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terça-feira, 8 de julho de 2008

Torre de Papel




Uma conversa de café, muita falta de chá. Uma ligação à net, numa rede de pesca artesanal. Já passou o natal, até o carnaval, vem as férias, um periodo fatal. Uma torre de papel se ergue no meio de uma carga hormonal.


"Subindo ao zigurate, um semi-deus, ou um rei que vai nú! Transmite matéria excepcional tudo e mais alguma coisa a cru! Coisas ancestrais, relembram o bezerro, cenas teatrais sacrificam o cordeiro. A discórdia e o caos, avançam, a paródia os cães e a caravana passa. Troca de mensagens por pombo correio, informação que chega por sinais de fumo, palavras a vulso e a metro, medidas e calibradas com um fio de prumo. A torre erguida, os azimutes tirados, o zénite em cima, e os outros queimados. Falam mas o plasma ardente, consome-lhes a lingua. Gritam bem alto em agonia, e no entanto, o som é abafado, e consumido, pelo fervor exacerbado da propaganda cantada pelos altifalantes distribuidos no meio da multidão adormecida. Aborrecida e irritada pela autocracia destilada."




A revolução avança, o povo de lança, a evolução é precisa, e nem toda a gente dança.

(extracto de A revolta na bloguilunda, relatada por Perdigão Cardozo Ramos, cronista e feiticeiro-mor do reino, Lumbi, séc. XXI)

2 comentários:

Anónimo disse...

E no meio disto tudo ficamos no Babel ou no Papel?

Cruztáceo disse...

Vá-se lá saber...é pintada a pastel...