XVII - liberdade
Há quem diga que haverão inúmeras formas de amar. A da mãe para um filho, a de um homem para uma mulher, a da mulher para um homem, de irmãos, camaradas, por um ideal, etc.Há quem tenha necessidade de amar, talvez não seja um vício, mas sim uma vontade. Será que às vezes se ama, não pelo facto de querermos amar, mas porque temos uma necessidade inata disso? Como se a nossa vida dependesse de alguém, como que para nos entregarmos, para ficar protegidos? E se isso não é amor? Mas sim apenas uma projecção de algo que procuramos desde sempre, numa outra pessoa? Mesmo sabendo que não é viável ou pelo menos concretizável num futuro longínquo. A nossa vontade sobre-humana às vezes não passa de um capricho impulsivo, de uma ingenuidade, de uma insegurança. O facto é que nos sentimos protegidos por amarmos, mas isso carrega o fardo da dependência, e da falta de liberdade, pois estamos vinculados a alguém. E assim sendo condenados a ser algo diferente, a alterar os nossos percursos, a sujeitar-nos a sacrifícios.Acaba-se por prejudicar o outro, pois vive iludido e com o fardo da protecção, e nós desiludidos pois carregamos a desilusão. Factores estes que são legítimos quando amamos de verdade, mas isentos de autonomia e independência quando assim não é. Talvez o melhor seja ficar por outro tipo de amor e dedicarmo-nos a ele. O Amor próprio.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
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1 comentário:
Com o amor-próprio conseguirás amar alguém de verdade, pois nunca irás depender a 100% desse 2º amor. Sem esse amor-próprio vais amar, antes de tudo, a outra pessoa, vais viver em função desse amor... Amar é seguir duas estradas paralelas... um numa estrada, o outro na outra estrada... de mãos dadas... ajudando um ao outro :)
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