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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mistério no Bairro Cinza

O inspector Cof andava preocupado com a série de roubos na zona. Nunca antes no bairro se ouvira tal coisa. O povo andava assustado, baralhado e confuso com a habilidade do "artista". Quase entravam em extâse perante tal engenho e audácia na prática de tais actos pérfidos. Trancados em casa, aguardavam alguma resposta, ou estímulo exterior. A comunicação tornava-se complicada, os diálogos impossíveis, a troca de informação inexacta, os movimentos descoordenados e até os pensamentos inúteis. Cof deambulava pelas ruas sem a minina ideia de como agir, por vezes deitava-se no chão em estado vegetativo, catatônico, observando os seus concidadãos olharem o infinito, de olhar vazio, de caras apóstatas e rostos lividos. Chegavam por vezes a babar-se. Incapazes de se questionarem acerca da situação, ou mesmo terem consciência do seu eu.
Apesar de terem cérebro, o sistema nervoso central e as ideias tinham sido roubadas, assim como todas as emoções humanas...Este mundo era uma selva. Restava-lhes esperar e fazer a fotossíntese.

2 comentários:

Anónimo disse...

O que roubava o artista?? As emoções??

Cruztáceo disse...

as emoções sim, e todo o conteúdo do cérebro...Alimentava-se deles. Deixo ao critério de cada um.