LXII - Monologos a dois
Nas leis de Newton, num par acção-reacção, uma força precisa de uma de igual intensidade e de sentido contrário.
Dentro da fisiologia e sensibilidade humana também assim é. Qualquer emoção precisa de encontrar não o seu oposto mas uma interacção. Sem isso há uma inépcia natural para se sentir algo dos estímulos externos.
O sol para se ver tem de nascer.
O peixe de água para nadar.
Um qualquer ser vivo precisa de atrito para avançar.
Um carro de combustível para circular.
O pássaro de asas para se sustentar no ar.
O Homem de imaginação para sonhar.
Quando assim não é, o mundo pára. A vida estagna. O vazio preenche-nos.
O bréu atinge-nos. Tudo em pausa. E a tranquilidade dá lugar ao conflito. Os corpos chocam. Sobrepõem-se. E pelas mesmas leis da física, nenhum objecto pode ocupar o mesmo lugar de outro. Entram em fusão.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
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