LXVII - Criticas
É fácil apontar o dedo e dizer mal de alguém ou de algo. Até é saudável quando não se torna uma obcessão ou algo pessoal. Aqui conto histórias, coloco questões, mostro as minhas emoções, exponho os meus medos, falo de vivências, e dos meus pseudo-existêncialismos. Se são ranhosos ou reles, sejam eles melosos, ou em estilo melo-dramático, são no fundo pedaços ou rasgos da minha imaginação ou da condição momentanea que me encontro. As análises psiquicas, psicológicas ou mentais que me fazem são dispensáveis. Um blog não é propriamente um gabinete de estudo da minha mentalidade. Os textos não são um sofá duma ala psiquiatrica. Os devaneios não são a caixa de vidro onde o rato branco rodopia na sua roda vezes sem conta. Em boa verdade os meus momentos depressivos, as euforias, os disparates, a minha estupidez, ou palermice, fazem parte de mim. Embora isto reflicta estados de espirito, não é um espelho da minha alma. São apenas momentos. Fracções. Sou isto sim. Com muito gosto! Se os meus principios são desviantes, se a minha moral é fraudulenta ou minha ética errada então tem de se analisar também toda a sociedade, pois não vivo numa ilha. Rotulos não assentam bem. Apontar por ter a minha individualidade acho injusto, pois são juizos de valor sem conhecimento de causa.
Verdade seja dita que infelizmente não possuo quaisquer dotes artistico-literários como uma Florbela Espanca, um Oscar Wilde, um Pessoa ou um Kafka. Esses estão acima de qualquer juizo. Talvez seja por isso que recaiam sobre mim essas acusações ou reprimendas da minha propria personalidade. Mas o que é facto é que tenho a minha individualidade. E essa basta-me.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
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