sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
rabiscos sobre um amor
Viveu sempre uma vida individualista, mas não egoísta, talvez egocêntrica pois habituado que estava a tratar só de si.
Porém avançou de estádio, ou estado( questão de semântica agora irrelevante) de consciência, e de posse emocional para um estado "duocentrista"(neologismo ou estupidez como queiram) e tendendo mais para o outro- O ser amado(ou de quem se estava ou está apaixonado). E ama de verdade. Não sabendo contudo se o contrário era verdade e se preteria a si para colocar o outro em primeiro....
Verdade seja dita que isto das colocações em primeiro lugar tem muito que se lhe diga. depende dos nossos ideais de vida e de vivência.
Nunca tendo sido do material e do estético, dava portanto previlégio sempre ao emocional e ao funcional. A casa para si, era Quem a habitava, não o que a compunha...ou seja, pertencia às almas e não aos objectos inanimados. Logo, as visões são diferentes, tal como o modo de encarar a arrumação e organização dos interirores da casa. Confundia-se preguiça e desleixo, com despreocupação e alienação, e não com a ocupação da mente com funções mais sentimentais. Muitas vezes interpretava-se como inércia a falta de cuidado ao interpretar-se ou o tratar dum corpo imóvel na casa, mas tratava-se ou olhava-se como vegetal quem por vezes, e apesar de animado tratava-os com indiferença ou despreocupação, mas nunca com descuido . Visto portanto, quase como um espectro que não dava andamento ao percurso que idealizava. Não só em casa com também muitas vezes fora dela.Percurso esse que tem vários caminhos. E : "tortuosos são os caminhos do amor ".
Um estado vegetativo para um poderia ser um estado de contemplação para o outro.
Perfeição de um em desprimor de outro? Não. Conceptualizações diferentes, da forma de estar e no conteúdo do ser.
Se impossíveis de conciliar? Dependendo da capacidade de tolerância e paciência e de compreensão do outro.
Se um estilo é melhor que o outro? Perspectivas, mas nada impossível de lidar.
Principalmente quando se lida alguns anos e certas coisas já devem ser esquecidas e cuidar do que é realmente imprtante.
Sobretudo quando já se viu todas os modos de actuar e todos os métodos de estar. Se nos regemos por algo rígido a nível de adaptação a um meio que não o nosso, será mais complicado moldarmo-nos a alguém, que não nós próprios, com um modus operandi díspar do nosso.
A capacidade de selecção de um método comum, depende da disponibilidade e da entrega dos mesmos e de cada um. Quem não se mostra flexivel, provavelmente sofrerá de solidão, uma vez que viverá segundo os seus moldes, e não tolerará outros modelos.
As adaptações ao outro não têm necessáriamente de se dizer ao aoutro nem de se explicarem, muitas vezes, as modificações subtis, e aproximações suaves e lentas talvez sejam mais eficazes, com a vantagem de não provocarem no outro reacçõe adversas e aos poucos as modificações e ou melhoramentos são efectuados, mas por serem mais graduais e lentos provocam, reacções no outro, apesar do objectivo da subtileza, fosse evitar o conflito, e na mesma os atritos surgem... e ao querermos seguir na mesma diecção do outro, estamos a remar contra a maré e ir contra a sua vontade
Diáriamente surgem provações no casal que se podem tentar resolver duma forma pragmática e se possível não verbal, e quando estamos perante pessoas com um forte carácter e uma firme personalidade, melhor será se se evitar que essas se tranformarão em confrontos, atritos , discussões e disturbios na paz ou harmonia do casal. Problemas estes que são facilmente afastados, se se focalizarem nos problemas em si e não em quem, derivado à sua personalidade, tem como objectivo ganhar uma batalha semantica e não tiver em mente a efectiva resolução da situaçao que se debate. Aliado isto ao facto de se ao invés duma tentativa de se concordar com o outro na forma da expressão lexical, e se tiver em conta que se poderão entender, ou ter preconcebido anterioremente, uma forma de ideologia de se saber estar e ser sem a comunicação verbal. Seja esta comunicação um entendimento com um olhar, uma expressão facial, um gesto, ou , não passe duma aproximação, hormonal, sexual, ou unica e simplesmente uma tão forte harmonia que dispense qualquer tipo de comunicação convencional.
Todo este discurso é quase esotérico, mas por vezes dá-se mais valor ao entendimento verbal que ao singelo acto de dois corpos se atrairem sem mais qualquer tipo de artificios. E quando se conhecem, e já passaram pela fase da verbalização aquando do início da vida a dois, e em que se procura o entendimento mutuo, para acertar agulhas e limar arestas, nada como o silêncio, que deixa de ser compremetedor, e só demonstra a harmonia e sintonia do par na realização de qualquer tarefa, até a mais simples, a de simplesmente se tolerarem a ponto de as suas diferenças, e das suas formas de ser e eetar diferentes, porque no fundo estamos a falar de dois individuos com raizes culturais, sociais, emocionais, ideologicas, religiosas e até de principioa morais que podem ser radicamente opostos, mas que no seu cerne, no seui intimo, no seu amago se atraiem. Porquê? Porque é assim o amor... e é triste quando factores mais ou menos graves, pormenores muito ou pouco importantes, interesses mais ou menos diferentes, os separam...Só demonstra até que ponto não se tinha em conideração o amor, mas sim a aparência duma relação que se queria ou não bela, que era ou não perfeita, que era ou não aceite, por eles, ou mais grave ainda, quando se levava em conta a opinião de terceiros. Seja qual for a razão, e pelo facto de, e apesar da convivência ser tolerável, a partilha excelente, a entrega e dedicação considerável, a relação termina. E quando vimos a saber que existe a solidão a infelicidade, a frustração e até a procura dum elemento externo para a procura de conforto emocional, e se termina e quebram os laços que os unem, fica-se numa extrema crise esxistencial em que se tenta descobrir no que falhou, quando no final de contas se vivesse apenas um acto que era unilateral...E só se pode especular acerca disso..e com o afastamento surge a incredibilidade do acro em si, seguido dum tremendo vazio uma maior angústia e uma tremenda impotência em compreender o incompreensível.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Estorinha daquelas para quem me deseja mal . edição cut-up
amor 2!
Esta visão não tem só como base o aspecto temporal do antigamente( e a tão famigerada Idade média, ou mesmo a época salazarista que ainda é vista por muitos, com saudosismo e que ainda cria acesos debates, e como uma época dourada da nossa sociedade), em 2011, ainda há gente que se junta(une, casa, etc) e essa visão não perdeu força nem está descatualizada, em que se coloca à frente das pessoas o aspecto económico-socio-cultural, retirando mérito ao amor livre, e livre arbitrio , e querendo dar enafse a este aspecto, caindo no erro de ser enfadonho e de me repetir:As famílias retrógradas que põem a heraldica à frente do interesse pessoal e dão mais importancia ao aspecto material em desprimor do espiritual. Falo portanto num ambiente conjectural em que as pessoas que vivem ou que querem viver numa relação, e devido ao enquadramento moral, ético, cultural e social, são vitimas dum ardil com um fito unica exclusivamente materialista e de vontades alheias às suas. Onde são tratadas, como um investimento, de cariz material e não emocional. Tendo unicamente preocupações de ordem moral e ética primárias, onde a união era vista como uma vantagem de ordem variada designadamente:Terras, gado, ou bens pecuniários. Famílias essas, educadas com princípios rígidos e cujos problemas que poderão ter, não são os das duas pessoas envolvidas mais sim os de terceiros, os seus familiares ou Senhores feudais, em que o casal acaba por viver num mundo de aparências e estão juntos para manter uma espcécie de status quo, fradulento a nível emociono-sentimental, vivendo uma encenação que não passa de uma espécie de alegoria da caverna de Platão, tendo como base a sua vida na opinião dos outros sem se preocuparem nem dando primazia nem valor, aos laços que os unem, fazendo dessa relação uma peça teatral, onde os objectivos primordiais, não tem valor intrinseco ao csal mas sim o que é passado para o exterior, com pompa e circunstancia.
O que é interior e do seu foro intimo,e portanto exclusivo do casal é apenas uma visão fútil e banal do que deve ser a sua união. Em suma, e falando muito friamente, a sua união é uma fusão, vivendo dum mundo ilusório em que o casal vive apenas numa mundo criado artificialmente e abstracto, onde o interesse primordial é a conservação da relação a todo o custo, sem haver uma real e verdadeira parceria, sendo portanto dois seres, sem vontade própria e sem uma consciência comum verídica, não passando de um par, que é uma relação edílica e perfeita por fora, mas plena de amarguras, por não haver qualquer tipo de sentimento que os una, e objecto duma concepção apenas material, renegando para segundo plano o aspecto sentimental e amoroso.
As relações hoje em dia baseiam-se não só no amor(um conceito abstracto), e na paixão, que é perecível(um sentimento que não passa de uma atracção física e química que se extingue)e que depois de alicerçada,é transformada e cimentada em valores bem mais fortes, tais como: a confiança; o respeito mútuo; o espírito de equipa, a confidência, o carinho, a saudade, a ternura, o afecto, a sexualidade que transcende perpetuação da espécie e sem intenções de criar uma descendênciae um filho varão mas que seja apenas fruto da paixão, da vontade, da demonstração desse sentimento tão mais nobre que é o prazer e gozo de se dar ao outro a mais bela das sensações, muito mais nober como disse, do que deixar o brazão da familia para outra geração e a continuação duma arvore filogenética que quanto a mim não passa dum valor para deixar um registo genético que roça o ariano- ( queria evitar a palavra Nazi)
O conhecimento desse par, e ao longo do tempo, sofre uma metamorfose, onde se passa da criação dum paradigma e dum elo mais forte e mais perene que é tão e somente a união de dois seres num só, com os mesmos ideiais, a mesma ideologia, os mesmos ansejos, os mesmos princípios, e até (fazendo uma parábola: pilotando o barco fazendo-o chegar a bom porto, mesmo através das tempestades e das condicões adversas) atravessar um marasmo de problemas, situações de conflito, habituação ao outro, através da aceitação dos seus defeitos e virtudes e características .Além de, e como o passar do tempo,conhecimento e reconhecimento do seu feitio e modo de estar, e a sua maneira de ser, o seu saber, a sua entrega etc etc. Até que a certa altura a criação de laços emocionais e a adaptação por convivência diária que transcendem o amor, e em seu lugar forma-se uma necessidade de estar, um hábito, e também cria-se desleixo e más formações. A relação baseai-se em pontos que se têm em comum, e não em paixão ou amor, pois a paixão como disse aqui atrás é um sentimento perecível e o amor é abstracto, e nunca se deixa de amar, apenas o que acontece é quando surgem sentimentos de repulsa, ou de nojo, ou mesmo de facotes externos quando os pontos em comum tranformam a relação rotineira e procuramos em terceiros algo que nos alimente a chama, e que se sinta que se é apreciado, quando isso acaba o amor extingue-se não porque não exista mas porque somos aliciados por algo que nos traz coisas novas, pois o homem é um animal de hábitos, mas precisa da inovação e também de estímulos que lhe elevem a auto-estima e o amor próprio( incompleta enecessita de revisão)
sábado, 18 de dezembro de 2010
Quero
Quero viver num mundo branco, com laivos de azul no céu, com cheiro de maresia mesclado de aromas de cevada cortada de fresco a viajar mentalmente num horizonte de planicie alentejana polvilhado de olival e sol queimando-me a face acoitando-me de quando em vez debaixo dum sobreiro ouvindo o silencio e olhando o nada. Sentado a apreciar e afastar-me de mim vendo-me de fora e cada vez mais longe subindo ao céu e olhando o meu corpo inerte Ate ser um corpo ausente e continuar a ascender Ate deixar de me distinguir e embrenhar-me nas nuvens transpondo-as e chegando à aboboda celeste polvilhada de estrelas e estar presente numa delas e nela ve-la como uma fogueira longinqua de alguém que repousa na noite fazendo exactamente o mesmo que eu e que se transcende e transforma também num ponto e olha o horizonte nada escutando e fundimo-mos trocando experiencias do vazio do nada no vacuo. Esperando o tempo que passa num espaço que nos preenche e abarca e acolhe num abraço e num momento pleno de ternura e alento de contemplaçao e onde o vazio do universo traz todas as sensaçoes e emoçoes numa unica particula que me atinge provocando uma explosao imensa e tremenda de felicidade que me faz girar e emitir alegria e fazendo agora eu parte dum astro. Sou o astro nao sentindo nao chorando nada lamentando so estando e sendo a eternidade. Pra sempre.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
zitu -untitled
Eras tudo tudo, tudo e mais alguma coisa...O meu cosmos as estrelas o sol, o céu azul, o mar, as ondas, a agitação, as gaivotas no Porto, o café na praça, a dança na sala com o VH1, o segundo café na máquina, o teu em contacto e o "outro", a gaia pra coruja como eu p ti, um sabor, um cheiro, um torpor, um gemido, uma mayonese pras batatas, um Reiki depois duma indisposição, recordação de todos os pormenores do corpo e da mente, e outras que tais inclusivé coisas como citologia e anatomia ou fisiologia, uma francesinha no verso em pedra, um red bull air race, uma ida a pé desde matosinhos à baixa, um moby e uma dançarina, uma viagem de bicicleta no passeio maritimo, outra a pé pelo passadiço, os meus banhos quase nocturnos com ganesha deliciada na areia, um Srgo e um por do sol, Um muro saltado para o palácio da pena, um travesseiro na piriquita, um inédito e inesperado lamento e um ultimo e inaudito gemido seguido dum silêncio... e tudo perdido...
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Dá deus vozes a quem não tem entes( incompleto e sujeito a alterações de ultima hora)
NãO TENHO JEITO PARA NADA. Das poucas coisa que tenho jeito é para imaginar. E se quero transmitir essa imaginaçãp, não pode ser via pintura contudo e como tenho uma inépcia total para fazer trabalhos com as mãos, talvez tenha com o pés, mas teria de ir para o centro de alcoitão( e desde já pelo mau gosto e sarcasmo o meu perdão) também não sei pintar, esculpir, coser, alinhavar, sou mesmo disparatar, pois até me custa saber amar com ou sem corantes....Com tinta só a de choco, embora não conste do meu menu. Bah...
O que seria
certo é
deveria
Tentei escrever um "post" sobre ele.
Como me da gozo escrever ia, numas poucas linhas escrever.Numas poucas linhas dissertar e analisar.
Tentei reescrever um texto de alguém, ou fazer um plágio, parecendo que não, não teria trabalho, colocava uns floreados peronalizando a coisa e parecia algo mais além! Mas não, versejei Porém!
Daí que vá tentar fazer um Poema,
ou mesmo um soneto,
ainda este ano não escrevi nenhum,
Dai que, como quem canta fado em alfama,
e dado ser só um,
põe-se de parte o dueto.
Talvez nem seja nenhum
nada nem ninguém,
duma nódoa
espera-se por alguém
e da mácula
só se desespera
ou obtem-se desdém
va
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Dar a mão à PALMA tória II - e derradeiro
Com tal personagem o diálogo é inexistente e fatalmente impossível.
NUm exemplo prático, pede-me que me cale pois interrompo-lhe o seu discurso. Discurso esse que muitas vezes é baseado em opiniões não fundamentadas e com o intuito de ser o centro das atenções e asssim aumentar o ego. Gasta hora em argumentação conflituosa que redunda numa perda enorme de tempo, por haver um vazio na informação e ninguém para ouvir. Muita gente acena a cabeça em sinal de tomar atenção, mas não repara que os olhos buscam o infinito e o aceno é somente um sinal de comunicação.
Sinceramente com tanta verborreia, futilidade,discurso pseudo-sindicalista isento de mensagem, intervenções descabidas ao estilo panletário e outras tantas, mas tantas qualidades , faz de tal personagem um objecto de estudo excelente.
Porém não conte comigo para cobaia ou sujeito que ampara os golpes, ou mesmo se revê em qualquer tipo ou estilo de vida que demonstra ou emita.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Dar a mão à PALMAtória
Tem um fito. Que é dialogar. Vou falar muito e provavelmente dizer pouco…mas faço o que me é possível a bem duma boa relação social e profissional, não só comigo como também com os quase 20 elementos que compõem esta equipa, por falta de tempo ou por acharem que não vale a pena o esforço, não intervieram, embora esteja certo que subscrevam esta missiva..
É em formato de carta, não passando dum monólogo, mas é a única forma de chegar ao “diálogo” contigo sem entrar em desespero ou virar as costas. Ninguém tem paciência para ti e geralmente só tu estarás cego, e decerto não te apercebes, pois fazes-te valer duns princípios bem peculiares, para não dizer bizarros, ou únicos!
Como dizia é em formato de papel, e acontece que dizer isto em directo e ao vivo a essa pessoa, será o mesmo que um monólogo, pois acha-se no direito de intervir. OK, é livre, mas também se acha no direito de interromper constantemente, cancelando assim o diálogo. e corrigindo quando opinamos, fazendo juízos de valor sem conhecimento de causa e por último, anula qualquer hipótese de conversa. Daí que este formato seja o único possível e mesmo assim duvido que chegue em boas condições ao receptor: 1º por ver nele uma imposição, logo uma tomada de posição sobre o seu modo de ser e estar.2º uma Indirecta ou critica e aqui será visto como uma tentativa de intervir, manobrar, ou afectar o caminho que segue, e também será interpretado como um ataque pessoal. Faço estas considerações pois espera-se tudo de alguém que se acha dono e senhor e detentor da razão ou verdade. E quanto a mim essa é dúctil, variando de pessoa, ideologia, religião corrente politica ou filosófica, etc. etc. Adiante:
Opiniões e considerações várias.Nenhum homem é uma Ilha (Palavra que em Italiano é bem aplicada ao conceito- Isola) Todos nós precisamos de amigos. Todos precisamos de alguém. Lidar com os outros implica que saibamos lidar connosco em primeiro lugar. Estar bem connosco é fundamental e é fulcral ter uma pedra basilar de valores e raízes sólidas, para nos podermos mexer livremente sem invadir o espaço doutrem ou a sua bolha (aquele espaço fundamental que cada um tem que é não é permeável.
Independentemente de todos nós sermos diferentes, quase todos perfilhamos das mesmas necessidades; amor, carinho, alegria, bom humor, e acima de tudo de nos levantarmos com vontade de acordar, ou seja haver algo que nos motive, que nos faça caminhar, que nos empurre para a frente para não estagnar.
A nossa impulsividade muitas vezes faz-nos chocar com terceiros, e o que para nós pode ser uma virtude é, e visto de fora, imparcialmente pode ser um grande defeito.O orgulho, e a capacidade de podermos mudar de opinião quando confrontados com diversas ideias, não só mostra bom senso, como é demonstrativo de uma personalidade em constante mutação e adaptação. Não só faz de nós uma melhor pessoa, como nos ajuda a obter mais informações para mais facilmente lidar com as milhentas e diversas situações com que nos deparamos ao longo da nossa vivência.Quem vive de uma forma consciente e pensando que é melhor que os outros, ou seja, quem lida com outros tomando por principio que é superior na capacidade de pensar, no raciocínio lógico ou mesmo tendo a ilusão que é o supra-sumo em inteligência emocional, vai, sem apelo nem agravo, ter várias decepções ao longo do seu percurso, que podem dar lugar a isolamento forçado ou por opção, embora a primeira seja a que custará mais, pois ninguém tem paciência para, como disse, lidar com alguém que não deixa ninguém expor as suas ideias seja numa conversa de café, seja profissionalmente. As conversas de café terão como consequência que eventualmente a sua mesa fique vazia, as outras as profissionais, fará com que perca o lugar ou seja relegado para segundo plano, colocado numa sub-cave, ou pura e simplesmente, afastado.
A eterna busca de conflito com os outros, servirá como um exercício para a sua capacidade de fazer regularmente novos amigos, pois os antigos já existem, e também um teste à sua capacidade dramática e de arranjar esquemas que cativem as pessoas. Até pode ser que resulte durante os tempos, mas também os ardis e as pessoas eventualmente se esgotarão.
A irritante intervenção em conversa de terceiros, e a forma belicosa de o fazer, e o que tem como resultado mais que provável será o efeito bélico de terceiros, o que não é favorável a nível salutar, a menos que se veja como um mártir e gosto de viver com o risco como sua profissão. Entretanto os anos vão passando e a “Ilha” estará deserta.Em suma, ou recapitulando, nada como ser uma pessoa que em vez de destilar fel, tenha algo para dar aos outros em retorno, e o facto de se vitimizar, pode agradar a alguns que tenham comportamentos altruístas, mas quando notarem que o comportamento é similar à mosca que está constantemente a bater na vidraça tentando passar para o lado da luz, e em breve e tão depressa como chegaram assim partem. Não há recomendações a fazer, nem métodos 100% eficazes, ou alguma forma milagrosa de integração, talvez o melhor e no caso referido, seja deixar cair a máscara altiva e prepotente, e deixar que venham à tona conceitos como humildade, a aceitação do outro, e um leque de princípios morais e éticos básicos. Sendo fundamental a liberdade de expressão e não uma posição defensiva que nos outros é e será sempre vista como agressiva, autocrata e pedante,UM abraço
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Explosão De Luz no gozo da Lua (e uma ou outra coisa minha e tua)
e os tons pardacentos cresciam dando lugar a luz colorida,
caindo em cenários de fantasia.
Neste nosso caos animalesco muita gente havia.
Um corvo piava pela escuridão dentro, enquanto a Lua enchia.
O Morcego gritava em ultrasom e ninguém ouvia,
mas falava de coisas doces: insectos e poesia.
Um cão tardio uivava à Lua que aparecia.
Um rato da coruja se escondia, um Mocho das sombras se erguia.
E Naquele instante ninguém a Lua reconhecia.
O Corvo pensava que era sol e que não o aquecia.
O Morcego olhava-a e contava aos outros que nunca a via, não conseguia...
Outro cão meio adomercido e até dormente nada dizia.
No meio da barafunda apareceu um rato que disse que se mais baixo tivesse que a comia!
Todos o chamaram de fala-barato e já ninguém se entendia!
A noite e a madrugada em parceria, sorriam ao ver nascer o dia.
O Veu negro passou, o vento amainou, todos se calaram, veio o sol...
E não é que se fez mesmo dia?!
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Na Era do Onirilítico
terça-feira, 31 de agosto de 2010
frases soltas
Desastre
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Férias!
Burokrat
Kayam Sonedra in O meio surreal visto do virtual. 1947
terça-feira, 27 de julho de 2010
pensamento sazonal
terça-feira, 8 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
O Massacre de Junho
quarta-feira, 26 de maio de 2010
A moda a mediania e a mediocridade
A Imensa Minoria
- Chama-se evoluçao e progresso a projectos como o Alqueva, que supostamente era um dos últimos passos da "reforma agrária" ou mesmo uma nova revolução agrícola para o Alentejo! Iria irrigar todas as searas, olivais e vinhas. As pastagens para criação suina, ovina e bovina e produção queijeira e leiteira, além dos sobreiros e respectiva produção de cortiça. Certo é que a barragem está feita e a represa ao nível máximo da sua capacidade, mas passados oito anos, os canais de irrigação estão por fazer e a unica coisa que se produz é energia electrica e água para abastecer os campos de golf que crescem como cogumelos assim como os Spas/Resorts/Condominios privados e seus derivados...Entretanto a agricultura definha...E exporta cada vez menos, limitada que está pelas quotas impostas pela União Europeia
- Temos em Troia, em plena reserva do estuário do Sado e das zonas mais virgens, mais puras e menos poluídas deste nosso canto à beira-mar, um"PIN"- anglicismo pomposo para "projecto de interesse nacional" que interessa a todos menos ao povo. Para fazerem mais um resortzito, para aquela classe e imensa minoria, que é a que mais abunda em Portugal que são os novos-ricos, uma espécie em "vias de extensão" para um turismo de luxo e de soberba qualidade, vão-se drenar os arrozais, ricos em espécies animais e vegetais, parte integrante da paisagem protegida da reserva do Estuário do Sado. É que o arroz ali produzido é arrasado para erradicar os mosquitos que incomodam o turista, e assim para limpar os mosquitos, destroi-se um ecossistema mais global, onde abundam as garças e os lagostins, além de provavelmente afastarem as cegonhas que são como que um Ex-libris e um orgulho para a população que ali habita e convive com essas aves há séculos. Mas há mais! A travessia de barco( Ferryboats Setubal - Troia) foi melhorada. Novos barcos, mais rápidos e mais confortaveis. Porém, não há bela sem senão: o preço aumenta para mais do dobro e o cais muda de lugar, para um local menos acessível às praias de modo a ser mais "cómodo" para o turista de primeira e num efeito "dois em um" afastar o turista pé descalço, tornando essa zona balnear quase excluiva e semi- privada.
- A reabilitaçao urbana é sinónimo de uma salvo-conduto e uma entrada livre para as imobiliárias e construtores civis prosperarem. Contribuindo para a destruiçao de património de edificios classificados em vez de reabilitados. Deitam-se abaixo edificios do séc XVIII e XIX sendo mais rapido e mais barato, sendo só necessária a presença de operadores de maquinas, estou em crer que preferem pagar as coimas relativas à destruição de património do que empregar carpinteiros, Canalizadores, estocadores. pedreiros serventes etc. É obvio que é um tipo de obra mais demorada e que dava emprego a mais gente e numa altura em que é preciso produzir e dar emprego, faz todo o sentido. Prefere-se destruir um pedaço de história e também de uma dezena ou duas de familias que lucrariam com isso, em prol dum Pato bravo( vulgo construtor civil) e seu séquito que engordam! - Assim a especulaçao funciona e nunca acabará.
Os exemplos são mais que muitos: Avenida da Liberdade, Fontes Pereira de Melo, Av da República e agora Rua da Junqueira, menos dois edifícios em Lisboa e mais um condominio de Luxo. Servirá esse empreedimento para trazer mais gente jovem para a Cidade de Lisboa que se desertifica e envelhece? Não... Servirá de segunda ou terceira habitação para aqueles dos resorts( a tal Imensa minoria) que compram como um investimento e Lisboa continua vazia. E depois queixa-se esta gente que lá fora é que é bom, as cidades vibram e estão plenas de locais de lazer durante as 24 Horas do dia, e há segurança, etc etc..Sem querer fazer comparações, e sendo objectivo. Destroiem, constroiem, desertificam e criticam a gestão da área metropolitana, dizendo que é Caótica...Mais uma vez a culpa. Termino fazendo a apologia daquele sentimento bem português de denegrir a nossa propria imagem, do negativismo e de fazer comparações com outros países, com aquela atitude primária do que vem de fora é que é bom e vendo sempre o lado mau do que por cá se faz , desculpabilizarmo-nos de tudo, não nos mentalizando que a culpa, a existir, é em primeiro lugar nossa, e se uma nova mentalidade tem que ser criada e uma mudança e evolução aplicada terá de partir de nós.
- Apelo não a uma revolução mas sim a uma evolução interior que se propague e como um incêndio se alastre a toda a sociedade civil
terça-feira, 25 de maio de 2010
Festim
Na trincheira, o Soldado tinha perdido os seus companheiros. O Capitão mantinha-se há dois dias a olhar pelos binóculo o horizonte do inimigo, a zona tinha sido bombardeada com uma arma experimental, e o seu corpo mantinha-se na mesma posição, olhando eternamente para o inimigo, sem olhos, sem carne, todo ele carvão, decompondo-se. O soldado olhava-o e invejava a sua sorte. Despertou deste seus pensamentos com o barulhos longínquo de explosões preenchiam o seu espaço, olhava em volta e nada. Apenas sons de vozes mecânicas voavam por cima, pedindo a rendição e capitulação. Alucinava. Agachado dentro do seu tanque camuflado e meio enterrado, disparava um último morteiro sem apontar qualquer objectivo e como que a dizer que ainda ali estava. Tapou os ouvidos e seguiu o caminho do projéctil que se despenhava sobre a trincheira adversária. Talvez já vazia e abandonada ou plena de cadáveres. Não sabia o resultado de tal acção nem tão-pouco merecia a sua preocupação.O rádio avariado, transmitia interferências, o radar quebrado em dois já nada indicava. Não iria abandonar o seu posto, teria de procurar munições, avançou uma trincheira e procurou no meio dos escombros algum cadáver recente para se alimentar e munições para carregar a sua M4-mk. Não havia carne nos corpos e tudo estava incinerado e calcinado. Achou um par de granadas e um cantil. Era a sua madrugada de sorte naquela trincheira.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Outro desabafo (sem sentido mas com direcção....)
Os tempos mudam, assim como os conceitos, e penso que há várias formas de analisar a questão, dos outros tempos, a infromação era veiculada por uma franja da população que detinha o poder e que escrevia a história, sendo essa portanto deturpada à partida, pois de isenta tinha pouco.
A democracia chegou, e a liberdade deu origem a excessos, como em qualquer país em que o povo é amordaçado durante 48 anos e dão azo a grandes revoluções, não culturais nem ideológicas mas sim sociais. A democracia impos-se assim como os grandes grupos económicos. Havia a imprensa livre, e cada um capaz de se expressar livremente, mas a imprensa livre dependia de um qualquer grupo e assim se faz uma qualquer conspiração, deitam-se abaixo governos, ou mesmo denegrir a imagem de um qualquer inimigo ou se livrava rápidamente de qualquer pedra no sapato.
Uma vez que não se absorve tudo, nem existe, uma capacidade da parte do cidadão da triagem por falta de formação, ou muitas vez por falta de bom senso. Muitas vezes por esse mesmo cidadão não fazer um esforço para estar informado e esclarecido sendo capaz de interpretar à luz do que lhe é transmitido e de ele próprio fazer a sua leitura, vivendo-se assim na ignorância.
Vivemos tão rápido que a vida do próximo é como a novela, e em que a imagem é mais importante que a presença de espirito e em que o amor ao próximo é uma virtual, uma vez que vivemos na era das redes sociais, e a socialização e o contacto já não é no café, é no ciber-café, o contacto não é real, passa a virtual e quanto a mim passa tudo a surreal...
( texto não revisto, nem actualizado e expressa apenas a minha opinião)
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Quem é Tolerante...Tolera apenas? (será semântica???)
O empregado do mini-preço abriu uma terceira caixa:
"podem avançar para esta pela ordem de chegada!"
Um rapaz que levava 2 coca-colas uns donuts e 2 pacotes de batatas fritas e apesar de estar em terceiro na ordem e antes de mim, adiantou-se....
As duas senhoras antes dele protestaram mas caiu em saco roto.
Falaram da educaçao e da decencia.
Contestei e falei na solidariedade e como era um conceito que estava na moda.
A segunda senhora retorquiu com um seco e banal: para estes nao há nada disso!
discordei dizendo que o conceito que falei nao conhecia raça nem credo. A resposta nao podia ter sido mais acre: São todos iguais!
Disse eu entretanto que iguais era quem via as diferenças pelas cores e nao pelas atitudes...a senhora e o rapaz sairam fiquei com os meus pensamentos, chegando a ser condescendente com o rapaz e a ter pena e desdém pela senhora.
Mais à frente no tempo e no espaço: Pede-se licença para ir à casa de banho. Resposta maquinal: sò para clientes!
Sem alternativa e aflito faz-se no descampado junto à estaçao de alcantara... "olhem para aquilo! que animal!" dizem ao longe.
As portas do comboio abrem, e antes de alguém conseguir sair, uma senhora força a entrada, acto contínuo e pela 3ª lei de Newton, é empurrada em sentido contrário ao dela com um" com licença" sarcastico.A Senhora vai sentada e no restante trajecto resmunga e declama dramáticamente. Ao telemóvel fala de trivialidades mostrando à restante carruagem que hoje tinha vindo de comboio e que era horrivel viajar com o povo: "Bruto, analfabeto e insolente". Gente sem classe decerto!( faltam carruagens de 1ª, chamo à atenção a CP por essa falha imperdoável). Enquanto isso come um Épá, sai na sua estaçao e deita a embalagem para o chao. É chamada à atençao para esse facto.Talvez por alguém que passou à frente na fila supermercado e provavelmente quem a impediu de sair quando entrara no comboio. Gente fina é outra coisa!
"Vivemos no melhor dos Mundos" parafraseando Voltaire
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Soberbo concerto dos Atma - correcção e actualização
Gratidão por ter como amigos uns excelentes artistas, apreço por não ter perdido um concerto memorável!
Dez da noite as luzes apagam-se e começa não só um concerto musical mas uma ode às diversas artes. Com o Jorge a imprimir o ritmo na percussão, a Berta na voz e na apresentação da banda e a introduzir os temas, criando uma diálise entre o palco e a audiência, o Hugo nas guitarras e acordeão numa performance excelente, a Caroline também na voz e guitarra além da dança trazendo consigo mais 3 bailarinas que preencheram a sala com mais cor e enchendo o palco com movimento, O João Novais no Contra-baixo, assim como o Guilheme da Luz no sintetizador, que apesar de não ter tocado em todas as músicas, não posso deixar de citar pois todos elementos foram admiráveis. Este colectivo imprimiu uma cadência que transcendeu a musicalidade e que como disse foi uma majestosa representação artística que influenciou o publico e conseguiu transmitir toda uma panóplia de estilos musicais, desde a musica tradicional portuguesa, o flamenco, os sons orientais que nos transportaram para longe daquela pequena sala, que mesmo esgotada, ficou enorme a transbordar de sons, cores e sabores deliciando-nos com a sua fantástica actuação, a sua tremenda qualidade musical e a sua soberba performance que no final do concerto soube a pouco.
Não tenho mais palavras nem adjectivos para classificar esta banda que excedeu as expectativas de todos os que tiveram a sorte de assistir.
Terminando não posso deixar de aconselhar vivamente os seus próximos espectáculos e a audição do seu novo album: COM A MESMA ALMA
NB: serve esta nova publicação para corrigir o nome do baixista e do teclista que estava ausente, por esquecimento, na descrição. O texto original não foi alterado. As minhas desculpas pelo lapso.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Derivação sobre a divagação
O Adão e Eva, uma maçã, uma serpente, uma árvore ou, a tentação e o conhecimento, e o pecado original (respectivamente desordenados.)
O Deus (seja ele o do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, eu estava com a ideia de só haver um!) deve ter pensado:"Com estes Gajos( O Par original) é que isto vai andar para a frente!"
Veio a crise de valores do Baby BOOM e da era atómica, década de 40/50, e o Deus(nosso e o dos outros) deve ter apanhado um choque. Daí que provavelmente, nunca mais houve milagres e há agora tanto misticismo brejeiro e taberneiro, daí que, presumo eu, tenha dado de foguete e saído do nosso sistema Solar,e como muitos de nós, emigrou para parte incerta.
Hoje em dia e ao princípio não era o Verbo, seria os números Binários e compostos de silício, e o Adão e Eva entrariam em vias de extinção, e Caim já não mataria Abel, entraria por uma escola com uma M4 de mira-telecospica ou dispararia com uma AK47 ao acaso para um centro comercial...
As lendas e fábulas do antigo e novo Testamento, foram substituidas pelos contos do Hans Christian Andersen e pela Disney, primeiro em formato Tecnicolor e Cinemascope, agora em formato HD, 3D, dolby-suround.
2
Da aldeia primitiva e da sociedade neolitica, passou-se à sociedade da informação na aldeia Global.
Depois: O Bug do século XXI, a moda das redes sociais, e a falta de contacto de proximidade. Fazendo da Torre de Babel algo cada vez mais actual não só na incompreensão linguística como também na falta de entendimento entre povos, nações, ideologias e religiões. Uma espécie de Babel Universal, quase cosmogónica, donde surgimos, dum passado das Luzes para um Futuro Negro.Entretanto o mundo ficou pequeno, a humanidade por causa do excesso populacional, ficou naturalmente mais proxima fisicamente mas mais longe do seu semelhante, vivendo no seu mundo virtual, criando novos vicios. Poder-se-á dizer que agora vivemos na corda bamba, qual artista de circo, mas temos por baixo o amparo da "rede".
A solidão não é evitada, mas contornada e os sentimentos como o amor, a saúde, a paixão etc, vem pela forma dum sms, de valor acrescentado, que nos diz quem é a pessoa compatível, o nosso destino, o horoscopo, o tempo para amanhã, e até a chave do totoloto com a musica do Pequenito Saul como oferta de toque para o telemóvel, por apenas 4 €/mês.
Do Teocentrismo passou-se para os automatismos e deste derivou-se para o egocentrismo digital. O real passou a virtual e este a surreal. Simplificou-se a linguagem, aumentaram as conversas, mas os diálogos passaram a monólogos.
Passando à actualidade. A recessão potencia a agressão. Verbal ou não.E exponencia a depressão.
Vivemos numa sociedade do contra .Do negativismo, dum pessimismo acentuado e exacerbado,duma personalidade colectiva negra e azeda.
Aqui, no nosso cantinho, somos auto-depreciativos, acontece-nos tudo mas culpamos os outros e não olhamos para o que podemos mudar nem o que eventualmente parte de nós.
Metemos a cabeça na areia, julgamo-nos e condenamo-nos .
Desde o Gil Vicente, passando ao melodrama de Camoes e seus velhos do restelo( e aos dos outros), à solidão de Mário de Sá Carneiro, até à mensagem melancolica do Pessoa, temos e vemos na nossa cultura um exemplo de bréu e bruma que nos envolve.
Não só na literatura mas também noutras areas transparece este fenómeno. O Fado, musica muito nossa é na sua grande maioria doentia e triste, e se a esta unirmos o sentimento da Saudade, remete-nos para um povo nostálgico, triste e abandonado. O Cinema que na altura de Salazar nos fazia rir, apesar da conjuntura, é agora pouco característico e pobre em argumentos não tendo expressão, salvo raras excepções, e rejeitado pelo publico na sua grande maioria.Os que enchem salas, tem como chamariz a nudez da Soraia Chaves...
- O país, desde que nasceu, é retratado e considerado como um nado-morto. Tudo é apontado e criticado.
- Moribundo desnorteado e um fracasso. Desde a conquista de lisboa, à restauraçao da independencia.
- Do 25 de abril à entrada na UE. Tudo é visto como um falhanço, actos inconsequentes, factos olhados com repulsa e desdém.
- Critica-se a forma dos governos fazerem, questiona-se a propria existencia da identidade nacional.
- Lê-se nos jornais sobre a crise e sobre o que está mal, ve-se na TV debates de gente entendida, de ex-politicos, comentadores, curiosos, espalha-brasas. Todos dissertam, manifestam, comentam, aconselham e dizem como fazer. Todos apresentam soluções, muitos têm a resolução dos problemas.Mas e afinal quem faz? Quem resolve? Espera-se o D. Sebastião???
Mas que temos de bom então?? Pelos vistos nada.
BOM...Uma vez que o nosso Pais entra várias vezes no Guiness...Sugiro um suicidio colectivo. Deixam de haver problemas e somos mais uma vez imbatíveis em mais um recorde absurdo...
Saudinha e sorte, espero que ao fazer desta se encontrem bem...
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Versão do Burlesco que descartei mas que publico para uns leitores mais exigentes e que apreciem criticar versões adulteradas e /ou desprezadas
Fugiu, escondeu-se, desceu o rio Douro.
Mascarou-se passou a Javali.
Disfarçado entre a multidão.
Misturou-se com as gentes daqui e dali.
Sentou-se num café,
pediu uma cerveja
Não estava bem sentado e pôs-se de pé.
Não era uma imagem que sempre se veja.
Um Suino bebendo ao balcão.
Desconfiaram e saiu misturando-se com a multidão
Escapuliu-se entre as vielas,
transformou-se
e ergueu-se.
tentou voar, em vão.
Pegou numa bicicleta
Em todo-o-terreno veio a lisboa
Estava a ser seguido e estavam-no a espiar
Ziguezagueou e bazou para Dakar,
estava safo, eentre a bruma, perdeu-se.
Longe de alcácer quibir
sem o rei parecer
Num corso foi cair
a todos fez rir
envergonhado fugiu Pros lados de alcácer do sal.
Estava já longe e perto do Sado.
Arriscou e foi a nado,
passa a fronteira do real.
não Paga a portagem,
Está ilegal.
negam-lhe a passagem.
ronca de raiva
Pára para à beira-mar vendo a paisagem
adormece e queima-se com o sol.
Acorda tarde. É reconhecido!
Fica quieto que nem um rato.
Mas é regado com azeite e sal
e no restaurante é servido como coirato.....
"Burlesco pós Carnalavesco"
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Naquele dia de inverno Parte II
Naquele dia de inverno
Agora sente que não pertence aquela gente, está livre por um dia! Rejubila!
E nesse dia, o mar estava apetitoso, apesar da manhã fria mas soalheira de Inverno. Descalça-se, quando os pés entram em contacto com a areia fria e humida, sorri e avança para o mar. À sua frente só azul. E um horizonte em tons de azul. Mergulha na água esmeralda e um calafrio sobe-lhe a espinha enquanto entra naquele tom, sem destino, rumo à escuridão. O choque térmico fá-lo despertar, e finalmente vê tudo claro agora! Sente um apelo e nada para o fundo, desce penetrando cada vez mais, passando do azul ao negro. Está sem folego mas continua cheio de energia como se o Mar lhe trouxesse ânimo e vontade de continuar a descer. A perder-se no bréu. Ou talvez a encontrar-se!...
Parece um sonho. Sozinho ali, sem som, sem gravidade, sem peso, abraçado pelo Oceano, reconfortado. E olha para cima. Uma luz lá em cima que se apaga enquanto desce e se afunda, agora sente que a vida tem um sentido e o unico objectivo é tocar no fundo do mar que o cerca, puxa e empurra num embalo dormente que lhe agrada como um baloiço. Fecha os olhos. Ri-se! Solta uma gragalhada e as bolhas de ar que lhe saiem pela boca que parecem as bolhinhas de sabao que fazia enquanto criança. É Feliz! A luz apaga-se e mantém essa recordaçao enquanto a memoria se esvai e nenhuma outra lembrança fica. As emoçoes partem para a superficie as sensaçoes abandonam-no, o coração pára, na boca um sorriso, um brilho mantem-se nos olhos enquanto o corpo cai, sem vida na areia. Naquele belo dia de Inverno.
(continua...)
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Uma (R)evolução precisa-se Urgentemente!!!
Entretanto entrámos numa nova crise, mais outra. Vivemos no meio da crise. Uma crise económica e financeira, ou como lhe queiram chamar pois até ver, há liberdade de expressão, e temos nas mãos, na opinião de muitos, uma crise maior; de valores, de princípios, de ideais, e de falsos moralismos.
No texto que publiquei anteriormente, Antero, Eça, entre tantos outros, já no séc XIX, e na apelidada "Geração de 70" apontavam os males deste país e as soluções para os mesmos.
Preocupados que estavam os nossos estadistas com o desenvolvimento económico e material, esqueceram-se do social e emocional, apesar de tantas revoluções e tantos "ismos", entre elas, as liberais, sexuais, culturais e outras que tais. Naquele tempo e depois das invasões francesas, houve revoluções para todos os gostos, a liberal, a setembrista, a de costa Cabral, a de Fontes Pereira de Melo, e a da Maria da Fonte. E os tais ismos a vulso e por catálogo.
Perdidos no meio de tanta ideologia, a nobreza continuava intocável, e a burguesia dava os primeiros passos para tomar de assalto os cargos políticos, mas para tratar de se governarem a si mesmos, pois o povinho que sempre foi o sustento de todos, que se entendesse, e que se governasse com o que tinha e com as migalhas que sobravam.
Com o "Grito do Ipiranga" no Brasil, e abertura dos seus portos aos mercados internacionais, ja não havia já ouro que nos valesse, e a nossa autonomia e independencia estava em risco, com Ingleses a sacarem o que restava, deste canto à beira-mar, com uma industria que estagnava e já a dívida externa aumentava.
Passaram os anos,e pouco mudou.
Veio a republica e finalmente a autocracia (ou ditadura) de Salazar, que muitos saudosistas continuam a venerar, qual bezerro de Oiro.Onde já não é o povo quem mais ordena, nem nunca chegou a ordenar, e nesta altura do campeonato, com o lapis azul e o ditador soft que dispunhamos, mas que chegava para nós, já este nobre povo se acomodava à sua triste sorte, a uma sina miserável, a uma vida mesquinha e também ao Fado,a nossa montra da cultura no exterior, que demonstra a nossa maneira de ser, uns coitadinhos, uns desgraçados, que ficaram para trás no tempo, anacronicamente na altura em que eram grandes e dominavam os 7 mares e os 4 cantos do mundo.
interludio
Hoje no comboio em vez do habitual número de carruagens, chegou com menos três .Um Utente todo inchado e inflamado de raiva, pelo estado do país e pelo estado traumático que lhe provocou esta enorme inconveniência: de não ir no seu lugar da sua carruagem, do seu comboio das 9: 25 que rotineiramente apanha, reclamou com o revisor, que isto era uma vergonha, e que não podiam fazer isto, etc etc, por azar sentou-se ao meu lado e tal qual senhor feliz e senhor contente dizia à gente como vai este pais. Incomodado fiquei eu também com tal superavit de informação que debitava, pedi licença para me mudar, pois apesar de estar quietinho a ler o Destak e de auscultadores, estava farto daquela palestra cliché que declamava. Perguntou-me se estava a incomodar ao que eu respondi que sim, e ao qual retorquiu que não deveria ter votado "neles"(Neles quem?), e eu discordei, não votei neles, e o senhor respondeu que também não tinha neles votado e eu então finalmente disse-lhe para não votar também nos outros. Ficámos por aqui. Mudei de lugar e aumentei o som, ficando certamente o senhor a falar para uma plateia de utentes da Cp que certamente o aplaudiam. Quem não tinha culpa disto, era certamente o Revisor que decerto que não acordava de madrugada para atrelar as carruagens da composição antes de começar a picar os bilhetes.
Fim do interludio
Ora, isto demonstra que o Zé( o povinho) protesta fora dos locais próprios para o efeito, canaliza mal o seu descontentamento, (basta verificar, que quando estamos em bicha num semáforo 2 segundos antes de passar para verde já estão a apitar desde o segundo lugar da fila até ao ultimo!...) e aponta sempre o dedo aos mais pequeninos. O Estado a que chegámos, e se estamos desempregados, é sempre culpa do preto, do cigano, do brasileiro, do moldavo, etc, se formos funcionários privados a culpa é do governo e dos funcionários públicos, se formos funcionários públicos a culpa é de todos os outros acima indicados e assim em diante. E ao fim ao cabo, a culpa é também dos subsídio-dependentes, categoria em que se inserem os desempregados, ciganos, toxicodependentes e qualquer classe que se reprove ou que naquela altura se aponte como marginal e proscrita.
Acontece é que estes comentadores politicos, ou esta nova burguesia, ou estes pé-descalços com laivos de novo-riquismo, ou gente brasonada, que como está reformada ou nada de melhor tem que fazer, são também os principais culpados do estado da nação e a principal implicada na crise.
Os pequenos e médios empresários(pme´s), que compõem o grosso do tecido empresarial português, e grande parte dos empregadores nacionais, são extremamente dependentes do Estado. Em algo que precisem de ajuda pecuniária, e antes de pedirem aos bancos, vão pedir ao estado. Têm medo de arriscar, e quando é preciso contratar novos empregados ou desenvolver novos projectos, ou inovar recorrem ao Estado! Custa-lhes arriscar. Custa-lhes tirar dinheiro do seu bolso para aplicar em gente ou em meios! É sempre preferível terem a mão do Estado por baixo! " e se o projecto falhar? " "- Deixa estar que é o estado que suporta os custos!" A Empresa vai falir! deixa estar que o Estado ajuda e injecta dinheiro!
E Assim o empreendorismo e a inovação não passam do papel na maioria dos casos, e quem se lixa? É o mexilhão!
Não quero com isto transparecer que defendo o Estado, pois é uma máquina pesada, Kafkiana, e tem culpas no cartório, pois é composta por pequeno-burgueses que ascendem à nobreza que começaram por ser subsidio-dependentes também! Pois os exemplos chegam detrás. Após a Expansão( os afamados descobrimentos), não se adaptou aos novos tempos, nem ás novas exigências do mercado, a revolução industrial passou ao lado, e por cima do Zé, e a população maioritariamente rural, com a chegada das Estradas e dos Carris às suas terras, apanhou o comboio para as Capitais, deixaram de ser competitivos e com os produtos que chegavam do resto da Europa, ou das Colónias, a um preço muito mais baixo! As gentes acumulavam-se às portas da cidade em busca de novos empregos, e a burguesia, os pme´s subiam , e enriqueciam meteoricamente e eram muitas vezes parte integrante do estado.
Posto isto, tenho a dizer que quem como eu é duma nova geração, nascida próxima do 25 de abril, que já experimentou todas as formas de governo possíveis ao longo destes anos que vivemos em democracia, se deve juntar numa nova Geração de 70, e que já é minimamente informada e esclarecida, não deveria se acomodar como as anteriores gerações, nem se esconder por detrás dos valores que aqueles advogam e ainda promovem, pois mudam-se os tempos e mudam-se as vontades, e esta geração, não pode nem deve, sempre que chove ou há um cataclismo, culpar o Governo, deverá em primeiro lugar culpar-se a si por deixar andar, e fazer por exercer os seus direitos(poucos) que ainda tem!
Em vez de baixar os braços, ergam o punho, não querendo aqui apelar à luta armada, nem aos motins generalizados, mas sim a uma revolução e evolução da consciência, pois se está provado que não é pelo voto que consegue algo talvez seja pela falta dele que vá algum lado! Não se muda nada andando em cuecas no Metro! É giro sim senhor e depois??? Vamos é fazer com que algo se altere! Não votem então! Não metam gasolina, não paguem os parquimetros, atravessem todos de borla as portagens, passem cheques carecas, não usem o multibanco, não comprem as couves e plantem-nas nos jardins publicos. Inventem, inovem e baralhem!
Se não os podem vencer, confunde-os!
Que ninguém vote! 100 % de abstenção!
Os partidos estão caducos e incoerentes ideologicamente. Inadaptados aos tempos que correm! Está na altura de mudar!
Está na altura de rever os nossos principios, de reciclar a moral e os bons costumes!
Está na altura de inovar os ideais!
Está na altura de promover e incentivar uma nova ideologia e uma nova forma de encarar o mundo!
Não nos deixemos estagnar, nem deixar repetir a história, nem que pensem por nós, nem que a geração anterior diga que vivemos ou perdemos os valores, pois nada se perde e tudo se transforma!
Ao contrário dos nossos pensadores do séc XIX não apresento soluções, apenas sei que temos que mudar!
Seguir em frente de uma maneira ou doutra!
Infelizmente não tenho uma forma nem um método, mas aceitam-se sugestões!
Basta!
Já Chega!
foto: Condução de Rebanhos, Silva Porto