Genese 30/01/07

X - Génese
Nós trazemos connosco o que sentimos. Dias há em que somos marcados por estimulos sensoriais, por individuos, ou por ideologias. A nossa forma de viver ou ser, está dependente daquilo que recordamos. Experiências marcantes, deformam-nos, moldam-nos e transmitem-nos os ideiais que nos vão reger.Todos os nossos princípios, a nossa moral e ética, basea-se na experimentação e erro, na observação directa de actos ou palavras. A nossa inflexibilidade à mudança ou alteração do nosso Modus Vivendi depende também do carácter e atitude que também adquirimos à priori.Ninguém é de ninguém. E o simples facto de fundamentarmos uma opinião, dando um juízo de valor a terceiros, deve ser apoiada com conhecimento de causa. A razão é absoluta. A opinião relativa. E todos nós gostamos de ser opiniáticos. Quebramos a nossa liberdade quando a impomos a outros. Faz parte saber estar com a diferença. Viver com a oposição. Saber em comunidade partilhar não só as mágoas como as alegrias. Tanto o sofrimento e a dor, como a Felicidade e o bem-estar. Ninguém é fechado numa bolha. Tem de haver simbiose. A sociedade é mutualista. Apoia-se em si mesma e uns nos outros. É pena que por vezes haja o efeito dominó. Intransigências talvez. Intolerâncias também. Porquê é tão dificil observar o próximo sem criticar? Haverá necessidade de aumentar a auto-estima espezinhando alguém? O hábito de pôr defeitos é-nos inato? Ou faz tudo parte duma aprendizagem continua?Para viver é fulcral estarmos bem connosco ou com os outros? Ambos? Quem sabe se não passa por deixarmos os instintos à tona e sobreviver como um elemento da cadeia alimentar. Apenas mais um Ser, num todo global que nos transcende e ultrapassa? Não uma espécie de destino divino, apenas uma evolução natural do Universo a que pertencemos.Quer queiramos quer não.