Arrasto-me pelo quarto, metade de mim fica. A outra parte discorda. Parto-me em caminhos separados. Personagens tripartidas, ideias paridas. Penso que vejo. Relembro o ontem. Despego-me de mim. caiem os Glóbulos oculares, e vermelhos para o chão. A nódoa fica negra. Viajo dali. Fujo. Não consigo esconder-me. Persigo-me aos poucos. No chuveiro as gotas ardem por cima. Derretem o visco, juntam-se os pés. Grudam-se. Contorço-me com ardor. Receio a falta do prazer. Continuo sem ver.Esfrego-me. sem resultados. Acordo de novo. O pesadelo renasce. Volto a rebolar. Junto-me finalmente. Chego ao fim. Pergunto onde estou. As frases são soltas e escuras. Sem ouvir deito-me de lado. Adormeço, a emissão prossegue dentro de momentos.

1 comentário:

Unknown disse...

Gruda desgruda o medo
alfredo
corte no dedo
a bolha descola a escolha
segue a bolha balão
joão
cai no chão
a pinha não se parte
o pinhão
tens a vida na mão
pulha
cuidado com a faúlha que arde
cobarde e já não é tarde
nem é cedo
para o soninho menino
aquele pequenino
ferido na mão
perdido no preto
o crime que cometo

reticências

B.