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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Viagem 17/05/07

LXXXIV - Viagem


Numa sala cinzenta sonhava. Olhava para um canto que se abria em multiplas cores. Não para uma rua, nem para o mundo. Uma porta aberta lá de dentro cá para fora. Via-se tudo ou quase tudo. Papoilas e as margaridas a colorirem a passagem. Os carris do comboio atravessavam as estradas acompanhados pelos brilhos azuis e prateados da praia na costa doirada. Tudo familiar, encantador e surpreendente pelo caminho. O calor que transbordava, enchia o cenário de energia. A proximidade dos estranhos. As andorinhas nos fios electricos. O bom dia miado do gato. As espera pela noite e pela incognita das experiências. E sempre o Sol a acompanhar. A sala deixava de ser cinzenta, sem cor, mas com luz. Muita luz. Os sentidos alerta. A esperança eterna. A fé presente, o carinho constante, o amor pairando. Uma paixão assolapada por isto e aquilo. Por dá cá aquela palha. O rio e o vento como amigos. A imperial fresca na esplanada. O mergulho a saber a poente. O zumbido das sensações. A tontura de não ter destino. O frenesim de viver para se secar e vestir. Uma partida e uma chegada inesperada. Trazer tudo consigo de mãos a abanar. A Primavera está aí e o Verão a chegar.

1 comentário:

Cruztáceo disse...

Explosões e sensações! São cores. Sons. Cheiros. Formas. Luzes. Reflexos. Brilhantes. Imagens em espiral. Labirintos. Gente animada. Todos em procissão. João. Teatro. Mas em verbo. E nós teatramos por ser fácil deixar-se levar pela história. Concreta, sem o ser. Diverte. Contagia. Efeito centrípeto. Somos ela. Somos os todos, e os cada uns. Num palco. Escorregar. Ir à feira de emoções. A sério e de brincar. Está tudo lá. Adereços, figurinos, cenários fáceis e difíceis. Azuis de muitos cambiantes. Cavernas, horizontes, viagens por dentro de gente. Contente. Às vezes. Ser feliz e estar triste. Telas e pincéis, quadros surrealistas aparecem na nossa frente– uma oficina enfim.

Aqui são as minhas impressões de algumas histórias do blogo. Se isso importa, digo assim, o que gosto mesmo muito MUITO, MUITO, sem ordem: desordem:
- jardim
- LXXXIV viagem
- Hábitos
- Imaginação
- Energia interna


Gosto menos (ai.. sinto o bardam#&£§ a bafejar no meu pescoço... :) de outras. Notas aparentemente mais concretas e com direcções. "A luz apaga-se. A Bússola aponta.." para alguém de pessoa, real, que se adivinha do outro lado da pena. Percebes? diz-me se percebes.

assim,

um

brinde, um fogo de artifício,
e tudo e tudo

a

ti


s.
(publicado pela Susana que está armada em mete nojo)