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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Pomba

A pomba saltou do Rossio para o Restelo. Roçou os céus. Quebrou as nuvens, seguiu as outras e separou-se. Ultrapassou o azul, rompeu os telhados. A Pomba galgou os muros, correu pela auto-estrada, passou o Rio. A favor da maré e mesmo contra o vento. A pomba era alada, voava e voava, não parava! A pomba tinha asas, e planava e planava! Poisava e pausava. A pomba circulava na Praça da Figueira, empoleirava-se na cabeça do D. João e num pulo esgueirava-se para o ombro do D.Pedro. Olhava a cidade, comtemplava os seus feitos, de peito inchado. Um dia a pomba morreu. Noutro, toda a gente se esqueçeu.

1 comentário:

Anónimo disse...

que valentia.

aprendi, aqui,
as pombas são capazes
.
valentes
.
audazes
.
corajosas
.

e não morrem.apesar do fim.